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Rafaella

- O que você quer Giovanna? - Falei de braços cruzados assim que chegamos na cozinha.

- Por que você ficou com o Jonas? Achei que você estava com a Bianca - ela disse baixo.

- Do que você tá falando? Eu não fiquei com o Jonas!

- Rafa, depois que você saiu da mesa, ele saiu logo atrás de você, e quando voltou, você voltou uns 2 minutos depois.

- Giovanna! Eu não fiquei com o Jonas, é o Jonas eu nunca ficaria com ele! - Franzi o cenho.

- Por falar no diabo... - Giovanna sussurrou e logo notei alguém atrás de mim.

E por sinal era ele, Jonas, com um sorriso sarcástico no rosto e logo deixou o olhar cair sobre mim, Evelise sempre quis que eu e Jonas ficassemos juntos, mas eu nunca ficaria com ele.

Giovanna saiu da cozinha encarando Jonas, deixando eu e ele totalmente sozinhos, todos sabiam que ela assim como eu, odiava ele.

Jonas estava encostado no batente da porta me olhando de cima a baixo com aquele sorrisinho otário.

- O que você tá olhando? - Perguntei revirando os olhos.

- Não posso mais olhar pra princesa? - Jonas respondeu arqueando uma sobrancelha

- Jonas se você quer me irritar você tá conseguindo, então se não calar a boca eu vou enviar essa tigela de pudim na sua garganta! - Caminhei até a saída da cozinha porém ele segurou meu braço e não me deixou sair.

- Eu sei o que você esconde da sua mãe, Genilda iria odiar ter uma filha lésbica - Ele sussurrou ao pé do meu ouvido fazendo meu sangue ferver.

- Você foi atrás de mim? - Perguntei puxando meu braço.

- Enquanto eu estiver em Portland, eu vou estar no seu pé sempre - Ele se afastou voltando para sala onde todos estavam.

O fato de que minha família ficaria duas semanas em Portland me irritava, ter a companhia de Flay e Jonas por 15 dias era pior que a prisão Turca.

Principalmente agora que Jonas me viu com a Bianca, não era atoa que eu odiava aquele garoto.

Bianca

Dia Seguinte

Era o passeio mais aleatório da minha vida, eu estava comprando trigo com o Daniel e o Rodolffo para a cafeteria.

- Eu achei que vocês eram patrocinados por alguma empresa de trigo ou algo assim - Rodolffo falou colocando um pacote de trigo no carro.

- Patrocinados por empresa de trigo? As vezes você é tão lerdo que eu chego a me sentir um gênio perto de você - Falei e logo Daniel riu.

Entramos no carro do Rodolffo e logo fomos para a cafeteria, eu simplesmente amava o fato de saber que nem todas as pessoas ricas são esnobes.

- Como estão as coisas com a Rafa? - Dan perguntou enquanto Rodolffo dirigia.

- Estamos ficando... Eu diria assim, ela é uma pessoa incrível, eu gosto de estar com ela - Respondi deixando um sorrisinho bobo escapar.

- "eu não gosto de garotas" - Rodolffo e Daniel falaram em um uníssono.

Chegamos na cafeteria, entrei e logo me deparei com um garoto alto de olhos verdes sentado em uma das mesas.

- Com licença, não abrimos ainda - Falei olhando para o garoto e ele logo sorriu.

- Você deve ser a Bianca - Ele se levantou e me estendeu a mão - Queria conversar com você sobre a cafeteria.

- Você é um algum tipo de inspetor sanitário ou algo do tipo? - Perguntei confusa e apertei a mão dele.

- Não, nada disso - Ele puxou uma cadeira - Sente-se por favor.

Ele estava vestido com uma calça jeans preta e uma camisa social branca, o cabelo castanho e um sorriso incrível.

- Então Senhorita Andrade, soube que essa cafeteria estava na sua família a alguns anos, e que seu pai deixou de herança para você, correto?

- Sim, é isso, mas a que ponto quer chegar?

- Esse lugar é grande, bem ventilado, uma decoração estilo anos 90, é um ótimo lugar.

- Ainda não entendi a que ponto quer chegar!

- Eu faço a oferta de comprar a sua cafeteria para transformar em um estúdio de dança, para jovens, adolescentes, adultos, com ótimos coreógrafos.

- Mas porque justamente essa cafeteria falida?

- Eu costumo olhar além do "falida" Senhorita Andrade.

- E quanto você me oferece?

- 700 mil dólares - Ele respondeu colocando um bolo de dinheiro em cima da mesa - A vista.

700 mil fucking dólares a vista em uma cafeteria falida? Já ouviram o ditado que diz "Quando a oferenda é demais, o Santo desconfia?", meu pai poderia ter me deixado aquilo de herança, mas a última coisa que eu queria era ter algo que veio das mãos daquele homem.

- Sem querer ser insistente, mas recusar uma oferta como essa seria idiotice - O rapaz falou com o dinheiro nas mãos.

- Me desculpe, mas posso saber seu nome pelo menos? - Falei olhando para o rapaz.

- Jonas, Jonas Sulzbach...

🧜🏼‍♀️

Que ódio desse garoto!  🙄

MERMAIDOnde histórias criam vida. Descubra agora