Como todos relacionamentos, as barreiras nos havia alcançado

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Narração por Paloma:

Foi o sacrifício para eu conseguir levantar da cama após desligar a chamada com Marcos, contudo eu consegui ao lembrar que precisava deixar tudo em perfeito estado para hoje a noite. Seria ótimo para mim ocupar meus pensamentos e nada melhor do que dançar Tini enquanto limpo a casa. Dentre alguns minutos já estou na cozinha preparando meu café como sempre fazia em todas as manhãs antes de viajar. Me sento na bancada e sinto falta de Natália me alertando para não me atrasar como sempre fazia, sorrio em meio a lembrança tomando um gole do líquido quente da xícara.

Não demoro muito desfrutando do silêncio do momento e puxo meu celular do bolso do short selecionando minha playlist animada para começar o dia. Apesar da casa não estar uma bagunça, preciso deixar tudo impecável e ainda ir ao supermercado para comprar umas coisas que faltam na dispensa. Empurro o banco para debaixo da bancada e passo um pano aonde comi limpando as migalhas, coloco os pratos na pia e começo a lava-los. Nesse momento tocava a música: Dance to This do Troye Sivan e sem perceber comecei a dançar e cantarolar o refrão da música.

- We can just dance to this... - cantei alto mas logo me embaralhei na letra e comecei a rir por não saber cantar a música toda.

Deixo a cozinha em perfeito estado e parto para sala organizando os objetos e livros na estante, as almofadas do sofá e aspirando o pó do carpete felpudo que Natália tanto amava. Depois de deixar todo o ambiente apresentável, sorri satisfeita com meu trabalho. Só tenho a dizer uma coisa: limpar a casa é como fazer terapia; me sinto totalmente relaxada e parece que a preocupação saiu de minha mente para nunca mais voltar.

Ao chegar ao andar de cima fico em dúvida se arrumo primeiro meu quarto ou o de Natália e acabo decidindo em limpar o quarto de minha amiga, primeiro. Entro no cômodo já acendendo a lâmpada, não havia nada bagunçado exceto pelas roupas revidas no closet. Minha amiga não tem jeito mesmo, penso enquanto reviro os olhos. Apanho todas as roupas jogadas já as dobrando e pondo na prateleira certa, logo após peguei os sapatos abrindo a porta abaixo das prateleiras para guarda-los, mas acabo derrubando todos ao ver o que estava dentro do lugar onde Nat colocava seus sapatos. Era o álbum lacrado que Ramon havia me mandado faz um bom tempo me lembro que pedi para ela guarda-lo já que eu só abriria quando tivesse superado tudo. O pego com cuidado como se fosse uma bomba explosiva que a qualquer momento pudesse estourar em minhas mãos. Me pergunto que fotos há nesse álbum, será que devo abri-lo? Morrendo de curiosidade tento abrir o pequeno cadeado mas não consigo, está trancado. Por que ele me mandaria um álbum lacrado? Para ficar com vontade de ver as fotos e não poder? Minha mente se enche de dúvida e de questionamentos, porém uma lembrança de um ano atrás me faz refletir um pouco:

"- Tenho um presente para você! - Ramon sussurra em meu ouvido fazendo os pelos de meu corpo arrepiarem.

- Presente? - repito curiosa o olhando por cima do ombro, Ramon apenas assenti colocando uma caixinha retangular de veludo em minha frente. - O que é isso?

- Seu presente! - ele reponde jogando os ombros para trás em um movimento desinteressado.

Puxo a tampa da caixinha e meus olhos se surpreendem com o lindo colar que havia nela. Peguei com delicadeza a corrente de ouro com um pingente em formato de uma chave. Era tão simples e ao mesmo tempo tão deslumbrante, eu vou usa-lo na primeira oportunidade que tiver!

- Por que uma chave? - questiono olhando os detalhes pequeninos na ponta do pingente. Parece com uma chave de verdade.

Pergunte ao Destino - Maloma (Adaptação) - Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora