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Os sons a minha volta são as primeiras coisas que a minha consciência interpreta, passos distantes, uma televisão em algum jornal qualquer, pessoas conversando e um bip irritante

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Os sons a minha volta são as primeiras coisas que a minha consciência interpreta, passos distantes, uma televisão em algum jornal qualquer, pessoas conversando e um bip irritante. Então de repente a iluminação começa a machucar meus olhos fechados e me vejo na obrigação de mudar a posição em que estou deitada.

Agarro o travesseiro mas noto que ele é duro de mais para ser meu ou do Louis.

Onde caralhos eu estou?

Abro os olhos assustada e dou de cara com uma parede lisa, pintada de azul bebe. Respiro fundo e pela minha visão panorâmica encontro um amontoado de roupas em uma poltrona, quando viro o rosto noto que não é um amontoado mas sim um Louis e uma Maya apagados.

Fico curiosa com o que levou Louis a cuidar da bebê por sei la quantas horas, Dylan não teria a deixado apenas por deixar. Porém, me dou alguns minutos para apreciar a cena que faz o coração de qualquer um derreter.

A posição do Louis é ruim, para ele, com a cabeça encostada na parede enquanto o corpo fica levemente deitado, graças a pequena inclinação da poltrona, por outro lado Maya se esbanja largada sobre o peito dele enquanto usa o excesso do capuz no pescoço do garoto como travesseiro. Eles estão embrulhados em um abraço firme, cobertos por apenas um cobertor não muito grosso.

Mas isso não parece incomoda-los, estão tão entremeados que nem parecem perceber o clima gélido a nossa volta, ou, apenas estavam cansado a ponto de apagarem de vez.

Levanto da cama com calma, tomando o máximo de cuidado possível para não acorda-los e me aproximo. Ao chegar mais perto acaricio a cabeça de Maya, coberta por uma touca laranja, e abaixo meu tronco ate conseguir encostar meus lábios na testa de Louis, que nem se mexe.

Mordo minhas bochechas para reprimir um sorriso e passo os olhos mais uma vez por eles e sinto uma paz indescritível nascer em meu peito.

- Obrigada por estarem na minha vida  -Sussurro

Antes de sair do quarto dou uma ultima olhada para trás e os deixo afastados da confusão. É assim q deveria ter sido desde o começo. Caminho pelo corredor vazio, encontro alguns pacientes ou familiares e me limito a acenar, sei quais caminhos devo seguir até a primeira ala da enfermagem, onde algumas enfermeiras ficam para monitorar.

Apoio minhas mãos pálidas no balcão de mármore e preciso retira-las rapidamente por causa do gelo. Sorrio sem graça e encaro a enfermeira a minha frente, me olhando por cima de um computador.

- Ahm... a ficha da América Mason, por favor -Sorrio docemente

A mulher me encara com a sobrancelha grossa e bem desenhada, desconfiada.

- Eu sou América Mason -Falo baixo, intimidada com o olhar

Ela respira fundo e levanta da cadeira, deixando seu crachá a mostra, Noelle.

Querida America, ° Louis Partridge °Onde histórias criam vida. Descubra agora