O início de tudo.

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   P.O.V: Bruno Rezende

Com a minha recém chegada a Taubaté, preciso de alguém para fazer o planejamento e design da minha casa. Acabei de voltar da Itália, onde joguei por 2 anos no Associazione Sportiva Volley Lube, agora, sou um novo contratado do Taubaté. Confesso que estou muito ansioso com isso tudo, como sempre fico, na realidade. Mandei mensagem para alguns amigos, pedindo recomendações de arquitetos e recebi várias indicações. Entretanto, optei por contatar ao menos 3 arquitetos, depois decido qual deles fará parte do projeto da minha nova morada. E a primeira arquiteta da lista que eu havia separado se chama Mayla Sanchez. Entrei em contato com ela e marcamos para eu ir encontrá-la em seu escritório, amanhã, as 10h da manhã.

No dia seguinte:

Acordei, fiz tudo o que tinha para fazer, tomei banho, tomei café da manhã e logo em seguida fui até o endereço do escritório da tal arquiteta. No meio do trajeto, fico um tanto confuso com o GPS, que me deu uma rota mais longa, mas consegui chegar no local. Entro no prédio e sou muito bem recebido. Algumas pessoas me reconhecem e acabam pedindo fotos, autógrafos, vídeos para amigos, familiares, etc. Gentilmente acabo atendendo a todos, logo, consigo adentrar no edifício e subir para o escritório de Mayla. Quando chego no andar, vejo qual era a porta do seu escritório, me aproximo, a porta estava aberta, mas mesmo assim, dei duas batidas antes de entrar na sala.

— posso entrar? — perguntei. Uma mulher, que suponho que seja Mayla, me responde.

— ah, claro. Entre! — ela estava de cabeça baixa lendo alguns papéis, mas logo ergueu a cabeça e nossos olhares se cruzaram instantâneamente. Ela é tão linda e tão misteriosa ao mesmo tempo. Cabelos cacheados, escuros e longos, olhos verdes, boca bem desenhada. Seu rosto é angelical, ela parece ser bem jovem. A beleza dessa mulher era, ao meu ver e na minha humilde opinião, rara. Poucas vezes na vida vi uma mulher tão bonita como essa. Vejo que ela deu um sorriso de canto e se levantou. — bom dia, você é o Bruninho, digo, Bruno, certo?! — ela disse, me reconhecendo e parecendo nervosa, o que me fez rir de sua timidez.

— bom dia! Sim, sou eu. Eu que entrei em contato com você ontem. Posso entrar? — perguntei

— claro que sim! — ela disse, sorrindo e que lindo sorriso — me chamo Mayla, Mayla Sanchez, prazer! — ela estendeu a sua mão e eu apertei o local, reparando nas suas unhas que estavam pintadas de vermelho — por favor, sente-se. Fique a vontade! —  Logo, nos sentamos em nossas respectivas cadeiras. — então, Bruno, você quer fazer o planejamento e design de sua nova casa, certo?! — perguntou

— Sim, sim. É isso mesmo! — concordei com a cabeça. — e na verdade, a "casa" — fiz aspas com as mãos —  é um apartamento. — rimos juntos

— certo! Sem problemas quanto a isso — concordou — você tem algo em mente? Por exemplo, algum cômodo em específico na qual você quer que seja de certa forma, ou algo assim? Talvez você queira deixar um quarto diferente do outro, por exemplo.

— na verdade, eu não sou muito ligado nessas coisas! — rimos — você não quer me mostrar algumas propostas? Aí eu avalio.

— claro! — ela disse, empolgada. Logo, ela pegou um catálogo e me mostrou várias propostas que ela tinha, e duas me chamaram a atenção.

— caramba, gostei bastante dessas duas aqui! — folheei o catálogo, mostrando para a mulher.

— são lindos mesmo, modéstia a parte! — rimos. — mas tem algum que você tenha gostado mais? Que tenha te chamado mais a atenção?

— esse aqui — apontei — é muito foda! — disse — desculpa a expressão!

— imagina! Quem não fala um palavrão, né?! Eu pelo menos falo — rimos — bom, se você quiser, podemos fazer esse planejamento juntamente com o design, o que acha?

— por mim perfeito! Gostei bastante desse mesmo.

— fechamos então? — ela disse, estendendo a mão e mais uma vez, eu olhei para o local antes de apertar.

— fechamos! — apertei a mão da moça, sorrindo — vai ser um prazer trabalhar contigo, Mayla!

— digo o mesmo, Bruno! — ela sorriu e abaixou a cabeça, tímida.

  
Agora já não me importo mais em procurar os outros dois profissionais que eu queria, para fazer mais uma consulta. Eu quero ela. Ela que será responsável pelo projeto da meu apartamento. Não sei o porquê, mas eu sinto que tem que ser ela. Ela me aparenta ser uma excelente profissional (e excelente pessoa, mas não posso concluir isso com metade de uma conversa), além do mais, adorei o projeto que ela me mostrou. Será ela, tem que ser ela. Eu sinto isso!

Minha Arquiteta.Onde histórias criam vida. Descubra agora