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Beberico o café que comprei em uma cafeteria pelo caminho do colégio e espero que a cafeína seja o suficiente para me manter acordada pelo resto da manhã

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Beberico o café que comprei em uma cafeteria pelo caminho do colégio e espero que a cafeína seja o suficiente para me manter acordada pelo resto da manhã.

Depois que Louis foi embora me enfiei no quarto junto a Bolt tentando evitar que minha avó me visse daquele jeito, não queria preocupa-la mais ainda e nem faze-la lembrar da filha que foi embora. Passei uma boa parte chorando e na outra perdida em pensamentos, imaginando o quanto mamãe teria adorado fazer o que Louis propôs.

Ela amava ficar junto aos meus amigos e mesmo tendo 35 anos se dava bem com todos, e eles a amavam. Uma vez já cheguei ate a imaginar que eles vinham em casa por causa dela... quão boba eu era.

Um sorriso triste acaba escapando pelos meus lábios e tenho a pequena sensação de tê-la ao meu lado, por mais que doa as memórias são tudo que restam.

- America

E então ele surge cruzando o corredor entre algumas pessoas que caminham pelo local.

Automaticamente meus olhos procuram pela figura masculina, o encontrando a poucos metros de distância com a preocupação estampada no rosto. Respiro fundo e bato a porta do armário passando a caminhar na direção oposta.

Sei que é infantil mas qualé.

- America! -Louis diz alto, o que acaba por atrair alguns olhares curiosos

- Nos vemos depois -Rebato apressada

Não que eu esteja o evitando, longe disso, apenas estou... hum... procurando as meninas.

- Por favor América -Ele suplica

Desisto de fugir e viro para encara-lo, o que não foi uma boa ideia já que Louis esta perto de mais. Por ser alguns bons centímetros mais alto que eu meus olhos acabam batendo na altura do seu queixo, sendo obrigada a erguer a cabeça para encara-lo.

- O que foi? -Pergunto dando um passo para longe

- Quero saber como esta -Sua voz soa sincera

Mordo meu lábio não querendo lembrar da cena de ontem, foi vergonhoso e me fez parecer frágil. Eu não quero parecer frágil.

Eu não sou frágil.

- Esta tudo bem Louis -Tento dar um sorriso mas meu queixo treme

Adoro o jeito que meu próprio corpo me sabota.

Vendo que mentir não vai funcionar respiro fundo e olho para um casal que estão quase se comendo em um canto afastado dos armários. Cade o zelador nesse lugar?

- Já vi que não vai me dizer nada -A voz de Louis atrai minha atenção- te trouxe isso, como pedido de desculpas

Ele então ergue as mãos, uma com um copo de café com leite e na outra pirulitos de morango. Franzo meu cenho confusa por dois motivos, primeiro: como não ví ele com isso e segundo: como ele sabe que são meus preferidos?

Querida America, ° Louis Partridge °Onde histórias criam vida. Descubra agora