:twenty-seven:

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Satoru a levou de volta para casa, mas seu erro foi a levar para a gigantesca casa dele.

Gojo escondia segredos ali, segredos que não precisavam ser descobertos tão cedo, muito menos por você. Ser o feiticeiro jujutsu mais forte tem seus fortes, mas tem muitas falhas, uma delas era os segredos que ele precisava esconder.

Sendo o único membro do clã Gojo, o platinado era guardião de um dos maiores segredos do mundo jujutsu, esse que nem mesmo o alto escalão sabia já que ele fez questão de esconder, isso para seu próprio bem.

Enquanto ele foi buscar algo para a ajudar com suas dores você despertou dos devaneios que vivia, sentindo algo a chamar para a vida real. Sentia o corpo quente, como nunca foi antes, suas mãos coçavam e doíam ao ponto de arder, parecendo que havia ácido queimando suas digitais.

— Gatinha! — Ouviu a voz contente dele a chamar e se virou, a expressão doída e fechada, como se fosse o atacar a qualquer momento, e faria.

— Desde quando? — Falou entredentes e em curtos passos se aproximava dele, sentindo as orbes focadas em você, assim como as suas vermelhas estavam focadas nele. — O que é isso? Desde quando me esconde disso?

A diferença de altura era gritante, mas o sentimento de traição e ódio se proliferava ali, aumentando ainda mais o perigo eminente que você mesma representava. Satoru se afastou em curtos passos, mas foi em vão já que você fez questão de encurtar a distância mais ainda.

Ele temia que um dia você descobrisse de tudo, e praticamente o odiasse.

— Não há muito tempo... — Falou erguendo os braços e segurando seus ombros tensionados, tentando acalmar sua energia, que fluía exageradamente. — Acredite em mim, gatinha...

— Olhe nos meus olhos e repita isso. — Falou tirando ambas e encarou as orbes azuis como o céu, as suas tão vermelhas e intensas quanto o fogo, ambas vendo a verdade por trás de corpos materiais e cascas que prendiam as almas. — Mentira...

Os olhos começaram a lacrimejar em sinal de desapontamento e tristeza, é por isso que uma traição doía tanto, ela só era feita por alguém amado, qualquer outro não faria o mesmo efeito, se não houvesse as expectativas e esperanças presas numa só pessoa, não haveria algo a se quebrar realmente.

A mentira, a omissão, era tudo uma traição com a sua pessoa, e Satoru não realizava isso, para ele traição era somente sexual, quando beijasse alguém ou dormisse com alguém, só aí seria uma traição com a pessoa amada, mas a mentira é desonesta, ela é traiçoeira e perversa.

— Você não podia fazer isso comigo, Satoru... — Murmurou deixando algumas lágrimas molharem suas bochechas e sentiu ele as enxugar, segurando seu rosto delicadamente, mas você se desvencilhou brutalmente. — Não me toque!

— Eu posso explicar! — Se aproximou de seu corpo, porém você se esquivou rapidamente, inconscientemente o atingindo com energia amaldiçoada, já que estava totalmente descontrolada.

— Todo esse tempo...— Pronunciou tristemente. — Eu passei todo esse tempo me cortando e vivendo à base de talismãs e inibidores para controlar meu encantamento...enquanto você podia me ajudar a controlar tudo, me ajudar a viver normalmente....

As lágrimas molhavam todo seu rosto, os olhos estavam doendo das lágrimas que reprimia com raiva, mas não queria brigar, sua cabeça já estava confusa o suficiente para isso.

Segurou o colar que Nanami a deu e respirou fundo, tentando controlar seus sentimentos e reuniu sua força e coragem para o encarar uma última vez e sentir em seu próprio corpo, com seus próprios olhos o que ele sentia.

— Não... — Falaria algo, mas soube que já era tarde demais para falar algo.

— Ah...entendo... — Murmurou cabisbaixa e mirou a porta, saindo em direção à liberdade, seguiria seu coração e o amuleto que segurava em mãos, esse que a trazia sentimentos horripilantes, mas não eram sentimentos, eram lembranças.

Quando mirou os olhos de Satoru soube de toda a verdade, não entendia totalmente ainda, porém sabia de mais que antes. Ele sempre pôde a ajudar, mas escolheu não se intrometer, sempre pôde contar a verdade, mas omitiu tudo que sabia.

A verdade é que nunca esteve tão sã, a mente estava clara e tranquila, não tempestuosa ou depressiva, a verdade numa foi tão libertadora para você, agora sabia de algo a mais sobre você mesma, já que todos sabem mais sobre você do que a própria resolveu se aventurar e seguir o rumo de seu coração, o aventureiro e tentador.

[...]

As luzes da cidade iluminavam suas írises e as irritavam, mesmo por cima do óculos que roubou de alguém na festa que estava, a curta camisola era motivo de olhares sedentos e maliciosos sob você, mas nada realmente importava agora.

O corpo estava extasiado em puro prazer e poder, o lugar caótico e festeiro só aumentavam as sensações, afinal, eram tentadores demais para meros humanos aguentarem, alguns sucumbiam à tentação e se entregavam nos prazeres carnais, algo prazeroso para você.

— Ei gatinha! — Alguém a chamou, gritando perto do seu ouvido e chamando sua atenção. — Tá sozinha?

— Tô. — Respondeu sorrindo ladino e umedecendo os lábios, abrindo um sorriso aprazível com a sensação mundana. — Mas você podia mudar isso, né?

Era satisfatório demais brincar com as novas habilidades que tinha, estas tão novas que nem mesmo sabia como as usar.

— Ela está comigo. — Ouviu uma voz melodiosa soar ao seu lado e se virou surpresa, procurando a dona.

— Mas... — O homem falaria algo, mas foi impedido por um comando teu, o mandando ir embora dali.

Encarou as orbes violetas e sorriu fraco, não se recordava claramente quem ela era, mas seu coração e alma diziam ser alguém conhecido e familiar.

— Você ainda continua a brincar com os humanos...tão curiosa.. — Ela sorriu bebericando da batida em suas mãos bronzeadas e sorriu voltando o olhar a ti.

— Eu não me lembro de você...não exatamente. — Confessou virando o resto de álcool no seu copo.

— Então deixe-me apresentar-me. — Ela sorriu deixando o copo ao balcão no seu lado e se pondo á sua frente, curvando o corpo em uma reverência. — Serva da senhora Karma, mas atendo também por Luci.

Abriu a boca surpresa e piscou os olhos lentamente, vendo os fios de cabelos se mexerem com a luz branca, mas a cor preta dos fios de Luci era tão forte que nem a luz passava por eles, era como sombras.

Os olhos violetas mostravam a alegria e satisfação de estar a vendo, mesmo não se recordando de tudo sabia que ela era confiável, ou algo em seu peito pulsava para isso.

— É bom tê-la de volta, Ka-sama.

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pqp carai entrei em um bloqueio fudido gente, desculpem a falta de att aqui.

mas quem é vivo sempre aparece, eai gostaru da nova personagem e da DR?? pq eu adorei

𝐞𝐧𝐝 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐖𝐎𝐑𝐋𝐃 ∫ satoru gojo & nanami kento Onde histórias criam vida. Descubra agora