wedding band › johnten (nct)

06 ; o café do show

Ele me contou tudo. Desde o nascer do sol até a parte que ele saiu do palco. O dia dele começou incrível, mas eu consegui estragar ele por não ter ido. Ele sabia que nenhum dos amigos dele estaria lá, então contava comigo pra ir. Eu deveria ter dito que tinha compromisso e que talvez não conseguisse ir... mas, eu fui, mesmo sabendo que não chegaria a tempo, eu fui.

Bom, ele disse que mal conseguiu dormir.

- Juro, foi horrível! Fiquei com olheiras horríveis, olha! - ele disse, apontando pras olheiras debaixo dos olhos.

Ele é fofo do próprio jeito. Ten também mencionou que sua mãe fez seu café da manhã e o levou na cama, como um rei.

- Pão com ovo, meu favorito.

Ri. Não imaginava que ele gostava disso. Ele foi contando que os amigos dele chegaram pra treinar uma última vez antes do show e todos ficaram lá pra almoçar e ver um filme. Eles queriam se acalmar antes de tudo acontecer, ter certeza de que ninguém travaria no palco.

- Assistimos um filme de um garotinho que se perde no mato alto, perto de uma igreja. Esqueci o nome. - Ten tomou seu café tranquilamente enquanto contava sobre um filme de terror.

Eu não fazia ideia do nome do filme. Não sou muito de assistir terror, eu realmente prefiro comédia. Ele é um fã de terror, de um jeito estranho. Ele disse que tem um hábito esquisito que queria que eu visse algum dia. Sério... que medo de ver alguma coisa com ele.

Ten aqueceu um pouco a voz e foi cantar a música, sozinho. Ele contou que estava um pouco inseguro com a voz ontem, então decidiu cantar mais. Não imaginei que ele ficasse inseguro com a própria voz.

- Sua voz é incrível, Ten... - retruquei, assim que ouvi sobre sua insegurança.

Sei que só um comentário, pra quem tem insegurança, não é nada. Gostaria que ele soubesse que eu adoro ouvir ele cantar, e que a voz dele era incrível. Ele sorriu e logo escondeu o mesmo com as mãos. Seu sorriso é incrível também. Queria tirar foto desse sorriso todos os dias. Quero conhecer Ten todos os dias.

Depois, ele foi pra casa de show. Disse que ele respirou fundo muitas vezes. Ele ficou olhando pra plateia, me procurando.

- Jesus, eu achei que você tinha ficado invisível!

Ri fraco. Um pouco sem graça. Queria ter ouvido ele cantar, não foi culpa minha. Ele tinha preparado a própria mente de que ele não veria nenhum amigo ali, e tava tudo bem. Que merda. Queria ter gravado esse show. Queria ter tirado tantas fotos deles...

- Desculpa, Ten. - suspirei, passando a mão pelo meu cabelo. - Eu queria ter ido, eu tentei. Devo ter tomado tanta multa ontem...
- Johnny, eu já falei que tá tudo bem. - sorriu. Maldito sorriso bonito. - Além do mais, você que tá pagando o café, então tá tudo bem mesmo.
- Hm. - sorri, junto com ele. Era impossível ver aquele sorriso e não sorrir junto. - Espero que aproveite o café, alteza.

Ele respondeu que iria. Depois do show, ele disse que eu já sabia o final da história. Ele não fez muito, só se preocupou com tudo e eu me preocupei com ele.