12 ; promessas

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Tínhamos combinado de sair pro bar. Eu, Ten, Kun e Hendery, naquele bar. No meu bar favorito. Eu fui o último a chegar.

— Iai. — disse pra todo mundo na mesa. Sentei no meio de Ten e Kun.
— Demorou. Tava fazendo o que? — Kun perguntou, dando um gole na cerveja dele.
— Nada de mais.

Eu tinha ligado pra Ten mais cedo, perguntando se seria bom se eu usasse aquela calça de couro do outro dia. Ele disse que queria ver mais tarde, mas não no bar.

— A gente tava falando sobre uma música que Ten tá fazendo. — Kun comentou.
— Ah, aquela ainda? — perguntei pra Chittaphon, sorrindo. Apoiei minha mão na coxa dele, mas ele logo tirou, negando com a cabeça.
— Hmm, não. Tô fazendo uma nova.
— Sério? — apoiei meu braço na cadeira de Kun. — Sobre o que?
— Uh... — ele sorriu, negando com a cabeça.

Ele não falou sobre o que era, mas eu consegui arrancar dele depois. Não que eu tive que encher ele de beijos pra isso. A gente conversou bastante sobre muitas coisas, mas eu fiquei em dúvida sobre várias coisas. Talvez eu fosse um pouco meloso, romântico? Eu queria fazer carinho em Ten e ficar perto dele, mas ele negou várias vezes. Depois das bebidas no bar, nós damos uma volta na cidade e decidimos ir em um karaoke. Deve ter sido esquisito ver quatro marmanjos entrando em uma sala grande e pedindo comida a cada minuto. Todo mundo cantou. Eu estava com saudades de ouvir a voz de Kun, sinceramente. É muito bonita, doce. Eu sempre me emociono quando ouço. E quando chegou a vez de Ten, eu não me importava com a música que ele cantava, só queria ouvir ele, pra sempre.

— Boa noite. — Chittaphon disse para Kun e Hendery, enquanto acenava. Eu disse que levaria ele pra casa, já que era perto da minha. Eu queria levar Ten pra minha casa.
— Ei. — desci o meu braço pra tentar pegar na mão dele, mas ele recusou.
— Johnny. — ele suspirou. — Eu não falei nada pro Hendery.
— Ah... — merda. Eu não sei porquê eu pensei que seríamos um casal depois de tudo aquilo. Tem coisas mais a fundo, e eu sei muito bem disso. — Desculpa, desculpa.
— Não que eu não queira, sabe? Eu só não quero quebrar uma promessa.
— Que você já quebrou? — falei um pouco indignado. Eu não achava certo ele mentir pra Hendery assim.
— Johnny... — Chittaphon segurou a minha mão, entrelaçando nossos dedos.

Ele parou no meio da rua e olhou pra mim. Seus olhos de noite eram incríveis. A luz da lua sob o rosto dele... Chittaphon é uma obra de arte. Me dei a liberdade de o segurar pela cintura e trazê-lo pra mais perto, fazendo com que ele colocasse as mãos nos meus ombros. Ele sorriu diferente naquele dia.

— Subi minha destra pra nuca dele, fazendo carinho ali. — Chittaphon, eu quero ser o seu namorado algum dia. — trouxe ele pra um beijo rápido, até perceber que o rosto dele estava vermelho. Eu tinha conseguido de novo. Eu adorava ver ele daquele jeito, envergonhado. Ele é tão seguro de si, sempre dizendo o quão bom ele é, mas ele adora ouvir isso dos outros.
— Algum dia? Vai demorar? — ele perguntou enquanto afundava o rosto no meu peito.
— Quem sabe... quer ir pro meu estúdio?

Ele disse que sim.

Eu sinceramente não lembro se ele já tinha ido pro estúdio alguma vez, mas ele teria lembrado e comentado sobre o piano. Maldito piano de cauda, eu não consegui me desfazer dele. Quando saí da casa dos meus pais, fiz questão de levar ele só pra não guardarem essa lembrança de mim, agora ele tá lá, empoeirado, mas afinado. Eu afino todos os dias, na esperança de voltar. Eu nunca parei de gostar de tocar, na verdade. Eu queria aprender a tocar mais instrumentos, como violino. Guitarra seria legal também.

Nós andamos mais alguns minutos e já estávamos no meu estúdio. Ele sorriu assim que viu o piano.

— Você vai tocar pra mim?
— Chittaphon, eu já te falei-
— Eu sei, eu sei. — ele me interrompeu, andando até o piano e sentando no banco. — Eu adoro ver você tocar, fica ainda mais gostoso. — ele tocou a nota "ré" lentamente. — E ainda tá afinado!

wedding band › johnten (nct)Onde histórias criam vida. Descubra agora