O Surgimento da Mão direita de um Rei

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Os dias se passaram, até que finalmente Tybalt recobrou a consciência. Despertou em um lugar diferente de onde se lembrava ter caído, estava com muitas dores em todo o corpo, e sentia que estava esquecendo de algo, mas a aflição se tornou em um certo alívio ao ver Rowan próximo, ao lado da cama, em uma sala cinza, com um aspecto rudimentar, olhou para si e viu que as faixas cobriam todo o corpo. Não sabia ao certo o que tinha acontecido, mas o misto de alívio se tronou em um abatimento ao se lembrar de sua mãe, ele estava atônito que ela não estava próxima a ele. Onde mais ela poderia estar, olhou para seu amigo e cobrou alguma resposta, com lagrimas escorrendo de seu rosto, Tybalt imaginava a resposta, mas tinha medo de confirmar isso, e ao ver o seu amigo mudar a direção de seu olhar pode entender o que de fato havia acontecido.

- Ela me salvou. Eu sempre... – parou pegando o folego que falta. – tenho que ser salvo por alguém, mas dessa vez isso custou a vida da minha mãe, Rowan! Como posso ser tão inútil? Minha criou um homem inútil e morreu porque eu sou fraco demais! Tolo demais. Me exibia com atos nada heroicos! Se eu pudesse voltar no tempo, eu teria a salvo! – um pensamento lhe atenuou a mente, um pensamento gritando dentro de si, sendo mais alto do que as suas palavras que eram proferidas. "Você é fraco Tybalt, e se voltasse no tempo, presenciaria mais uma vez a sua mãe sendo morta"

- Descanse, Tybalt. Eu sei que tudo leva tempo; em breve teremos que caminhar. – a coruja olha para seu amigo com sutileza. – que a sua jornada seja de gratidão e não de vingança.

- Mas como posso ser grato? – olhou com as lagrimas escorrendo de seu rosto. – Como posso ser grato por algo, se eu perdi quem mais eu amava?

- O ponto de vista que você deslumbra é o que te faz crer nisso, seja grato a vida que sua mãe te deu. – falou puxando o ar e completou. – Ela nos salvou e não foi apenas uma vez.

- Você tem razão, tenho orgulho de ter ela como mãe. – falou com muito esforçando, tentando disfarçar o ódio e a tristeza que o conduzia. – Que ela possa nos guiar daqui para a frente.

- Mas uma coisa que não entendi, como viemos parar aqui? – perguntou o garoto mudando de assunto.

- Um senhor nos ajudou, estamos, no que ele chama de lar. – olhou para a janela. Tocou o garoto na testa e disse para encerrar. – Existe mais heróis em Solar do que eu imaginava.

- Olha se não é o nosso valente herói, você está melhor garoto? – Um homem que estava em frente a porta se aproximou, com seus grande olhos verdes e de pele clara, aparência de um construtor, mas a voz doce de um bardo. Era um homem distinto.

- Eu estou sim. – se esforço para levantar o seu tronco e ficar sentado na cama. – Muito obrigado por ter nos salvo!

- Não foi eu que te salvei, foi a adorável mulher que estava com vocês. – E olhou para o teto sem saber como completar a frase. – Ela foi forte para abater quem os atacou e nobre o suficiente para lhe dar vida.

- Ela era minha mãe. – Falou como em um sussurro de dor. – Ela era a mulher mais linda e forte de todo o universo.

- Garoto, eu vou pegar alimento, você precisa. O seu corpo está muito fraco ainda, enquanto isso, fique em repouso. - E saiu deixando o Tybalt e Rowan ali.

- Ele parece ser legal. – suspirou Tybalt, que sentia que o descanso era para guerreiros fracos, ele era um, e decidiu nunca mais se sentir assim.

- Eu ainda vou salvar as pessoas, Rowan. E você vai me ajudar, vamos ser os melhores! – falou sorrindo para o amigo. – por ela, faremos isso.

- Isso é assim que se diz! - Sorriu uma garotinha que não tinha mais que seis anos.

- Quem é você? – perguntou o nosso herói.

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