Cap. XXX

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*  Coloquei um aviso para quando vocês devem colocar a música da mídia para tocar, e leiam as notas finais, lá vou dar um explicação por ser essa música e não outra.
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Já era novembro, e Louis corria de um lado para o outro atrás de papéis para sua formatura, enquanto Harry fazia desfiles um atrás do outro.

Esse era o primeiro dia que conseguiram conciliar suas agendas, e os dois estavam em casa. Como começaram a se ver muito pouco, utilizavam todo seu tempo livre para sexo.

Então sim, eles estavam transando agora, com Harry apoiado sobre o balcão da cozinha, e Louis atrás, fodendo o maior com força.

- Lou... eu... e-u vou gozar... vai mais forte... - Harry falava entre gemidos.

-Hazzy... por deus... como você é gostoso... ainda mais com essa bunda toda vermelha... porra - Louis não se segurou, e deu mais um tapa na bunda do maior, deixando mais uma marca ali.

Não demorou muito para Styles gozar na bancada, com Louis vindo segundos depois.

O cacheado sentou na outra ponta do balcão, e Tomlinson ficou entre suas pernas, os dois abraçados, esperando que suas respirações voltassem ao normal, mas não ficaram muito tempo assim, pois escutaram o celular tocar.

Louis saiu dali e foi pega-lo, voltando para onde estava e atendendo a ligação.

(coloquem a música para tocar e escutem-na até enjoarem.)

-Fala Charlotte... O que?... ta, ta bom, eu vou ai... chego quando der - e desligou.

-Amor o que houve? - Harry perguntou.

Tomlinson ficou parado por um tempo, olhando pro nada, não sabia bem o que tinha que fazer naquele momento.

- A gente precisa... eu preciso voltar pra Londres, a minha mãe... a minha mãe f-faleceu.

Os dois ficaram parados se olhando, e quando Styles puxou Louis para um abraço, o menor desabou, chorando tudo o que podia, soluçando alto, e se agarrando ao corpo do namorado ao máximo que dava.

O que aconteceu depois é um borrão para Louis, não lembra como saiu da cozinha, mas lembra de botar algumas roupas na mala.

Não lembra de chegar e entrar no avião, nem de como tinha ficado Eroda, mas lembra de estar lá dentro, olhando pela janelinha. Não lembra de como chegou a igreja, para o funeral, mas sabia que estava ali agora, cumprimentando as pessoas que chegavam. 

Ele, e todas suas irmãs estavam sentados no primeiro banco, encarando o caixão, e só tiravam o olhar de lá quando alguém vinha os cumprimentar. Harry estava com Doris e Ernest, e Anne o ajudava a cuida-los.

Dan estava ao lado do caixão, conversando baixinho com Jay, como se a mulher pudesse escutar.

Foi um velório rápido, e com poucas pessoas, mas foi o momento mais triste de todos que estavam ali.

Nenhum dos filhos quis falar na frente de todo mundo, e todos entenderam, então o padre apenas deu uma última benção, e o caixão foi levado para ser enterrado.

Durante todo processo, Louis não chorou, era uma mistura de não acreditar que era real, e de querer passar uma imagem de ‘está tudo bem’ para suas irmãs. 

Quando estavam saindo Louis e Harry viram seus amigos parados em um canto, e foram até eles, que os receberam com abraços e pêsames.   

- Desculpa Lou, o Zayn não conseguiu vir – Liam falava tímido.

- Tá – Foi a única resposta do garoto.

Styles foi quem conversou, e deu tchau pelos dois, conduzindo Tomlinson até a casa da família.

Todos já estavam lá quando eles chegaram, e todos faziam alguma coisa para se distrair, para não pensarem que agora Johanna não estaria mais ali, falando sem parar, ou fazendo alguma coisa para todos comerem.

Louis preferiu ir para seu antigo quarto, e foi seguido pelo namorado, que fechou a porta depois de ambos entrarem.

- Lou, você quer conversar? – Harry falou baixinho.

