:seventeen:

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Nanami foi encontrado em um beco escuro e frio, sem consciência e sem sinal de você.

Gojo nem mesmo sabia que você tinha ido encontrar o loiro, somente descobriu quando o ferido o alertou sobre seu estado e sua localização, sem nem mesmo se recuperar totalmente ele tentou ir atrás de você.

—  Deixe que eu vou, você está muito ferido ainda. – Gojo falou segurando o loiro na maca de hospital. — Não pudemos usar o selo de [S/n], então não está curado totalmente.

— Já sabem onde ela está? – Preocupado o loiro questionou, se sentindo extremamente culpado.

— Ainda não, mas eu irei atrás dela agora mesmo. – Gojo falou e se despediu.

Até mesmo o platinado estava sério ali, ele queria encontrar você urgentemente e acabar com quem ousou te tocar e te afastar dele, o xamã estava preocupado com você também, sua morte causaria a extinção do clã Yang, e sua técnica principal morreria contigo, o que seria um problema.

Ainda estava no mesmo lugar, mas não podia ver e nem ouvir nada, como se estivesse em uma caixa solitária, e isso acarretou problemas passados e ignorados anteriormente. Seus olhos ainda doíam e sua pele ardia de frio, sentia as mãos congelarem, como se estivesse sendo congelada viva, a mandíbula tremia e tentava segurar o calor humano que emanava de seu corpo.

— Ka-sama! Sinto que está bem agora. – Ouviu comentarem e subitamente sumirem, deixando o local em silêncio.

— [S/N]! – Alguém te chamava, mas seu corpo estava duro e doído, não conseguia enxergar bem quem era ali, mas achava que era alguém de confiança.

Braços te envolveram e um cobertor apareceu em seu corpo, causando um arrepio dolorido seu, mas reconheceria esse cheiro. Era o cheiro de Nanami, um cheiro de café fresco e colônia masculina, aquelas extremamente cheirosas e caras.

Outro tecido foi posto por cima de seu corpo, agora um com cheiro distinto. Era Gojo, o cheiro amadeirado e doce dele o entregavam, então podia ter certeza de que os dois estavam ali, te resgatando.

[...]

Acordou com as írises sensíveis à luz e reclamou baixo, sentindo o corpo doer e esfriar.

— [S/n] ...precisamos te contar algo. – Ouviu uma voz doce ao seu lado e encarou o lugar, tentando focar. — Sou eu, Shoko.

— Ah Shoko-chan. – Suspirou aliviada e ela concordou.

— Estou aqui com Satoru e Kento, precisamos te contar algo. – Ela falou e você concordou esperando a notícia.

— Nós descobrimos algo... – A voz de Satoru chamou a atenção ao seu lado oposto e você se virou, tentando enxergar. — Houve um sobrevivente da sua vila....

— Mas ele morreu essa noite, ele não aguentou. – Agora foi Nanami a falar. — Sentimos muito, mas sua vila está livre, você pode ir visitá-la.

— Não! – Falou séria e alto, se lembrando do que viu na sala de verdades. — Eu nunca gostei daquela vila, eu sofri muito lá e não quero voltar...

— Tudo bem, entendemos. – Shoko falou segurando sua mão e você pode ver um sorriso no rosto turvo dela. — Mais uma coisa.

— Podem falar. – Confiante, você concordou e ela suspirou fundo.

— Então...você precisa usar sua técnica para se curar. – Falou e você arregalou os olhos, surpresa. — Não pude fazer nada, seu corpo reagiu a cada coisa que usei, até mesmo os remédios comuns.

— Por quê? Você sabe o porquê disso? – Sentia as mãos tremulas e os lábios também, mordeu o lábio inferior tentando se manter tranquila e calma.

— Ainda não, mas vamos descobrir juntas, certo? – Ela sorriu gentilmente e você concordou, mesmo não podemos enxergar direito.

Não era complicado se curar, o mais complexo que tinha era se perdesse o controle e voltasse a ser uma criança, mas não acontecera. Em instantes estava completamente curada, já que o fator de cura era seu sangue.

Agora com a vista curada e melhor pode enxergar os rostos deles, sorrindo ao ver todos ali, nervosos, mas agora aliviados.

— Ah! Suas cicatrizes saíram... – Shoko comentou e você encarou as pernas e braços, agora sem nenhuma marca. — E seus olhos ficaram totalmente cinzas.

Se encarou no espelho e se assombrou com a mudança, a mexa branca do cabelo não existia mais, eram somente fios pretos, como a noite escura. Se sentia diferente, não sabia como reagir a tudo isso.

— Você continua linda como sempre. – Shoko sorriu alegre. — Não se preocupe, ainda é perfeita.

— Obrigada... – Murmurou se virando e se sentando na maca de novo, se cobrindo e ajeitando-se, sentindo uma sonolência repentina.

— Amanhã tem o baile de encerramento do ano letivo. – Ouviu comentarem. — E você vai.

— Hm? Não vou não. – Murmurou com os olhos fechados e a pessoa riu, era claramente Gojo.

— Mas deveria ir, vai ser bom socializar e conhecer os novos alunos, alguns deles vão ser meus alunos. – Falou e você concordou sonolenta.

— Claro, vamos sim. – Concordou se dando por perdida. — Mas não fiquem de briga na frente de todos, por favor.

— Podemos tentar, isso vai depender de você. – A voz de Nanami soou na sala e você riu abrindo os olhos e encarando os dois em pé. — Vai dançar com os dois? 

— Eu nem sequer danço. – Falou rindo e eles deram de ombros, como se não ligassem para esse fato. — Claro, eu danço com os dois.

— Ótimo. – Ambos deixaram sair um suspiro aliviado e você riu, logo os vendo se encarar com rivalidade e correrem até a sua cama.

— PORRA OLHA EU AQUI! – Esbravejou sentindo seu coração pulsar forte e soltou uma risada frouxa da cara de assustados deles, como se tivessem quebrado você. — O que foi?

Riu da cara dos dois e depois deixou um abraço em ambos os corpos malhados, aspirando a fragrância boa que eles exalavam. Logo deixando um pequeno beijo perto da boca de ambos.

— [S/n].... – Satoru murmurou rente ao seu ouvido e você sorriu, mordendo o lóbulo de sua orelha pálida. Nanami só ficou calado e apertou sua coxa por cima do cobertor.

— Eu vou para casa! – Falou se separando dos dois. — E Nanami vai me levar, é o dia dele.

𝐞𝐧𝐝 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐖𝐎𝐑𝐋𝐃 ∫ satoru gojo & nanami kento Onde histórias criam vida. Descubra agora