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Dois anos antes
— Muitos anos de vida….
O barulhos de todos ali era tão alto que cobria o som do pianista do restaurante, mas eu não me importava com ele, eu estava tão feliz por meu aniversário, nem acredito que fiz 20 anos, eu tinha planos para esse momento seria o meu ano.
— Jenny vive, faça um pedido quando soprar as velinhas — grita minha mãe por cima das conversas ali.
— Sim mamãe.
Faço como ela diz e desejo aquilo que eu sempre quis.
— Eu já sei o que você pediu — grita Mel, já bêbada.
— Fale Mel — Grita Samantha
— Ah Sem qual é? Você sabe — ela revira os olhos
— Luca Dalton — Ela dizem juntas e riem de mim.
—Não sejam tão chatas — grito de volta.
— Não liga para elas amor — diz Luca ao meu lado.
Luca e eu estamos juntos a quase um ano, eu estou esperando o pedido de noivado dele, mas ele quer me fazer esperar.
— Qual é Luca, de logo o anel à minha filha — Diz meu pai.
— Papai — O repreendo
—Não querida, ele está certo — diz Luca.
Ele levantou da sua cadeira e vasculhou os bolsos até encontrar uma caixa de veludo vermelha.
— Bem, eu não vejo mais motivos para esperar mais para fazer isso, já que eu quero viver o resto da minha vida ao seu lado — ele faz uma pausa — Jenny vive Mahler, você aceita se casar comigo?
O silêncio é agonizante nesse momento, e eu estou tremendo quando fico em pé para dizer que " é claro que eu aceito "
Dias atuaisQuando meu turno acabou pela segunda vez naquele dia, eu finalmente vou para casa o que eu não esperava era que estava chovendo horrores, estou encostada na parede perto da porta de saída dos funcionários do restaurante tentando não me molhar. A porta abre me assustando um pouco, mas é apenas Billie debaixo de um guarda-chuva, agora ela veste um casaco e seu cabelo está em um coque frouxo.
— Lição número 1 do Havaí, ande sempre com um guarda chuva, nunca se sabe quando vai chover e chove bastante aqui — ela ri — É por isso que eu amo aqui.
— Me lembrei disso quando sair de casa amanhã — um raio corta o céu e me assusto— se eu conseguir chegar em casa hoje.
— Vem eu te dou uma carona — ela oferece.
— Ah não precisa — digo.
A chuva parecia que me odeia porque resolve cair mais forte.
— Então você vai dormir aí — ela começa a sair — O bom é que não vai se atrasar amanhã.
Me deu por convencida.
— Tá bom — grito — Eu aceito
Ela para, então volta pra mim, me dando um espaço em seu guarda chuva, para irmos até o seu carro. Eu sei o valor exato do carro dela, é alto, eu tinha um daquele, entre outros, mas eu não digo, ela iria fazer perguntas das quais eu não quero responder. Assim que me acomodo no banco do passageiro Billie liga o carro.
— Onde você está morando? — ela pergunta, mas seus olhos estão na estrada.
— Por enquanto na pousada da Dona Eloá — digo.
— Ah eu amo ela — ela diz com voz de bebê — ela é tão doce, eu sempre estou por lá.
— Sim, ela parece bem atenciosa, e o lugar é legal.
Ficamos em silêncio por uns minutos, Billie logo chegou a pousada.
— Aqui — ela disse me dando seu guarda chuva — Não esqueça de lavar para o trabalho amanhã.
— Ah não, não quero te deixar na chuva — digo.
— Eu tenho outro em casa — ela sorri simpática.
— Sendo assim, muito obrigada — sorri de volta.
— Só me diga seu nome, por favor.
— Jenny, meu nome é Jenny.
— É um prazer conhecer você Jenny.
— Obrigada pela carona e o guarda chuva.
Digo isso enquanto eu saio do seu carro.
— A gente se vê por aí.
Não demorou muito para isso acontecer, ela voltou no restaurante na noite seguinte, eu servi seu jantar novamente e ela foi tocar piano, como na noite anterior. Naquela noite não choveu e pude ir pra casa apreciando as estrelas do céu que estava limpo, quando cheguei na entrada da pousada vivo carro de Billie, e alguma coisa apertou meu coração. Sinto falta do meu carro, o que eu tinha desse era com toda a certeza o meu preferido, encosto a minha Bochecha no teto do mesmo, sentido o frio do metal, fecho os olhos para me sentir melhor e poderia ter ficado ali por horas se não fosse a voz atrás de mim.
— Seria melhor se você deitasse na sua cama — diz Billie.
— Ah que vergonha, me desculpe — digo envergonhada.
Billie solta uma risada.
— Não tem problemas, só foi engraçado — ela chuta um cascalho no chão — Bem eu err….
Me toco que estou atrapalhando que ela entre em seu carro, então me afasto.
— Eu sinto muito de novo — digo — Eu não sou uma idiota.
Só estou agindo como uma, meu Deus Jenny você era melhor com as pessoas antigamente. Sinto que as lágrimas querem vim, olho pro céu para que meus nervos se acalmem.
— Eu jamais pensaria isso de você.
Ela abre a porta do carro, mas em vez de entrar ela vira pra mim novamente.
— Aí é, eu gosto de caminhar pela manhã e eu gostaria de companhia, se você tiver afim…
— Você quer que eu vá com você ? — Eu realmente sou uma idiota.
— Quando eu cheguei aqui eu me sentia sozinha o tempo todo e triste também — ela faz uma pausa — você me parece igual, e eu não quero que se sinta assim também.
Eu me sinto exatamente como ela diz, mas até agora eu tinha evitado falar isso em voz alta.
— Tá — digo — caminhar me parece bom.
— Ok, às 06h eu estarei aqui
— Ok
Espero até que ela entre no seu carro e saia para entrar na pousada.
— Fazendo amizade novas — Diz a voz me assustando — Ah querida, sinto muito te assusta, você parece que tá fugindo da polícia
Dona Eloá solta uma gargalhada na minha cara de esperanto. Quando eu cheguei ela não fez perguntas além de questionar quanto tempo eu ficaria aqui, na verdade nem eu tenho certeza sobre isso, mas por enquanto aqui parece um bom lugar.
— Billie é muito gentil — digo.
— Sim ela é — Ela parece pensar sobre isso — gentil até demais
— Como assim? — Não entendo o " gentil até demais "
— Nada queria, só pensando alto — Ela se enrola mais em seu casaco — vou deixar você se recolher agora.
Sorriso e vou para o meu quarto, indo direto para cama e basta um suspiro para eu começar a chorar, normalmente é o que eu faço quando estou nesse quarto ou sozinha, sinto saudades dos meus pais e das minhas amigas, o pior é sentir saudades do Luca mesmo eu não deveria.
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the unknown
FanficJenny acaba de chegar em uma pequena cidade no Havaí, com um novo emprego de garçonete em um restaurante chique da cidade, ela só quer uma vida nova, num lugar onde ninguém saiba quem ela é... ou era. Tentando fugir do seu passado, o ex fenômeno mun...