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Não estava crendo no que seus olhos viam, a imagem ficara distorcida rapidamente.

Como assim doente? – A voz preocupada de Nanami soou ao seu lado e um suspiro longo foi ouvido, este vindo de sua parte.

Não realmente doente. – Falou e o encarou consumida pelo cansaço e se largou nos braços fortes dele. — Eu acho que estou doente, meus olhos ficaram desfocados por um bom tempo, e eu via algumas coisas estranhas, e minhas marcas sumiram de repente, eu estou....estou com medo de estar doente.

— Você não está! Tenho certeza disso. - Ele falou te confortando e abraçando seu corpo frio. — Não é comum, não somos pessoas comuns, princesa.

— Eu...eu tenho medo de perder o controle. - Confessou sentindo os olhos lacrimejarem. — Sabe? Com todo essa pressão de clã e técnicas amaldiçoadas eu sinto como se fosse explodir, eu tenho medo de machucar vocês.

— Não faria isso, e se acontecesse saberíamos que não foi de propósito. - A voz melodiava sob seus ouvidos gentilmente. — Não se preocupe tanto com isso, ainda é muito jovem para se preocupar tanto.

— Ah! Mas você também vive preocupado, é a última pessoa que pode brigar comigo por se preocupar, Ken. - Riu alegremente o deixando envergonhado pela verdade dita, mas ele a calou com um selar simples.

— Mas você é jovem ainda, não se preocupe tanto, deixe que os mais velhos cuidem de você. - Sugeriu e você concordou com um sorriso nos lábios. — Por enquanto posso cuidar de você, logo pode contar para Ieri sobre o que sentiu e estudar com ela.

— Seria interessante estudar a mim mesma. - Murmurou e abriu um sorriso grandioso. — Claro! Eu quero que cuide de mim então, com tudo que tenho direito.

Ele assentiu, com o coração descompassado e as bochechas queimando em emoção ele foi abraçando com seu corpo até o banheiro, sentindo a água morna aquecer sua pele gelada.

O loiro acariciava seus braços e suas pernas, lhe encarando frente a frente, mas logo gesticulou para você se virar e ele lavar suas costas e seu cabelo escuro.

Sentiu os dedos dedilharem algo e arqueou as costas, com uma sensação desconhecida.

— Essa marca... - Ele falou absorvido pela marca, mas voltou com seus movimentos agitados.

— Que marca? Onde tem? - Tentava ver com os olhos e estava nervosa, ansiosa para entender tudo.

— Nada demais, uma pequena marca que não cicatrizou. - Falou e você concordou aliviada, mas era uma omissão dele.

Kento lavou os longos fios pretos e lavou seu corpo, adorando cada parte lentamente e subitamente a levando para um estado de prazer, seu corpo parecia estranho e diferente, como se não fosse mais a mesma pessoa.

Mas sabia o que queria, e era mais, cada vez mais dele, o seu interior queimava em prazer e agonia, então o banho sem intenções e malícia se transformou em uma transa de banheiro.

[...]

Sentia o corpo doer e as vistas cansadas, mas não sentia mais o toque colérico de Ken, então ergueu o corpo rapidamente e encarou o quarto.

Ainda estava no quarto do loiro e ele não estava ali, mas sabia que ele não a abandonou dentro de casa sozinha.

Catou a blusa azul claro, que ele usava na noite passada, do chão e a vestiu, cobrindo seu corpo e sentindo a fragrância boa dele.

Saiu a procura dele, o encontrando no sofá com uma xícara de café e um prato com um croissant ao seu lado, o computador em seu colo e toda sua atenção na tela.

Lentamente acariciou os ombros relaxados dele e se sentou ao seu lado, no braço do sofá. O encarou e sorriu, afastando o computador e aninhando-se no calor dele.

— Dormiu bem? - Baixinho ele perguntou e você respondeu cansada.

— Sim, e você? - Aspirou o aroma doce dele e sorriu contra o peito alheio, sentindo as mãos dele acariciarem seu corpo e seu cabelo.

— Vá comer, te faço companhia. - Sorriu gentilmente e você concordou, limpando os fios caídos sobre seus olhos e sua face.

Ele agrupou os fios pretos enrolados e os prendeu com a gravata que estava no encosto do sofá, sentindo seu coração arder com sua imagem preguiçosamente andando até a cozinha, com a blusa dele e com a gravata como amarração.

Ele te fizera companhia, mas eventualmente precisou se reservar um minuto para fazer uma ligação.

— Precisamos contar. - Nem mesmo um cumprimento, ele foi direito. — Está chegando ao fim.

— Como tempo tanta certeza? - A voz grave soou ao outro lado surpresa.

— É a questão de tempo até ela libertar tudo, apareceu uma marca. - O loiro expôs, a conversa era com o feiticeiro mais poderoso, não por muito tempo.

— O tipo de marca de contagem? - O questionou sobressaltado.

— Exatamente, seus olhos começaram a dar sinais de poder e a marca cresce a cada minuto. — Ele falou nervoso e temeroso, com medo de te perder.

— O alto escalão não pode saber disso. - Satoru falou e Nanami concordou com um murmúrio. — Certo! Vamos nos encontrar no baile e lá conversamos, tente ajudar ela a esconder a marca.

— Como caralhos vou fazer isso? É uma rachadura preta que vai da sua nuca até o meio das costas. - Falou Nanami e Satoru riu, dando de ombros do outro lado.

— Sua culpa! Você estava com ela nessa noite, e foi você quem ativou isso. - Falou ele com pesar na voz. — No fundo todos sabíamos que um dia aconteceria, estamos preparados.

— Estamos mesmo? - Falou o loiro preocupado, ele só não contava com mais uma preocupação para a lista.

— Preparados para que? - Sua voz ecoou pelo cômodo, não contente ou sorridente, seca e ríspida. — O que estão escondendo de mim?

— Não é nada, gatinha. - A voz de Satoru soou do outro lado e você suspirou irritada.

— Não se preocupe com isso, princesa, vamos resolver rapidamente. - Nanami falou tentando acalmar seu coração, mas não funcionou, sua mente estava prestes a explodir e seu coração também.

— Eu falei sem segredos nessa relação. - Falou limpando as lágrimas que insistiam em sair. — Eu quero saber de tudo e quero saber agora! Eu sei que é sobre mim, eu mereço saber.

— Gatinha...
— Princesa...

Os dois tentaram redundar a situação e aliviar seu coração, era perigoso ter você tão instável assim.

— Enquanto tiverem de segredos comigo eu não vou ver nenhum dos dois, e isso conta como um tempo. - Falou se virando e mantendo o queixo erguido. — Quando estiverem prontos me procurem, sabem onde me achar.

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𝐞𝐧𝐝 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐖𝐎𝐑𝐋𝐃 ∫ satoru gojo & nanami kento Onde histórias criam vida. Descubra agora