Seven Days - The Devil Contract

Day IV ~ Redenção

Um Deus de graça e amor jamais sentenciaria almas humanas para o sofrimento eterno.

Será?

A distorção de tempo o fazia recobrar os tempos no inferno, quem diria que trinta minutos de pregação, se pareceriam com sete anos no inferno.

Aquilo era torturante demais, e de tortura um demônio tinha pleno conhecimento.

— Estamos chegando ao fim de mais um culto. — disse o Padre a frente, suas palavras soaram para angústias de uns e alivio de outros.

— Graças a Deus! — apesar de ser um demônio, diante daquela situação só conseguiria agradecer.

Yibo o encarou espantado, jamais conseguiria imaginar um ser das trevas citando Deus, ainda por cima diante da igreja.

Mas para desgosto do demônio, o grupo de coral havia tomado a frente do palco, o que significaria mais meia hora de louvores, que ele julgava ser mais excruciante ouvir mais cinco segundos daquilo, do que ser açoitado completamente nu, no quinto dos infernos.

— Venha. — disse o demônio segurando os pulsos finos de Yibo e o levando para detrás das cortinas, onde pode ver um pequeno confessionário.

— O que viemos fazer aqui? — questionou Yibo com um ar de curiosidade.

— Confessar. — afirmou o demônio.

Seus olhos se iluminando ao adentrar no pequeno cubículo, Zhan se sentou no banquinho que havia adentro seus olhos estavam focados na expressão de desconforto de Yibo, se seguissem a ciência de fato, dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço, sendo assim eles haveriam de se tornar um.

— Sente-se. — as palavras do demônio soaram como uma ordem em seus ouvidos.

Yibo o encarou de relance sabia o que aquilo significaria, mas ainda assim estava curioso em saber até aonde sua provação poderia levar.

Depois de uma troca de olhares intensa que pareciam durar uma eternidade, Yibo estendeu a mão diante do demônio.

Logo se viu sendo puxado com força e brutalidade, e recobrando a clareza se viu sentado no colo do demônio, que no que lhe concerne o encarava com os olhos iluminados por um âmbar, que parecia cintilar naquele pequeno confessionário.

— Esta, pronto para confessar seus pecados? — Zhan não deixava de fitá-lo.

Com uma das mãos apertando a coxa alheia, enquanto a outra percorria um caminho passando pelas costas e seguindo sendo agarrado com força pela nuca, fazendo o outro o encarar de volta.

— Esta com tempo. — respondeu Yibo.

O demônio sorriu.

Ambos se entreolhavam com uma chama que não podiam explicar, Zhan sabia que se beijasse aquele humano, ele se renderia e possivelmente o daria livre acesso para fazer o que ele quisesse, e como ele queria beija-lo.

Mas um demônio não se apaixonava, não tinha tais sentimentos, tudo aquilo podia ser descrito como mais puro e simples desejo.

— O que te excita? — perguntou o demônio com os lábios próximos aos ouvidos alheios, com uma voz rouca.

Wang Yibo afastou-se do rosto alheio para fita-lo nos olhos, e afirmar com um breve sussurro.
— Você.

O Demônio o encarou perplexo.

E com um sorriso de canto diante do estado do demônio, Yibo o fitava intensamente enquanto uma de suas mãos havia se estendido sobre o membro alheio que estava com um notório volume, mesmo estando sobre os tecidos de suas vestes.