Capítulo seis

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"Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remédio."

AMANDA MENEZES

Merda. Era isso que se passou pela minha cabeça no momento que aceitei ir para o apartamento daquele desconhecido gostoso, agora estou dentro de um táxi indo para casa. Mas já que vocês não sabem o que aconteceu depois do beijo, contarei como me meti nessa furada.

Depois que agarrei o desconhecido ele enfiou a mão por debaixo do meu vestido, passando o dedo indicador pela lateral da minha calcinha, e eu estava tão necessitada de mais toque dele que nem me dei conta do lugar que nos estávamos: em uma boate cheia de gente.

"Cheia de gente bêbada e que está fazendo coisas iguais ou talvez até piores que você, além disso as luzes são muito fracas para alguém notar algo"

Meu subconsciente diz e eu fico em dúvida se estou ficando louca, ou se é o efeito do álcool. Mas que mal tem se divertir uma noite? Não é? Ele continuou com os movimentos e quando eu fui me dar conta já sentia seus dedos dentro de mim, eu olhei nos teus olhos soltando um gemido mais alto do que eu esperava, encostei minha cabeça na parede enquanto o seu polegar acariciava meu clitóris, fazendo eu gemer mais alto ainda. Tombei minha cabeça no seu ombro enquanto sentia seus dedos entrando e saindo e o polegar me fazendo carícias.

— Quero que olhe para mim enquanto te faço gozar, meu anjo — Ele pega no meu queixo me fazendo olhar diretamente para os teus olhos azuis — O que você quer? Hum? Quer que eu te faça gozar aqui no meio dessa gente toda sua cachorra? — Ele pergunta enquanto diminui o ritmo.

Entendi muito bem o jogo dele e eu infelizmente estava sofrendo um cheque mate.

— Que... ro — Digo ofegante em um pedido de socorro por mais.

Ele me olhava nos olhos e abriu um enorme sorriso e com isso aumentou o ritmo de seus dedos que me fez gozar de imediato, ele abafou meu gemido com a outra mão e assim que tirou os dedos de dentro de mim ele os chupou.

— Vem comigo para o meu apartamento? Te prometo fazer você gozar como nunca. — Falou no meu ouvido — Garanto que não vai se arrepender. — Ele colocou minha mão sobre sua calça e eu pude sentir o quanto tudo isso o afetou, sua voz era calma mas ao mesmo tempo saiu como um pedido de socorro. E eu sem pensar, concordei com a cabeça, o que foi suficiente para o desconhecido dar o maior sorriso, um daqueles que faz você cair nos pés dele e ficar babando, mas comigo não, dessa vez não. Só sexo e ponto.

Ele me guiou até seu carro aonde deu partida no mesmo, eu estava bêbada, me perdoa mãe! Eu esqueci dos seus conselhos sobre aceitar carona de estranhos. Eu estava tão excitada com tudo isso que nem me dei conta dos perigos que eu corria, mas enfim, vamos por a culpa na bebida por favor?

Assim que chegamos na recepção pude reparar que não era qualquer prédio, era o prédio, tudo esbanjava luxo e riqueza. E lógico que o apartamento dele não ficou para trás, não mesmo. Esse cara tem muito dinheiro isso é evidente, mas digamos que não tive muito tempo para admirar a "paisagem" já que parei na cama dele no proximo instante, e foi ali que o fiz o melhor sexo da minha vida, e não foi nenhum exagero, o jeito que ele me tocava, apertava meu corpo, me chupava... o jeito que ele realmente me fodeu, mexeu comigo, eu não lembro de mínimos detalhes, mas lembro do suficiente, sua boca no meu corpo todo... tudo, ele foi magnífico em todos os sentidos, ele não se preocupou apenas com o prazer dele, ele me deu total prazer a noite toda.

Logo quando acordei vi que eu estava em uma cama muito grande e muito aconchegante, sinto dores pelo meu corpo de imediato, e lembrei de cenas da noite passada. Logo a famosa ressaca também confirma presença, procuro o desconhecido e só vejo dois comprimidos um escrito "Para dor no corpo" e o outro "Para sua ressaca" e um copo d'água. Estou dentro de cinquenta tons é?

Bebo e penso: tá e agora? Vai ter aquela coisa chata de "Ahh qualquer dia te ligo" ou "A gente se vê qualquer dia, foi bom..." Não, não sei como será só sei que não vai ser.

Pego minhas roupas espalhadas e ouço o barulho do chuveiro ligado, perfeito, ele tá no banho, pego minha bolsa e me arrumo da forma que consigo e saio praticamente "correndo" antes que ele possa me ver. No elevador arrumo meu cabelo que está totalmente destruído, olho meu celular e tem várias ligações perdidas do Biel e da Joyce... tinha me esquecido de avisar os dois que não fui para casa, meu celular estava com exatamente 1%, mas tirei a sorte grande quando vi ter um táxi parado do outro lado da rua.

— E foi assim que tudo aconteceu — Digo olhando pro Biel e para Joyce.

— Puta que pariu garota, você quase nos mata de susto, mas pelo jeito o boy que tu ficou é um partidão! Porque não esperou ele sair do banho? — Biel fala com a mão na boca

— Você não dorme com homens héteros, não entende o que é ouvir um "A gente se vê" enquanto ele te olha com cara de idiota. — Joyce diz para o Gabriel.

— Mas ele não parecia ser nenhum idiota, mas enfim , que bom que a missão de te desencalhar funcionou! — Gabriel bateu palminhas de felicidade.

— Vocês são loucos, e eu preciso de um banho. — levanto saindo de lá.

Assim que saio do banheiro vou para o meu quarto e a Joyce está lá.

— Amiga antes de eu ir eu precisava falar com você, o Biel me disse que você precisa de um emprego, mas a empresa não pode estar relacionada com o nome do seu pai, certo?

— Corretíssimo, o que é muito difícil. — Digo enquanto seco meu cabelo com a toalha.

— Tem uma empresa de advogados essas coisas, uma amiga minha trabalha lá e me disse que estão precisando de uma assistente/secretária, dizem que o salário é ótimo e é basicamente da sua área, além disso eles são muito perfeccionistas, não para uma secretaria lá e eu pensei, quem melhor do que você para trabalhar em um lugar desses?

— Perfeito! — Digo animada — Vou mandar meu currículo para lá já.

— Na verdade, tomei a liberdade de ligar para minha amiga e marquei uma entrevista para você segunda-feira — Diz com um pouco de receio.

— Melhor ainda, amei a sua ideia, tô mesmo atrás de um trabalho e aqui você sabe como é difícil eu arrumar qualquer categoria de trabalho, e o melhor é que envolve direito, você sabe como eu tinha vontade de cursar...

— Eu sei sim... — Joyce tenta desconversar — Bom, eu sei que você vai se dar muito bem nessa, se tem alguém que consegue esse trabalho, esse alguém é você! Agora preciso ir... Estão precisando de mim no hospital — Ela se levanta me dando um abraço e saindo do quarto.

Troco-me de roupa me sentindo mais feliz... um recomeço para mim, finalmente, e é claro que eu não esqueceria do desconhecido de ontem tão cedo...

 um recomeço para mim, finalmente, e é claro que eu não esqueceria do desconhecido de ontem tão cedo

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