𝓕𝓲𝓸 𝓿𝓮𝓻𝓶𝓮𝓵𝓱𝓸 - 𝓞 𝓹𝓪𝓼𝓼𝓪𝓭𝓸

Capítulo sete

"Te via com coração fechado
Com medo da tristeza do passado
Andando no caminho da razão
Você apareceu na minha vida
Abriu a porta pra uma saída
São coisas que não tem explicação"

AMANDA MENEZES

Assim que me troquei e fui para sala, Biel me contou tudo sobre a sua pegação com o boy maravilhoso que ele encontrou na boate, e é lógico que como a Joyce precisou sair às pressas ele me contou também que ela "fisgou" um cara gostosíssimo.

— Espero que eu nunca mais faça algo parecido, fui totalmente irresponsável. — Digo enquanto procuro algo para assistir na Netflix.

— Uma vez na vida você seguiu o que você realmente queria, sem pudor, não se culpe tanto por fazer uma coisa para você, você só faz as coisas para os outros, credo.

— A questão não é fazer as coisas para os outros, Gabriel, é ter responsabilidade. Eu estava bêbada com um desconhecido, sabe se lá o que ele poderia fazer comigo. — Digo me lembrando de tudo que ele fez comigo, contudo, na cama.

— Drama drama drama, mas enfim lembra de ter usado camisinha? — Ele pergunta.

— Acho que sim, mas tomo anticoncepcional desde sempre, você sabe, exigência dos meus pais, nunca deixei de tomar até mesmo por precaução né, ter filhos agora fora de cogitação ainda mais de um desconhecido — Gelei com a pequena hipótese de acontecer.

— Salva pelos anticoncepcionais. Mas a Joyce já te falou sobre o emprego?

— Falou, segunda farei uma entrevista, vou aproveitar amanhã para fazer uma pesquisa geral sobre a empresa, mas não deve ser nada de mais do que eu já sei lidar.

— Esse emprego é seu, garota! — Disse batendo palminhas.

Passamos a tarde até umas sete ou oito horas assistindo "Ponto cego" uma série da Netflix, até que bateu a fome e pedimos algo no ifood.
O final de semana passou voando, eu tive que ajudar o Biel com as idéias novas dele sobre as roupas então eu não tive tempo nenhum de me preparar para entrevista, só li o básico e seja o que Deus quiser.

      — Segunda-feira 06:00 da manhã —

Coloquei meu celular para despertar bem cedo, eu não queria chegar atrasada. Tomei um banho e coloquei uma blusa de manga longa preta junto de uma saia branca e preta que vai até metade do joelho. Olhei a previsão do tempo enquanto secava o cabelo e vi que poderia esfriar, adicionei um sobre tudo por cima e uma maquiagem bem natural, por que além de ser de dia, ir parecendo uma palhaça para uma entrevista não dá né. Como a Joyce já mandara o meu currículo para empresa só peguei minha bolsa onde carrego o básico.

Acordei o Biel e fui lá para o estacionamento e coloquei o endereço da empresa no GPS, segui por uns 20 minutos e parei na frente de um enorme edifício, já era meio óbvio. Para minha sorte do outro lado da rua tinha um Starbucks, e eu não tinha tomado café, eu estava 1h adiantada, que mal tem um café não é?

Comi algumas rosquinhas e tomei um capuccino, nada melhor para começar o dia. Atravessei a rua e fui em direção à recepção do lugar, tenho que admitir que o dono ou dona tem ótimo gosto.

— Bom dia, meu nome é Amanda Menezes e eu tenho uma entrevista marcada às 8h.

— Bom dia, Amanda Menezes? — Ela olha para mim de relance e volta olhar para o computador — Certo, entretanto a senhorita chegou 30 minutos mais cedo, o Sr.Benett só pode te atender daqui a 30 minutos.

— Tudo bem então, eu espero... — Digo indo em direção a um enorme sofá que fica na recepção.

Aproveito esse meu "tempo" e pesquiso mais sobre as empresas Bennets, vejo que está no ramo da advocacia e etc a mais de 50 anos... Que o filho do dono assumiu faz 2 anos... a empresa é uma das que mais lucra na América Latina... nos países estrangeiros estão bombando, nada mal.