Dominic Collins

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Dominic On

Sempre fui uma pessoa calma, ao invés de meu pai que é sempre estressado. O conheço desde que me entendo por gente, quando era criança o vi com uma mulher na varanda de casa, e a única coisa que consegui ouvir foi ela dizer que ainda iam ficar juntos custe o que custar, além de insinuar que minha mãe era uma golpista.

Fiquei com cheio de raiva, como ela ousa falar mal da minha mãe?! Ninguém fala mal  da minha rainha. Me aproximei deles com determinação mesmo sendo apenas uma criança de 10 anos.

— “Ei! Você não deveria ter dito isso sua bruxa!”. Digo rangendo os dentes em fúria.

— “Dominic! Não é o que parece... Você é muito pequeno ainda para entender isso, er...”. Cassandra fala nervosa.

— “Não fale assim com a Fabiana seu mal educado! Não te dei modos não? Você está de castigo, vá para o seu quarto agora”. Meu pai diz cheio de fúria.

— “Eu odeio vocês dois!”. Chorei ao falar essas palavras, para eles eu era só uma criança, que ainda não entendia aquelas coisas, mas o que me faltava em idade, eu tinha em perspicácia. E eu tinha que contar a minha mãe o que havia presenciado

Corri pela casa a procura da minha mãe, porém não a encontrava

Enquanto meu pai e aquela bruxa corriam atrás de mim bruscamente. Meu pai gritava alto.

— “Seu moleque imundo, quando te pegar você vai ver...”. A ameaça presente em sua frase era acompanhada de um tom carregado de raiva.

Isso é o que veremos querido papai. Pensei.

Corri me escondendo em um dos quartos de hóspedes, bem em baixo da cama, fiquei quietinho sem fazer o mínimo barulho. Meu corpo tremeu ao ver duas pessoas entrando, porém consegui identificar a voz,  era a minha rainha, porém a outra voz era desconhecida.

— “Cassandra até quando vamos ter que viver se encontrando as escondidas? Quando vamos nos assumir em público? Porque você não se divorcia do seu marido, aquele machista que te batia e ainda te bate de cinta às vezes, nem gosto de lembra daquele dia que vi esta cena e vim por trás dele e dei-lhe uma cacetada na cabeça! Ainda bem que ele não me viu!”. Arregalei os olhos, meu pai era realmente um monstro.

— “Camila as coisas não tão simples assim, amo você de verdade, não duvide disso, nem ligo em si para meu marido, pois ele é um cretino, porém, tenho um filho e preciso protegê-lo, eu quero que ele fique comigo para sempre! Se Clauber soubesse disso seria o fim para mim e o meu Dominic, eu horo só de relembrar diversas situações que passei por pressão dos meus pais para me obrigar a casar com Clauber só por causa dele ter dinheiro, e eu, uma moça tão simples, na cidade grande sem saber me defender, não tinha entendimento suficiente naquela época, mais vamos ao que interessa nosso relacionamento...”.

As palavras de minha mãe só me fazia chorar mais e mais, as lembranças daquele dia, lembranças tristes de vela sendo expulsa de casa, após meu pai a encontrar beijando a moça com quem conversava no quarto. O pior é que eu não conseguia me mexer, fiquei em baixo da cama como um covarde, sem fazer nada.

A lembrança triste foi se esvaindo da minha mente ao ver duas crianças brincando em meio as folhas que voavam com o vento. Observei o céu, estava perfeito, ensolarado e alegre.

Minha atenção foi puxada ao notar uma cabeleireira escura saindo de um Mustang preto. O corpo delineado e esbelto revelando a musa dos meus sonhos era incapaz de passar despercebido. Noto os outros homens que passam não deixarem de reparar na bela morena que saí com classe do belo carro.

Runna Balnerva, a mulher que ama pisar e esmagar meu coração a qualquer oportunidade, a sensação de pânico se apossa do meu corpo ao ver o homem de terno sair pela porta do motorista e vim a dar o braço a minha Runna.

Ele usa óculos escuros e possui um cabelo curto amarrado no alto da cabeça. Fúria é o novo sentimento que toma meu corpo, como ele ousa tocar minha mulher. Ela não é mais sua. Minha mente me alerta.

Runna retira o óculos de grau do seu belo rosto, revelando as iris verdes que eu gostaria de olhar de perto novamente. Ela então caminha de braços dado com o estranho de terno.

Meu coração acaba de ser esmagado novamente por aquela mulher.

Delivery ManOnde histórias criam vida. Descubra agora