Espero ser a última vez que acredito que pode haver um nós.

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Narração por Paloma:

Quase quebrei o pires da xícara ao literalmente joga-lo na pia empilhada de louça. Ontem acabei passando meu domingo deitada inteiro no sofá assistindo a filmes do catálogo da Netlix que me dei ao trabalho de arrumar a casa e agora tenho que deixar quase tudo organizado em menos de uma hora antes de sair para o trabalho. Na verdade ontem havia sido um dia normal para meu cotidiano, só os acontecimentos que rodiaram meu dia não eram nada rotineiros, talvez, por isso estou achando que foi um dia ruim mas em si foi um domingo normal para mim.

Quando acabei de lavar a louça subi correndo para tomar um banho. Após pegar uma toalha entrei no banheiro já ligando o chuveiro na temperatura morna. A hora do banho era a hora mais relaxante em todo meu dia, a cada gota que molhava minha pele eu sentia meus músculos suavizarem e se desprenderem de toda a tensão que consumia meu corpo. Desde ontem fico me martirizando por não ter dito outra coisa para o Marcos, a explicação dele foi bem estável, mas não muda o fato dele ter me escondindo o que eu mais deveria saber! Eu pudia ter o perdoado, contudo não consegui deixar meu orgulho de lado e perdoá-lo e agora me arrependo. Será estranho correr atrás dele, logo depois de falar que cada um de nós deveria seguir com sua vida! Acho que definitivamente perdi o amor da minha vida!

Desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha já caminhando até a porta de meu quarto. Vesti minha roupa social de sempre e dei um jeito em meus cabelos os prendendo em um coque bem formal. Finalmente havia ficado pronta, levantei os braços para cima agradecendo a Deus por eu ter conseguido
me arrumar em tempo recorde, peguei minha bolsa e sai de casa torcendo para que o dia fosse pelo menos agradável.

Meu celular apitou indicando que uma nova mensagem havia chegado, o tirei com toda delicadeza do mundo de dentro da bolsa e desbloquei a tela. É a minha tia, ela quer conversar comigo. Envie outra mensagem dizendo que quando eu saisse para a hora do almoço ligaria para ela, minha tia apenas mandou um sinal de beleza e ficou offline. Desliguei a tela do meu celular e comecei a caminha até o ponto de táxi próximo a minha casa.

Entrei no primeiro veículo que estava livre e vazio dando já o endereço do lugar onde o motorista deveria me levar. Dentro de alguns minutos já estava na frente do edifício da emissora de televisão, paguei o
respectivo valor da viagem e acenei para o motorista lhe desejando um bom dia. Após passar pela recepção segui meu caminho até o elevador, olhei para os dois lados procurando Lucas com seu sorriso presunçoso no rosto, mas para o meu bem ele não havia dado sinal de vida. Será que ainda não voltou de viagem?

- Olá docinho!- ele me cumprimentou após
entrar apressadamente na caixa de metal. Revirei os olhos por pensar que ele não me atormentaria naquela manhã.

- Tinha que ser você para estragar meu dia que já começou péssimo!- afirmo desapontada apertando o botão para a porta de metal se fechasse.

- Juro que eu não queria te deixar triste, Paloma!- ele me olha de uma forma distinta, com cumplicidade.- A Natália me contou o lance do Marcos e eu só queria te animar um pouco!

Fiquei sem jeito ao perceber que ele estava
sendo verdadeiro, Lucas não estava querendo me irritar apenas me fazer sorrir, aposto que isso tem um dedo da Natália! Sorri desconcertada pelo meu jeito rudi com ele no princípio.

- Perdão Lucas, é que ainda tudo é tão difícil pra mim!- digo tentando mostrar certa convicção para que ele não pensasse que estava sendo fingida.

Pergunte ao Destino - Maloma (Adaptação) - Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora