15 ; guitarra nova

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— Hyung? — Chittaphon me acordou me chamando disso.
— Hm? — eu ainda estava morrendo de sono.
— Hyung... — ele me deu um beijo na bochecha.
— Pode falar, Chittaphon. — finalmente abri meus olhos e olhei pra ele. Ele estava sem camisa, e tinha a porra de um choker no pescoço. — Chittaphon? — confesso que fiquei surpreso. Acordar assim não era normal.
— Johnny hyung. — Ten subiu no meu colo e deitou a cabeça no meu peitoral. — Eu sonhei com você.
— Mesmo? Como foi o sonho? — levei minha mão até os fios do cabelo dele e acariciei ali.
— Uh... — ele deu uma risada baixa. — Você tinha acordado de pau duro... e queria me foder.
— eu ri. Sério, que ironia. — E você acordou de pau duro?
— Sim. Estranho, né? — ele levantou a cabeça dali e apoiou suas mãos no meu abdômen. Eu segurei a cintura dele e o puxei mais pra cima.
— E o que quer fazer? — perguntei, como se não fosse óbvio.
— Eu quero que você me foda, hyung.

Porra, não acredito que tinha acordado de pau duro. Sério, que sonho foi aquele? Ainda bem que Chittaphon não estava do meu lado naquela hora. Bom, eu levantei e logo liguei pra ele. Era o dia que eu mais esperava. Eu ia pedir ele em namoro. Eu trabalhei o mês anterior que nem um louco, não parava pra quase nada, nem dormia direito só pra comprar aquela guitarra. Eu perguntei pra Kun se Chittaphon havia comentado sobre alguma guitarra que ele sonhava em ter, e tinha. Era uma guitarra cara pra caralho, mas eu consegui comprar. Em minha defesa, eu já tenho o suficiente pra mim mesmo, quero gastar com ele. Eu amo ele. Eu quero envelhecer com ele.

Alô?
Oi. — respondi com um sorriso imenso no rosto.
Eu tava com saudade.
— ele me fazia sorrir 100% do tempo. — Eu também.
Tá fazendo o que?
Te convidando pra vir aqui.
Hmm... fazer o que? — ele era difícil.
Quer ouvir eu tocar piano? — eu faria esse sacrifício.
Quê? Sério? Vai tocar mesmo? Não mente pra mim.
Vem aqui e descobre.
Ahhh- — ele resmungou. — Tô indo.

Eu queria me deixar o mais apresentável possível. Eu sei que ele não ligava para o que eu estava vestindo, mas era uma ocasião especial. Eu respirei tão fundo quando ouvi ele tocar na porta que jurava que ia desmaiar. Deixei a guitarra no canto do estúdio e abri a porta pra ele.

— Johnny? — ele sorriu. — Tá assim por quê?

Ok, talvez... só talvez, eu tenha vestido uma camisa social.

— Sem perguntas, só entra.

Segurei na mão dele e o puxei até o piano. Eu passei o dia inteiro ontem limpando ele.

— Ah, me faz um favor. — eu olhei pra ele enquanto me sentava no banco. — Pega a guitarra ali no canto e toca comigo.
— Você comprou uma guitarra pra você, Johnny? — ele sorriu. — Johnny...?
— Hm?
— Onde você achou essa guitarra? — Chittaphon pegou ela do canto e trouxe para perto do piano.
— Eu cavei bem fundo pra achar. — ri.
— Espera... — ele lembrou. — Johnny!! Nem fodendo que você realmente comprou essa guitarra! — ele sentou do meu lado, deixando a guitarra encostada no piano. — Johnny, eu falei pra não comprar!
— Eu comprei, Chittaphon. — coloquei minha mão na bochecha dele e acariciei ali. — Eu te amo, muito.
— Johnny, eu-
— Você quer namorar comigo?

Ele ficou sem reação. Tinha muita coisa acontecendo, na verdade. Eu ia tocar piano pra ele, eu comprei uma guitarra nova pra ele e pedi ele em namoro, num intervalo de 10 minutos, tudo.

— Johnny...
— Chittaphon...?
— Você acha mesmo que precisa perguntar? — ele sorriu. — Eu dizendo que te amo todos os dias, dizendo que quero casar com você, que quero viver com você já não é o suficiente? — ele me deu um selinho.
— Só pra ter certeza. — sorri de volta. Eu queria abraçar ele e nunca mais soltar.
— Claro que eu quero, idiota.

E eu abracei ele. Aconteceu. Eu estava namorando Chittaphon Leechaiyapornkul. Fazia muito tempo que eu não me sentia tão feliz.

— E você vai tocar pra mim, amor? — porra. Um dia ele me mata.
— Ei, não faz isso agora.
— Por que não? — ele sorriu. — Já podemos fazer isso, né?
— Você sempre pôde. Além do mais, você já fez isso. Você começou com isso.
— Você queria.
Porra, Chittaphon. Claro que eu queria. Eu queria você. — respondi, colocando os fios de cabelo dele atrás de sua orelha.
— Me queria, é? — ele tem o sorriso mais bonito do mundo. Chittaphon passou uma perna por cima da minha, pegou minha mão e a colocou por cima de sua coxa. — Ei, você pode tocar o piano?
— fiz um carinho rápido na coxa dele. — O que quer que eu toque?
— O que você quiser, só quero olhar.

Assenti. Queria tocar algo que significasse muito pra nós, então treinei um pouco a música que ele tinha feito, pelo menos que eu tinha escutado. Suspirei. Eu estava um pouco nervoso. Fazia um tempo que eu não tocava piano especialmente pra ele. Assim que comecei a tocar, observei ele se aproximar de mim, deitando a cabeça no meu ombro.

— Treinou a minha música? — senti os braços dele envolverem a minha cintura, então sorri.
— Sim. Queria te impressionar.

Ele ficou em silêncio pelo resto da música. Me pergunto o que se passava na cabeça dele naquele momento. O que ele estava pensando sobre tudo aquilo. Eu queria saber o que ele achava, de verdade.

— Amor.

Meu coração até pulou uma batida. Eu voltei meu olhar pra ele e sorri. Cacete, ele é o homem mais bonito do mundo.

— Eu amo você.
— Eu também me amo.
— Johnny! — ele riu, me empurrando de leve.
— dei um selinho rápido nele, e aproveitei pra encher o rosto dele de beijos. — Eu também amo você.

Algum dia eu quero montar uma família com ele.

wedding band › johnten (nct)Onde histórias criam vida. Descubra agora