Criminosos - Payton Moormeir

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Vômito

💜 pov Giullia 💜

Tinha se passado 3 dias desde que eu vendi o que quer que seja, Jonathan não veio me ver e eu não sabia se isso era uma boa coisa ou uma coisa ruim

Só comi no quarto e fiquei por lá, não fazendo nada a mais do que desenhar e gastar a água de Jonathan, pq eu tomei banho de banheira

Era entediante ficar lá trancada sem fazer absolutamente nada, e com aquelas janelas com barras de ferro parecia que eu estava em uma prisão

Aquilo me dava raiva e nojo, ficar trancada, presa, era uma jaula que eu não suportava além da própria cabeça

E eu ficava pensando, pensando muito de vez em quando e isso era péssimo, em certos casos muito bom, mas ali e agora era horrível

Eu me lembrava de coisas que queria deixar no esquecimentos, pesadelos que eram a própria morte encarnada, mas que eu passei por tudo isso de cabeça erguida

Talvez fosse exatamente isso que Jonathan queria fazer cmg, fazer eu sofrer até não aguentar mais, até querer gritar e rasgar e matar

Eu queria esganá-lo vivo, por me deixar aqui sem nada para fazer, só com os próprios pensamentos

Será que ele sequer sabia que eu tinha a própria jaula na cabeça e não precisava de uma na vida real?

Será que ele sequer sabia que estava me machucando tão profundamente, que aquele tipo de tortura era pior do que ver alguém que vc ama morto em seus braços?

Será que ele sabia disso? Ou será que tudo que ele fazia não passava de blefes?

A porta se abre e decido não olhar para quem entrava, pq eu já sabia

- como vc está? - ele pergunta alegremente

- e vc se importa - respondo com uma pergunta e ele a ignora

- amanhã vc volta - ele diz e se senta na cama onde eu também estava sentada desenhando

- tá - digo

- me falaram que vc não anda comendo, pq? Quer fazer greve? - ele fala entusiasmado e eu não sabia o pq do entusiasmo e fico com raiva por isso

Quando a gente volto daquele jantar eu comi no quarto e depois fui dormir, então...

Flashback on...

Sonho on...

Estava encostada na parede com uma faca de caça feito de prata na mão, minha arma favorita depois do meu arco

A menina no meio da sala estava quase inconsciente, seu sangue molhava o chão, suas roupas já quase não existiam mais

Sua respiração estava trêmula e ela tremia, muito

Eu não sabia se ela sabia da verdade, mas eu estava procurando por respostas e ela morreria protegendo o filho da puta do irmão dela

Ali naquele momento, eu não me importava se ela sentia dor, ou se gritava para eu parar quando a espancava, ou dizia desculpas pelo o que quer que seja que o irmão dela tivesse feito