Pergunte ao Destino - Maloma (Adaptação) - Concluída

O que será que ele está aprontando?

Narração por Paloma:

- Então você nunca viu o irmão dele? - Sofia perguntou interessada enquanto passava um pouco de protetor solar em suas pernas.

Estamos na área das piscinas, aproveitando o sol quente em nossas espreguiçadeiras. Sofia deu a louca em me encher de perguntas sobre a vida pessoal de Ramon, ela já questionou sobre a empresa da família e agora cismou em saber sobre a família dele.

Natália nem se interessou em prestar atenção em nós, apenas se aconchegou em sua espreguiçadeira enquanto rolava os olhos numa revista de fofoca. Queria estar em paz igual ela, mas tenho uma loira eufórica no meu pé.

- Não cheguei a conhecê-lo. Ramon falava bem pouco dele, uma vez ou outra havia uma menção. - digo entediada por estar tocando naquele assunto.

A família de Ramon é bem reservada, eles quase não falaram comigo quando os conheci. A mãe de Ramon foi bem simpática comigo, mas quando eu ficava muito perto dela sentia uma coisa estranha, como se eu não fosse bem vinda. Já o pai de Ramon foi bem educado, me fez algumas perguntas sobre meu trabalho e de como era as coisas no meu país.

Agora o irmão mais velho, eu não sabia nada. Não sei como é fisicamente e muito menos se ele é simpático. Nunca vi uma fotografia dele, seja com Ramon ou sozinho. Já questionei várias vezes o por que dele não está em nenhum quadro na mansão da família. Talvez ele seja excluído pela família ou ele se excluí de sua família.

- Mas, sabe se ele é bonito? - ela sorri com malícia e eu nego com a cabeça.

- Não faço ideia! - afirmo.

Tiro meu vestido que havia comprado a última vez que fui a praia, ficando apenas de biquíni. Pego meu protetor solar em minha sacola e meus óculos de sol. Passo cuidadosamente o protetor espalhando bem em minha pele, depois de terminar coloquei meu óculos de sol e encostei minha cabeça na espreguiçadeira.

- Coquetel, senhoritas? - um rapaz pergunta educadamente para mim e Sofia.

- Eu quero o rosa! - minha amiga pedi apontando para a bebida rosada. O rapaz entrega o copo e ela suga um pouco com o canudo colorido.

- Aceito. Pode ser qualquer uma! - ele me dá uma de cor amarelada, sorriu agradecida e o rapaz se retira em silêncio.

Hoje acordei tão nervosa, nessa noite tenho que jantar com Marcos e não vou mentir que estou bem ansiosa e temerosa ao mesmo tempo. Mesmo sendo um simples jantar entre amigos, algo dentro de mim faz meu corpo se agitar. Não quero nem ver quando a hora chegar!

- Ansiosa para seu encontro com aquele deus grego? - a loira pergunta enquanto sugava mais um pouco de sua bebida rosada.

Encontro? Por que ela e Natália insistiam em dizer que aquilo seria um encontro? Amigos também jantam em restaurantes!

- Já te disse um milhão de vezes que isso não é um encontro. - lembro impaciente. - Aliás, pare de chamá-lo assim está me irritando!

- Claro né, porquê só você pode chamar ele assim! - ela resmunga sorrindo de canto. Mesmo não dando para ela ver reviro os olhos. - Sério, minha intuição diz que ele está completamente afim de você!