Calendário - Drarryone ~FINALIZADA~

Capítulo 15

Oi! Eu fiz uma coisa... 👉🏽👈🏽

.💚.

Terça-feira

Hermione fechou a tampa do batom vermelho, esfregou os lábios uma última vez e borrifou o perfume francês no pescoço e pulsos. Conferiu as alças finas do vestido preto e curto que se ajustava perfeitamente ao seu corpo. Amassando o cabelo, cujos cachos tinham dado lugar a belas ondas, e fazendo os saltos finos ressoarem no piso, deixou o quarto e rumou para a sala.

Duas taças e uma garrafa de vinho era tudo o que havia sobre a mesa em que haviam passado meses a fio, buscando respostas para resolver o problema das Maldições Imperdoáveis, mas também se conhecendo, se divertindo e… se apaixonando.

Piscando rapidamente, para afastar a ardência nos olhos, sentou-se no sofá e corrigiu o próprio pensamento. Ela havia se apaixonado, se deixado afetar por aquela louca fantasia que, desde sempre, tivera data certa para acabar. E agora estavam ali: de cara para o fim.

Mas provavelmente era melhor assim. Quanto mais tempo passasse com ele, mais se encantaria e mais sofreria quando Draco se cansasse da brincadeira. E ele certamente se cansaria, porque ela não podia oferecer nada além de migalhas, momentos em segredo.

Com o coração apertado, se lembrou da ilha, pensou em tudo que já tinham vivido, e aceitou que era mesmo hora de encerrar aquela história; seu destino era Harry, e Draco merecia muito mais que migalhas, ele merecia o mundo.

O relógio de parede marcou 6:57 e fez seu coração disparar: ele estava prestes a chegar.

Mas os três minutos restantes se arrastaram e se somaram a mais cinco. Mais dez… Mais trinta.

Hermione sentiu um frio mau agourento no estômago. Incapaz de permanecer sentada há algum tempo, tornou a abrir a porta e espiar no corredor, mas encontrou o vazio mais uma vez. A tensão aumentou - aquele atraso era uma quebra de padrão muito estranha.

De volta ao sofá, xingou a si mesma por ainda não ter uma coruja - mas até então não tinha sentido falta, já que geralmente usava a de Harry para falar com os amigos bruxos, ou o telefone, para se comunicar com os trouxas - e por fim não pôde esperar mais; pegou um casaco escuro, a bolsa, e partiu até a Mansão Malfoy.

Um vento frio beijou seu rosto assim que aparatou bem diante do portão imponente, e bastou se aproximar para que um estalo denunciasse a presença de um ser muito pequeno do outro lado das grades.

— Senhorita Granger! - guinchou a voz feminina, logo antes da elfa sair das sombras.

— Oi Bydda! - a garota cumprimentou, se aproximando — Que bom que você se lembra de mim... o Draco está?

— Ah, mas como Bydda esqueceria?! A senhoria é muito famosa entre os elfos e amiga do meu senhor, é sim. - confidenciou, sorrindo, mas então inclinou a cabeça para o lado, fazendo as longas orelhas balançarem.  — Mas meu senhor não está esperando a senhorita… Bydda saberia…

— Ah, não, ele não está, mesmo… Então ele está em casa? Você pode verificar se eu posso entrar?

A elfa baixou os olhos, e contorceu os dedos longos e finos, parecendo encabulada.

— Bydda não pode, desculpe. O senhor Malfoy está há muitas e muitas horas no laboratório e deu ordem para que nenhum elfo o incomode.

Obstinada, a moça começou a vasculhar a mente em busca de uma ideia para burlar aquela ordem; entretanto, Bydda levantou os grandes olhos violeta, sorrindo traquinas.

— Mas a senhorita não é uma elfa... E ele não disse nada sobre bruxos… - confabulou.

A garota sorriu também.