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Abro a porta do quarto grogue, mal consigo me manter sobre as pernas sem sentir tontura ou fraqueza

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Abro a porta do quarto grogue, mal consigo me manter sobre as pernas sem sentir tontura ou fraqueza. Agarro na maçaneta como se ela fosse capaz de me manter em pé e em meio a visão nublada e desfocada tento reconhecer o rosto da pessoa a minha frente. Demora alguns segundos.

Leonor.

A mulher segura Maya que brinca com os fios presos a um rabo de cavalo, os olhos fixos em meu rosto pintados pela desaprovação. Balanço os ombros indiferente e volto para a cama, me largando sobre ela.

- Não ligo se já sabe disso mas vou repetir: Pare de usar essas porcarias de remédios só te fazem mal menina!

Ergo a cabeça para contraria-la mas como de costume minha cabeça nem chega a levantar.

- O que quer? -Minha voz sai arrastada e rouca

Podemos dizer que se eu fosse homem teria uma vez muito sexy.

- Seu amigo esta la em baixo, veio fazer o trabalho de biologia

Por longos segundos meu cérebro entra em pane, tentando inutilmente entender o que Leo disse.

- Ãh?

Ela bufa nitidamente impaciente e sons baixos de passos contornam minha cama ate parar ao meu lado, desejo conseguir lutar contra o peso que meu corpo se encontra para ao menos erguer o olhar, mas sei que é impossível.

- Eu deveria avisar seu pai, isso não é normal -Leo resmunga para si- aquele homem deveria prestar atenção na filha que fez, idiota

Sinto meus olhos mais pesados que antes e a famigerada escuridão volta a me abraçar, sorrio satisfeita e aperto o travesseiro.

- América! -Leo grita irritada

Mesmo estando mole e quase sem controle do corpo pulo com o susto e passo a encarar a mulher irritadiça a minha frente, dou um sorriso desengonçado para tentar aliviar a situação.

- Pega o seu traseiro e levanta da cama, vista uma roupa e vá fazer o bendito trabalho! -Ordena

- Mas eu mal consigo manter os olhos abertos -Choramingo voltando a deitar

- Problema seu, agora levanta e vai fazer companhia pro garoto

Preciso juntar todas as minhas energias para sair da cama, usar um pouco mais e ir para o banheiro tomar uma ducha gelada para assim quem sabe eu consiga despertar de vez. Após quase gritar no banho em baixo da água congelante enfio um conjunto de moletom no corpo e arrasto minha carcaça escadas a baixo.

“Direita" “esquerda" “direita" “esquerda" repito isso quase como um mantra para não rolar como já aconteceu algumas vezes. E então eu ergo o olhar, encontro Louis me observando e a seguir tudo acontece num borrão. Consigo apenas decifrar meus gemidos enquanto rolo os últimos degraus. Acho que meu osso acabou de estralar.

Querida America, ° Louis Partridge °Onde histórias criam vida. Descubra agora