- Sobre o que? Sobre minha mãe ter morrido, ou sobre o fato de eu não ter estado aqui? Ou ainda pelo fato de meu melhor amigo não ter vindo na porra do enterro da minha mãe? -  Louis cuspiu aquelas palavras, e suas lagrimas corriam soltas – Eu sinto a falta dela Hazz, e saber que ela não vai mais estar aqui é aterrorizante... porque isso significa... isso significa que ela não vai ver as meninas crescerem, eu não vou poder mais comer qualquer coisa que ela fazia, e ela não vai mais me ligar pra falar que está com saudade... isso significa que eu não vou poder falar o quanto eu amo ela.    

Os soluços acabaram ganhando o lugar das palavras, e a única coisa que Harry podia fazer era abraçar Louis, e se forçar para não chorar junto.

Ficaram abraçados até o menor dormir, e mesmo depois Harry continuou assim, se movendo apenas para pegar um exemplar que tinha de “O amor é um cão dos diabos” na cômoda de Tomlinson.  

“ guerra de trincheira
... algum dia cada um, deles estará morto, algum dia cada um, deles terá um, caixão separado, e então haverá, silêncio. ...” 

...

Tiveram que voltar para casa no dia seguinte, pois Steve não tinha liberado Harry para viajar, mas claro que Louis não sabia disso, então a única coisa que ele falou foi que só tinha voo para aquele dia, e não entendeu como o namorado acreditou.  

Na hora de se despedirem foi difícil, era como se Louis tivesse deixando para trás algo de muito valor, mesmo que a casa continuasse ali por muito mais tempo, para o garoto era como se ele tivesse deixando Jay para trás, e Harry levou algumas horas para explicar que isso não era possível, que a mulher sempre estaria com Tomlinson onde ele fosse. 

O voo de volta foi calmo, e quando chegaram em casa Eroda pulou no colo do menor, e depois se aconchegou com ele na cama, lugar que ficaram até o outro dia.

Agora Louis não fazia muita coisa, ficava apenas em casa, as vezes organizava as coisas, as vezes não. Todos os preparativos para a formatura foram cancelados, e o garoto só esperava o certificado chegar pelo correio.

Harry ficava com receio de deixar o menor a só, mas acabava deixando quando escutava que estava tudo bem, e recebia vários beijos, mas passava o dia todo ligando para casa para saber se estava tudo certo. 

Os dias foram passando, e dezembro foi chegando, Louis foi se acostumando com o fato de não receber ligações diárias da mãe, mas isso não significava que a dor que sentia tinha diminuído.

- Amor, cheguei – Harry entrou em casa, sendo recebido pela cachorra.

- Estou na cozinha Hazz – Louis gritou de volta.

Harry foi até o lugar, e encontrou o namorado fazendo uma massa com queijo, e sentiu um cheiro delicioso. Deixou vários beijos em Louis, em lugares totalmente aleatórios, antes de falar o que tinha feito naquele dia.

- Lou, eu fiz uma coisa, mas se você não quiser não tem problema, eu só achei que seria uma boa – Tomlinson olhava para ele com uma cara apreensiva -  eu fiz minha mãe convidar a sua família para passar o natal lá em casa, e reservei uma casa naquela praia que a gente passou o ano novo a dois anos, só que a gente só vai poder ir dia 24, era o único dia que ainda tinha vaga.  

Harry mal tinha terminado de falar e Louis já o abraçava, falando vários obrigados, e eu te amo, e isso é incrível, o que fez o maior sorrir grande.

Jantaram na cozinha mesmo, e enquanto Louis organizava as coisas, Harry tomava banho. Não demoraram para dormirem, com Eroda no meio deles.

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Notas da autora: Quero dedicar esse cap. para dona Ana, que faleceu recentemente (boa parte desse cap. foi inspirado no dia do velório dela, e “Falling” foi a única música que eu escutei naquele dia, por isso não escolhi “Two Of Us”).

Vó eu tenho saudades suas, mas espero que agora a senhora esteja bem, te amo por toda minha eternidade. :) 

you promised [larry stylinson]Onde histórias criam vida. Descubra agora