Caindo de cara

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Hermione

Finalmente deu a hora de eu sair. Ao mesmo tempo que eu estou ansiosa, estou com medo de não ser quem eu espero que seja, porém é muito pouco provável que seja. Acho que já deu para ver que meu cérebro está uma confusão, não é mesmo?

Corro muito afim de chegar o mais rápido possível. Afim de chegar rapidinho. Assim que me aproximei, vi algo se mexer nos arbustos e da lá vi não só a minha mãe como o meu pai! O rio de lágrimas já começa a escorrer dos meus olhos e corro em sua direção.

-Pai! Eu nem.. nem acredito que é você, que está aqui. Tive... muitas saudades. - Desabafo e o abraço firme.

-Você tá tão linda, minha filha! Tão forte e crescida... que orgulho de você. - Fala de seu jeito calmo como eu lembrava.

-E eu, nem ganho um abraço da minha menina? - Diz minha mãe com as mãos na cintura mas um sorriso no rosto, iluminado pela ponta de uma varinha, que deveria ser sua. Era bonita, toda parecia uma trança de cabelo, só que em madeira clara e escura.

-Então, como vai tudo na escola? - Pergunta meu pai mais tarde. - Último ano certo?

-Sim, não quero me despedir desse lugar... - Olho para trás e vejo o enorme castelo. - É como uma casa para mim sabe?

-Se sei... - Fala a minha mãe com o mesmo olhar nostálgico que eu. - Um dia eu tenho que te contar das minhas histórias aqui. Mas eu temo que isso demore a acontecer.

-O que houve? - Pergunto já esperando uma resposta ruim.

-Ao que tudo indica, os servidores de dois grandes bruxos das travas estão juntando forçar e temo o que acontecerá a seguir.

-Quais bruxos? Voldemort é um deles?

-Voldemort seria o mais fraco dessa dupla... mas não posso dizer para a sua segurança, não até ter certeza do que digo. Sei que você deve ficar esperta a partir de agora. As famílias dos sonserinos estão até o pescoço nessa história. - Malfoy, será que seu pai estaria metido nisso?

-Os Malfoy estão?

-Não sei suas identidades, os encontros que observei são sempre com identidade coberta. Mas eles estão presos, não estão? - Concordo. Não queria nem imaginar se Draco soubesse que seus pais estavam metidos nessa história. Ele surtaria com certeza.

-Mas e quanto à vocês? - Pergunto e eles me olham esperando que eu continue. - Quando vão assumir que estão vivos?

Eles se entreolham e minha mãe baixa o olhar. Meu pai pega em minhas mãos e já suspeito que a resposta não me agradará.

-Não sabemos filha. Ainda não é seguro. Se os comensais descobrirem, certamente tentarão terminar o trabalho.

-Eles tentarão vos matar certo? - Pergunto com os olhos cheios de água, dessa vez não é de emoção e sim de tristeza.

-Por enquanto é melhor eu e seu pai continuarmos escondidos e eu espionando para o ministério.

-Eu não entendo mãe? Estão cheios de olhos e ouvidos de devoradores da morte no ministério. Como é possível você passar desapercebida?

-Corrupção e malandragem existe em todo lugar filha. O negócio é ser mais malandra e saber em quem confiar. Quando se está correndo um risco muito grande como eu, cada passo deve ser muito bem ponderado para não levar tudo pelo cano. Eu estou bem, e certamente estou tendo ajuda das pessoas certas.

-Mas você não precisa se preocupar com isso meu amor. - Interrompe meu pai - Se preocupe só com as suas responsabilidades aqui que o mundo lá fora pode esperar. Você já perdeu tempo demais da sua vida e merece ser uma adolescente normal. - Ele sorri, seu sorriso é reconfortante. Eu o abraço e sei que é hora de me despedir. Recebo um beijo no topo da cabeça e logo a seguir minha mãe me abraça apertado. Antes de partir minha mãe sussurra um "logo darei notícias".

I can't remember to forget youOnde histórias criam vida. Descubra agora