Novos Amigos

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- Vamos, Artêmis? – olhou para os olhos que o observavam. Pan não se sentia bem em ir ao planeta Terra, mas era necessário. Decidiu escolher ser semelhante ao que já era. Artêmis também. Mudando alguns detalhes que poderiam mostrar a distância que estavam entre a humanidade.

- Vamos. – e ao olhar para trás de si. Tybalt e sua coruja Rowan. Ambos não haviam mudado nada, apenas a construção da pele, que realmente era algo bem diferente do humano. Sendo rígida. Semelhante ao concreto e consequência de um mundo que exigia uma resistência maior.

- Estamos prontos! – disse Pan e olhando para Hades assentiu com a cabeça.

- Espero que nada saia do planejado, Pan.

- Não irá, iremos resolver isso o mais rápido possível.

- Vocês devem. Não há possibilidade de um erro nessa missão.

- Milard, pode nos transferir para a terra na forma dos avatares pré-selecionados – a jovem apertou alguns botões, e desejou boa sorte. Todos sorriram.

- Que diabos é isso? – questionou com um tom de voz bem alto. Luís não estava acreditando. Arthur ficou com os olhos cravados nos detalhes daquele controle alienígena.

- Onde você encontrou isso? – complementou Luís.

- Na rua, não brilhou nem se moveu ao primeiro contato, mas agora responde a qualquer sinal de vida.

- E tentou te atacar?

- Aparentemente ele não tem vida própria, parece ser um dispositivo que reage quando alguém está próximo, ou faz alguma menção em toca-lo.

- Isso é maneiro! Caraca você tem uma descoberta na sua casa e você deixa em cima da sua cama assim?

- Eu realmente não sei o que fazer.

- Ninguém imagina que vai ter algo de um ET em casa. A gente te entende. – disse Arthur com o olhar embasbacado vendo a cor viva da peça que teimava em acender e em momentos sob uma sequência tornava-se fosca.

- "A verdade está lá fora" – disse fazendo uma voz débil e sorrindo para os amigos. Mark não entendia ao certo o que havia acontecido e o que estava prestes a presenciar, mas se sentia escolhido.

- A gente pode fazer algumas pesquisas na casa da Luísa, ela tem um certo conhecimento sobre essas coisas. – disse Arthur agravando a voz.

- A doidinha do ensino médio? Você está doido? – disse Luís com uma petulância que não lhe era comum.

- Ela disse uma vez que teve contato com extraterrestres. – disse Arthur se sentindo irritado com o deboche do amigo.

- Ela disse, mas quem pode garantir que é verdade? – Mark deu de ombros para os dois e com todo cuidado pegou um pano e cobriu a peça a trazendo para si com todo cuidado.

- Vamos ver a Luísa. Por mais que ela tenha sido motivo de chacota e uma fonte bem duvidosa de informações. Ela ainda é uma das poucas pessoas que ouviriam a nossa história sem rir da nossa cara. – Mark sabia convencer Luís a retroceder em uma afirmação e assim o fez. Obstinados pela descoberta e com o peito cheio de reponsabilidade caminharam pela rua. A casa era à poucos quarteirões de distância. Um garoto com a camisa da escola, calça jeans e meias longas e brancas, estava correndo em direção a eles e a sua marmita acabou caindo para o meio da rua, o pequeno rapaz não havia fechado a mochila, pois tinha perdido o horário e não queria chegar novamente atrasado na aula. Correu em direção para agarrar com as mãos. Por segundos ouviu-se um som ensurdecedor de uma colisão que fez com que todos que estavam ali parassem suas vidas. Fez Arthur, Mark e Luís pestanejarem e ao se assustarem pelo choque. Se aproximarem com toda a velocidade possível.

Simulação dos deusesOnde histórias criam vida. Descubra agora