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Noah nunca havia visto tanta gente em um só lugar na sua vida.

O que era uma mentira mas ainda assim, parecia ser verdade no momento.

Não havia distinção entre as mansões da fraternidade e da irmandade, as pessoas agiam como ponte e transformavam tudo em uma única massa colorida. Após o jogo, a multidão de alunos marchou para fora das arquibancadas enquanto cantava o hino dos Wolves a plenos pulmões, atravessando o campus com palmas e gritos até chegar na festa. E tudo aconteceu em questão de minutos.

Abriram os barris de cerveja, invadiram a piscina das Kappa Nu, distribuíram as pulseiras neon, esvaziaram a mesa de bebidas que ficava na entrada, começaram as rodadas de beer pong, povoaram a área de jogos dos Alpha Delta Chi, subiram nas mesas e balcões para fazer body shots e dançarem ao som das batidas ensurdecedoras dos amplificadores e, como se não fosse o bastante, espalharam-se ao redor das narguilés para conversar, se pegar e curtir.

A UAL estava de volta ao jogo.

E ainda mais forte que antes.

Andando por entre as pessoas, Noah avistou Jojo no fundo do que parecia ser a cozinha. Ela conversava com amigos enquanto fumava um cigarro. Parecia feliz e, o avistando, acenou brevemente. Continuando a andar, ocasionalmente aceitando um pouco de bebida dos colegas, Noah se viu parado na grama da parte traseira da mansão dos Alpha – haviam alguns caras tentando aprender alguns passos de dança das líderes de torcida.

Entre esses caras, estava Krystian.

Noah se permitiu encostar no batente da porta externa enquanto observava o antigo amigo sofrer para erguer as pernas no ar, enquanto pulava, provavelmente já chapado. Aquilo o arrancou risadas, definitivamente, e o trouxe uma sensação de nostalgia.

Nada que pudesse saborear por muito tempo ao que Ethan, dos Wolves, se aproximou e o entregou uma garrafa de tequila.

- Ei, amuleto. – Noah sorriu frente ao apelido e também ao tom de voz nada são que o amigo já apresentava. – Josh chegou. Estava te procurando lá na frente.

Sem esperar alguma resposta, Ethan desapareceu da visão de Noah e foi se aventurar com Krystian e os passos de dança acrobáticos, levando a garrafa de tequila consigo – não que Noah estivesse reclamando afinal, tudo que queria era encontrar Josh e aproveitar essa festa juntos. O maior havia ido se trocar após o jogo, junto com todos os outros jogadores, pois o tema da festa era cores e tinha que estar de acordo, o que os separaram por algumas horas.

Noah não conseguia encontrá-lo em lugar algum, contudo. Rodeara as mesas de sinuca e pebolim, até mesmo checara a entrada principal mas nenhum sinal de Josh perto dos barris ou dos carrinhos de gelo. E, quando estava próximo da mesa de aperitivos e salgadinhos, já quase desistindo e procurando seu celular para ligar, mãos o trazem para perto e beijos tomam seu pescoço.

- Oi, Nono.

Sem saber como responder, e não querendo falar nada na verdade, Noah sorriu e fechou os olhos, as mãos apertando a borda da mesa à sua frente para evitar que caíssem. Ele reconheceria aquilo em qualquer lugar. Os beijos prosseguiram com determinação, quentes e molhados até chegar em seu maxilar, tomando tempo ali. Todo o tempo do mundo na verdade, com chupões e lambidas lentas. Somente quando sentiu um gemido arranhar sua garganta é que Noah se virou e observou aquele homem lindo à sua frente.

- Amarelo fica bem em você.

As palavras escapando de seus lábios antes que pudesse se conter, Noah mordeu-os logo em seguida, receoso de falar demais. Ele queria que aquela noite fosse perfeita.

Perfeita.

E Josh vestido de calça laranja e blusa amarela era a perdição que pedira aos deuses – até mesmo usava meias de cores diferentes, uma azul e a outra vermelha para complementar seu All-Star branco (ou que fora branco algum dia). E ainda, usava boné verde.

Once Upon A Plug • Nosh Onde histórias criam vida. Descubra agora