dentro do carro.

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P.O.V: Mayla Sanchez

Bruno estava com seu rosto muito próximo ao meu. Pude sentir o cheiro de seu perfume navegar por minhas narinas.

— Bruno, eu estou no meu local de trabalho... — eu disse, ofegante. Quando de repente, ouço uma voz conhecida ecoar no corredor do 6° andar do prédio. "A Mayla está na sala dela?" Pude ouvir. Até já sei de quem se trata: Renato, meu chefe. Foi quando Bruninho se afastou de mim e eu peguei as duas xícaras de café, respirando fundo. Salva pelo bongo.

— Mayla, bom dia! — meu chefe disse, parecendo empolgado. Logo ele viu a figura de Bruninho dentro da sala e ficou surpreso.

— bom dia, chefe! — sorri

— Bruninho?! — perguntou, espantado. Me segurei para não rir, a cara de Renato era impagável.

— bom dia, como vai? — ele sorriu, sendo gentil.

— o Bruno é o meu mais novo cliente, chefe! — eu dei uma piscada cúmplice para Bruno, já meu chefe, parecia processar toda a informação.

— como vai? E que bom, Mayla. Bruno, a Mayla é uma ótima arquiteta! Você vai adorar trabalhar com ela, é uma das melhores profissionais que tenho aqui na empresa. — ele disse e vi Bruno sorrir

— sim, eu ouvi coisas boas a respeito da Mayla! — sorriu de canto, me olhando fixamente. Senti minhas bochechas arderem violentamente. — já estamos trabalhando, as obras do meu apartamento começam na semana que vem. Não dá pra viver de aluguel pra sempre, né?! — ele comentou e nós rimos

— exatamente! Fico feliz que tenha escolhido a empresa! — o homem de cabelos pretos com uns frios grisalhos riu. — bom, vou deixar vocês tratando de negócios a vontade! Mayla, quando acabar, vá até minha sala, por favor!

— pode deixar, vou sim! — sorri.

— bom, tchau, Bruno. Foi um prazer em conhecê-lo. — ele estendeu sua mão e Bruno apertou o local.

— foi um prazer também, Renato! — logo, meu chefe saiu da sala e nós caímos na gargalhada. — você estava ofegante! — debochou

— eu estava com medo, afinal, estou trabalhando e esse prédio se duvidar tem câmera até na geladeira! — rimos — mas... — me aproximei dele — Se você quiser, podemos terminar o que nem começou mais tarde...  ou outro dia! — mordi o lábio inferior e vi ele dar um sorriso malicioso — o que acha?

— eu acho perfeito! — ele sorriu — hoje a noite você vai estar livre? — ele perguntou e eu concordei com a cabeça. — então ótimo, a noite eu te busco. Depois só me passa o endereço!

— pode deixar! — sorri, mordendo os lábios. Eu não perco essa mania.

— sabe, tô com vontade de te agarrar aqui mesmo! — ele disse, no meu ouvido, me fazendo arrepiar — mas não posso, já que a bonita está trabalhando... — ele riu, se afastando e eu revirei levemente os olhos

— mais tarde terminamos isso! — ele piscou — preciso ir trabalhar, até mais! — mandou um beijo no ar

— até mais, Bruno! — eu disse, rindo. Que homem!!! Umedeci só de ouvir aquela voz rouca no pé do meu ouvido.

O dia parecia que não iria acabar nunca. Será que a hora não estava passando ou eu estava ansiosa demais para sair com o levantador da seleção brasileira? Eis a questão! Quando acabou meu expediente, quase sai correndo do escritório. Chegando em casa, dou de cara com Levi cuidando de Isaque (e mexendo no celular) e Naomi lavando a louça.

— sobrou comida do almoço? Tô morrendo de fome! — perguntei a Naomi.

— sobrou bem pouquinho. Por que você não espera? As 19h vou fazer o jantar fresquinho, aposto que até às 20h já está tudo pronto — Naomi disse

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