Outro lado do meu ser dizia que aquilo não era tudo

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Por Paloma:

- Alô?- atendo a chamada desconhecida com certa incerteza.

- Desculpe te incomodar Paloma.- meu chefe fala do outro lado da linha.- Mas, preciso que você faça uma matéria importantíssima para hoje!

- Tenho outra escolha?- questiono suspirando e olho para minhas amigas.

- Preciso urgente da minha jornalista estrela, então não, você não tem escolha.

- Ok, depois me mande o assunto que eu faço.

- Sabia que podia contar com você, Paloma. Tenha um bom dia!- me felicita e logo desliga a chamada.

Coloco o celular sobre a mesa esperando que mais ninguém me ligasse, quer dizer, quase todo mundo menos ele. Tiro com a mão alguns fios de cabelo que insistiam atrapalhar minha visão e suspiro frustrada. Natália e Sofia ainda almoçavam me observando com curiosidade.

- Quem era?- Natália perguntou me fazendo a olha-la. Ela parecia bem melhor, seu olhar estava diferente mais vibrante e tenho que confessar que adorei o penteado que ela fez hoje.

- Meu chefe, ele quer que eu faça uma matéria para hoje.- digo as fazendo ficarem surpresas.- É eu também não acreditei quando ele disse.

- Então quer dizer que não vamos passar a tarde toda juntas?- Sofia pergunta desanimada olhando para um ponto fixo na mesa.

- Infelizmente não,- balanço a cabeça negando.

- Vamos fazer assim, eu e a Sofia passamos a tarde juntas fazendo qualquer coisa e enquanto isso você faz a matéria. E de noite podemos jogar boliche, o que acham?- Natália pergunta nos entre olhando. Sorriu animada para ela e Sofia também.

- Por mim tudo bem!- respondo empolgada e fito a loira para saber sua resposta.

- Muito melhor do que noite de filmes, estou dentro!- ela põe a mão para frente esperando que a gente fizesse um toque mas ninguém se interessa.- Obrigada por me deixarem na mão,- ela faz bico encarando Natália que ria de sua expressão.

- Então, eu já vou. Quero me livrar disso o mais rápido possível!- aceno um tchauzinho com as mãos e elas mandam alguns beijos no ar.

Desde que acordei me sinto tão empolgada, como se estivesse esperando algo bom acontecer. Vários momentos da noite passada vem sorrateiramente a minha mente. Sorriu a reforçar a lembrança, principalmente nossas trocas de sorrisos, o seu elogio e nosso último contato, o abraço. Juro que tentei com todas minhas forças não pensar nele, mas é que, é tão inevitável, do nada ele sem querer aparece na minha mente e parece não ter horário para sair. Acho que só consigo parar quando estamos conversando já que não preciso recordar nada para lembrar dele mas sim só olhar para ele.

É tão deprimente que já recarreguei umas mil vezes o histórico das minhas mensagens para ver se ele me manda pelo menos um 'como está?', juro que essas duas palavras já me deixariam satisfeita. Eu sei que deveria parar até porque somos apenas amigos, contudo não consigo desistir mesmo se quisesse.

Pergunte ao Destino - Maloma (Adaptação) - Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora