16 ; ciúmes

47 7 1
                                    

Nunca imaginei que veria ele de novo. Doyoung estava na minha frente, na fila da cafeteria que eu e Ten costumávamos frequentar. Ele também pareceu surpreso ao me ver, assim que se virou.

— Ah, Johnny! — ele sorriu sem graça.
— Olá. — merda.

Acontece que, depois do evento de Yukhei, eu e Doyoung saímos pra tomar um café. Aconteceram muitas coisas pra ambos os lados e depois daquele dia, nunca mais tínhamos nos falado.

— Quanto tempo… — ele comentou.
— Sim. — respondi. — Como você tá?

Eu não costumava puxar assunto com ninguém, mas Chittaphon, quando encontrava algum conhecido na rua, fazia questão de ir lá dar um "oi" e perguntar sobre a vida da pessoa. Às vezes, eu queria ser mais como ele, espontâneo.

— Indo, eu acho. — Doyoung desviou o olhar para o lado. Eu sabia que ele era um pouco envergonhado. — E você?
— Tô bem. — retruquei.
— U-hm — ele limpou a garganta. — O que acha de tomarmos esse café juntos? Podemos conversar um pouco mais.

Pensei, muito. Ten estava atrasado para o nosso encontro, eu sabia desses problemas que ele tinha, então não tinha problema esses atrasos. Assenti para o convite dele, pegando o meu pedido logo em seguida. Fomos até uma mesa próxima e nos sentamos.

— Me perdoe por aquele dia. — Doyoung disse. — Eu estava bravo, me perdoe por descontar em você.
— Doyoung, já passou. — sorri fraco, dando um gole no meu café.

Eu não queria relembrar.

— Tem razão… — ele retrucou o sorriso. — Como está o trabalho?
— Tá ótimo, consegui uns trabalhos grandes depois da oportunidade com Yukhei.
— Mesmo? Que bom! — ele deu um gole em seu café.
— E o seu trabalho?
— ele sorriu. — Mmh… tô trabalhando com Yukhei agora. Ele me contratou.
— Sério? — ele assentiu em resposta. — Que legal.
— Ele precisava de um contador, e eu estava lá no momento certo.
— Que bom que você- — eu senti a mão quente e pequena de Chittaphon em meu ombro.
— Olá.
— Uh, Doyoung, esse é Chittaphon. — assim, Ten estendeu a mão para Doyoung.
— Namorado do Johnny. — ele completou, cumprimentando Doyoung.
— Muito prazer, Chittaphon. — ele sorriu gentilmente. — Bom, eu vou indo. — logo, se levantou. — Foi ótimo te encontrar de novo, Johnny. — e foi embora.

Chittaphon era um pouco ciumento, mas eu não sabia disso.

— Quem era? — Ten perguntou, sentando-se na minha frente.
— Doyoung, um amigo meu.
— Mmmh… — ele sorriu sem graça. — Vamos pra casa?
— Mas-
— Eu sei, mas eu quero ir. — ele me interrompeu.
— Ok… — eu não tinha percebido ainda.

Eu peguei o café em uma mão e peguei Ten na outra, andando até o carro. Eu sabia que tinha algo de errado, mas não sabia o que era, até notar que Chittaphon não estava cantando as músicas do rádio.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntei, logo depois de estacionar o carro.
— Não. — ele retirou o cinto.
— Chittaphon, olha pra mim.
— O quê? — ele me olhou. A cara fechada dele tinha entregado tudo. Ele ficava muito gostoso com ciúmes.
— Você tá bravo?
— Não. — ele bufou.
— Tem certe-
— Você já beijou ele? — bingo.
— Doyoung? — ri. — Não.

Ele parecia mais bravo ainda.

— Johnny, me fala a ver-

Eu beijei ele, dessa vez, eu que enfiei a minha língua na boca dele. Eu queria devorar ele ali, no carro mesmo. Coloquei a mão sob a coxa dele e apertei a mesma, puxando-a para mais perto.

— Hyung… — porra. Eu puxei ainda mais a coxa dele, logo ele entendeu o que eu queria.
— Chittaphon, você ficou com ciúmes? — perguntei, enquanto ele se acomodava no meu colo. Depois de ver o rosto dele ficar vermelho, eu sorri.
— Hyung, eu quero que você seja só meu. — ele fez questão de morder uma parte do meu pescoço.
— Nós namoramos, Chittaphon. — comentei. — Eu já sou seu.

Ele sorriu com a resposta. Mas isso não tirou o ciúme momentâneo dele. Filho de uma puta, rebolou no meu pau até eu chegar perto de gozar e parou, depois saiu do carro e falou pra eu acompanhar ele. Eu não consegui sair do carro tão cedo assim.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Mar 02, 2022 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

wedding band › johnten (nct)Onde histórias criam vida. Descubra agora