:twenty-three:

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Braços fortes rodeavam protetoramente seu corpo frio, sentia o calor aquecer seu corpo gélido e seu coração frio, a mente vagueava para o outro lado do mundo, tentando não pensar em certas coisas.

Uma respiração calma acariciava sua orelha com o ar quente, mandando sinais de vida ao seu lado, então acariciou a pele macia e marcada com carinho, tentando manter a calma.

— Está acordada desde quando? - A doce voz de Nanami soou ao seu lado, te fazendo abrir um sorriso e virar o corpo, agora o encarando.

— Há um tempo. - Murmurou baixinho e ele concordou, você se sentia mal, tão mal que odiava acordar e ver algum deles ao seu lado.

Não por eles, e sim por ser você, no momento não está tão bem como antes, se sente tão mal que pode virar uma suicida acidentalmente.

— Como anda seu trabalho? - A voz dele acariciava seu ouvido, sempre amou ouvir a voz suave e calma dele.

— Tudo bem, eu estou espalhando meu selo pelos alunos e professores. - Explicou sentindo ele acariciar sua cintura embaixo de cobertas e roupas de dormir, pele a pele. — Falta você...

— Esses selos te fazem mal, não quero ter que te fazer sofrer. - Ele falou apertando sua pele levemente, mas a soltou e abraçou seu corpo. — Não me peça pra fazer isso...

— Por favor. - O encarou implorando com o olhar. — Só...me deixe fazer, não precisa usar se não quiser, mas eu prefiro garantir. Eu sei que você é poderoso e consegue cuidar das coisas, mas eu sou responsável por cuidar de pessoas poderosas como você, então é meu trabalho.

— Nem me fale de trabalho. - Melodiou e você riu, acariciando o maxilar trincado e marcado lindamente. — Tudo bem, você pode fazer.

Ele se deu por vencido, afinal não queria te preocupar, então aceitou em fazer o sei de proteção e sentir um pouco da ardência que ele causa, mas recebendo muito afeto seu.

Havia dias que não tinha notícias de Satoru, ele somente se afastou repentinamente e mandou você ficar com Nanami.

Sabia que ele estava com alunos novos e mais responsabilidade ainda, mas ainda sim, ele deveria pelo menos mandar uma mensagem.

— Amanhã é dia dos namorados. - Murmurou se sentando ao lado do loiro, que trabalhava em algo em seu computador.

Nanami ainda tinha muito trabalho a ser feito, e você também. Ambos decidiram esquecer de erros que cometeram, sobre tudo há algum tempo atrás.

Ele botou o computador de lado no sofá e agarrou suas pernas, as deixando confortavelmente sob seu colo, acariciando a pele macia e cheirosa. Lhe deu total atenção, tentando acalmar o coração e o rubor em todo seu corpo.

— Você quer fazer alguma coisa? - Ele a perguntou, não querendo a irritar ou a pressionar, mas ele não costumava comemorar feriados.

— Eu não sei o que fazer. - Confessou o olhando e bebericando do chá que se serviu, e ele bebeu do café que o acompanhava. — Nunca comemorei isso.

— E um encontro? - A encarou interessado, ele se sentia mal agora, nem ele mesmo a levou em um encontro.

— Acho que não. - Falou certeira e acertou bem no ego dele, agora Nanami se sentia horrível. — Mas eu acho que nunca curti isso.

E o assunto se acabou assim, mais nenhuma palavra trocada. Algumas carícias e beijos carinhosos, mas nada mais, todo momento com ele era assim, suave e tranquilo, mesmo sem trocarem uma única palavra sabiam que estavam bem, e confortáveis com o silêncio.

Trocou algumas mensagens com Satoru e ele reclamou por achar que não poderá passar o dia com você, mas o acalmou sobre a crise.

— Eu vou voltar lá. - Murmurou lendo a última frase da página do livro e a passou, logo sentindo o olhar dele sobre você. — Onde eu nasci.

— Sua vila?! - Ele se mostrou receoso sobre isso, mas você concordou marcando a página e o encarando suavemente.

— Sim, quero saber mais, quem sabe tem alguma coisa a mais sobre mim. - Explicou acompanhando seus passos. — Não faz sentido algum, será que eu nasci possuída por um demônio? Ou fui depois de nascer?

Eram tantas perguntas sem resposta que nem você sabia se estava preparada para voltar lá, sentir tudo voltar mais uma vez pra ti como uma onda gigantesca, que se alastraria por todo o resto de sua vida.

— Eu...posso te acompanhar? - Ele a encarou tenso, contraindo os músculos com força e nervosismo.

— Claro, só acho que não vai ser algo bonito de se ver. - Confessou rindo levemente e ele concordou. — Mas pelo menos eu cheguei até aqui, não mudaria o passado.

— Mesmo com tudo que aconteceu? - A questionou surpreso, e você se acomodou no abraço dele, ouvindo seus batimentos lentos e compassados.

— Mesmo. - Falou aspirando o cheiro delicioso dele. — Afinal eu não teria conhecido você....nenhum de vocês.

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Capítulo meio pequeno, mas prometo capítulo grande e mt gay no próximo.
<3

𝐞𝐧𝐝 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐖𝐎𝐑𝐋𝐃 ∫ satoru gojo & nanami kento Onde histórias criam vida. Descubra agora