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Oioi

⚠️Meta para o próximo capítulo⚠️

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Josh não contou para os rapazes sobre Noah.

Ele não queria contar, simplesmente, e não o fez. Bailey não o questionou quando chegou de nariz vermelho e roupas ensopadas no dormitório, em plena segunda-feira. Mas Josh não podia ligar menos. Quer dizer, seus amigos haviam perdido a fé em Noah e se eles tivessem visto a expressão no rosto do mesmo, teriam a confirmação de que não haviam mais chances. E Josh não queria isso. Ele sabia que Noah tinha salvação, que ele iria melhorar e iria voltar.

Josh sabia que Noah valia a pena.

Ele retornou a biblioteca naquele dia, ainda. Pegou o livro que sua professora pediu e também o livro que Noah estava lendo. Ele precisava guardar para ele, sim? Aquilo foi o pontapé inicial que Josh precisara para se dedicar ainda mais em trazer Noah de volta, não só para sua vida, mas trazer a vida de volta para ele. E com um bônus: sua câmera sobrevivera ao banho de chuva. Outra coisa para agradecer.

Josh estava animado, esperançoso e ansioso. Ele viu nos olhos de Noah, certo? Noah podia de fato ir para o jogo, certo? Ele podia estar lá, assistindo-o pela primeira vez em meses, certo?

Josh não havia imaginado aquilo, certo?

Certo?

Só para garantir, Josh fechou os olhos e rezou para que tivesse realmente visto um resquício de vontade de comparecer ao jogo nos olhos de Noah. Ele havia sonhado com aqueles olhos vazios e agora, no vestiário, a gritaria da arquibancada ultrapassando as portas fechadas e ensurdecendo seus ouvidos e Bailey gritando comandos ao seu lado, ele só se sentia ansioso, o pé batendo incessantemente no chão frio.

Estava garoando, claro, o que só piorava a situação em que se encontrava. Jogar em campo molhado era péssimo, ainda mais para correr várias jardas em segundos. Bailey caminhou até ele de forma animada e sentou-se ao seu lado no banco, ajeitando sua joelheira logo em seguida.

- Pressentimentos? – Bailey sempre perguntava o que Josh achava do jogo antes de entrarem em campo, era seu ritual. Josh sorriu antes mesmo de falar, as covinhas o denunciando.

- Hoje vai ser um ótimo jogo, May, um ótimo jogo.

Bailey apenas o encarou e sorriu de volta, pensando que ele estava falando somente do jogo do campeonato quando, na verdade, a animação de ver Noah na arquibancada consumia a maior parte.

Noah precisava estar lá. Precisava.

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Mesmo com a garoa rala, a arquibancada se encontrava cheia. Sem cobertura e terminantemente proibido a utilização de guarda-chuvas em campo aberto como aquele, os torcedores se cobriam com mantas (provavelmente já encharcadas), bonés e capas de chuva – algumas amarelas outras transparentes, haviam até mesmo alguns torcedores criativos usando capas de chuva vermelha, preta ou branca opaca, nas cores dos Wolves.

- Estou congelando aqui. – Krystian resmungou, a cabeça encostada no ombro de Samuel, que os cobria com uma capa de chuva só, a única que tinham, fazendo-os ficar encolhidinhos um no outro. E mesmo assim Sam manejava de segurar um refrigerante de um litro e um pacote de salgadinhos fedorentos que fazia Krys franzir o nariz a cada dois minutos.

- Se você não namorasse um jogador do time, podíamos ter ficado no dormitório, mas como você tem fogo no cu e não consegue aquietar esse facho, estamos aqui no frio e na chuva. Agora pare de reclamar e me deixa aproveitar.

Once Upon A Plug • Nosh Onde histórias criam vida. Descubra agora