:sixteen:

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— Ela ainda vai lembrar o resto... - Insistiam em manter a garota por perto.

— Ela vai fazer dezenove anos e começou a se lembrar agora. - O alto escalão repudiava a existência da garota. — Ela é a personificação da destruição, um erro de seu clã.

— Ela não é... - A minoria que a defendia era somente seus professores. — Ela é uma menina doce e adorável, muito útil para o mundo jujutsu.

— Vamos ver o que o sobrevivente vai falar.... - Eles falaram e sorriram diabolicamente. — A barreira foi desfeita.

A barreira destrutiva envolta da sua aldeia inteira foi desfeita e sobrou alguém no meio de tudo isso? Era inacreditável isso, claramente um blefe dos superiores.

— Agora ele está no hospital e está em coma induzido, mas quando seu estado mental melhorar vão o trás de volta. - Falaram contentes, a hipótese do sobrevivente conhecer a garota era grande. — Como a vila é pequena ele pode a reconhecer.

— Certo, vamos esperar sua melhora e podemos o interrogar. - Falaram e logo saíram, tentando sair o mais rápido possível e te avisar disso.

Você tinha ficado na escola passando as instruções de seu selo e como ele seria usado, explicando para os mais próximos que poderiam servir de cobaias.

— Vai arder, mas é normal. - Falou se afastando deles e todos concordaram. — Certo, se preparem...

Lançou uma fraca onda de energia amaldiçoada e viu o kanji brilhar em um vermelho-alaranjado, mostrando o efeito de eficiência da proteção.

Você poderia sentir onde o selo foi ativado, já que usava sua energia era possível até mesmo descobrir quem estava a usando.

E agora foi uma situação destas, sentia sua energia fluir por seu corpo e correr uma longa distância, chamando sua atenção.

— Esperem um pouco... - Se afastou dos primeiranistas e suspirou se concentrando e procurando quem usava seu selo.

Não muitas pessoas tinham, Satoru, Shoko, Nanami e o diretor Yaga, esses eram os que tinham finalizado a cerimônia, que ele exigia.

O único que não estava perto era o loiro de óculos, o diretor tinha saído com Satoru e Shoko, restando Nanami para usar o selo e chamar sua atenção e energia.

Então rapidamente foi de encontro a ele, usando uma das mil portas que tinham na escola que os levavam para algum rastro de energia, e lá estava ele, num canto escuro e provavelmente sangrando.

— Nanamin?! - O chamou se aproximando e começou a andar em sua direção, sentindo o coração pesar.

— Não... não deveria ter vindo. - O loiro murmurou fraco segurando uma ferida no abdômen e suando frio.

Antes de conseguir falar algo você só sentiu algo acertar sua cabeça e sua vista se enfarruscar.

Passara um tempo desacordada, mas sentiu seus sentidos voltarem e os olhos reagirem a luz do ambiente.

— Finalmente... - Uma voz grave e distorcida soou longe e você tentou levantar a cabeça e encarar o dono.

Porém, seus braços estavam presos em suas costas, as pernas presas em seus pulsos e sentia algo acertar brevemente seu coração, isso com seu corpo no chão frio e duro.

— Não se mexa muito, senhora... - Falou ainda longe e você suspirou fundo.

— O QUE VOCÊ QUER COMIGO? DEIXE ELE IR... - Gritou tentando o alcançar, mas somente ouviu uma risada frouxa.

— Ele vai ser livre quando eu quiser, com todo respeito senhora. - Falou e soltou um riso frouxo. — Eu lutei muito para sobreviver e poder lhe ver mais uma vez, sinto sua falta, Ka-sama.

— Claramente errou, não sou nenhuma Ka. - Murmurou e ouviu passos ecoarem, cada vez mais perto de si.

— Claro que é... eu te reconheceria até em escombros, minha luz na escuridão... - A voz ecoou perto e você se virou, tentando enxergar a pessoa com quem falava, mas falhou quando sentiu um pano taparem sua visão.

— O que você quer? - Perguntou se debatendo no chão e tentando se livrar das correntes, mas algo soou dentro de ti e largou as tentativas.

— Estou perto do que eu quero, senhora. - Falou e você pôde sentir algo acariciar seu rosto. — Mais um tempo, só mais um pouco.

— Deixe ele ir, precisa de cuidados urgentes... - Murmurou e ouviu uma risada fraca.

— Por que se importa tanto com aquele negócio? - A voz em zombação era evidente.

— Não é um negócio, é uma pessoa, minha pessoa... - Falou com raiva sentindo as correntes doer. — Eu fico e não tento nada, só o deixe ir, ou o deixe me usar...

— Não deveria se preocupar com reles. - Falaram. — Mas eu obedecerei, senhora. Sua pessoa está livre, mas não tente nada...

— Não tentaria... - Comentou sentindo o corpo pesar e o sangue esfriar em seu corpo, a impossibilitando de usufruir da manipulação de sangue.

Parece que toda sua energia foi sugada de seu corpo e não sobrou mais nada, foi enxugada e extraída permanentemente de seu corpo.

Os olhos lacrimejavam e ardiam, como se derrubassem ácido em suas íris, as queimando e a impedindo de enxergar, a cabeça latejava e pesava, como se tivesse que processar milhares de informações em um instante.

— Calma senhora... - Uma leve voz no final de sua cabeça soava calmamente. — Só estamos começando, Ka-sama.

𝐞𝐧𝐝 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐖𝐎𝐑𝐋𝐃 ∫ satoru gojo & nanami kento Onde histórias criam vida. Descubra agora