C19

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Bianca

Minha cabeça estava doendo, parecia que um caminhão tinha passado por cima de mim.

Abri meus olhos tentando me acostumar com a luz, e logo notei que não estava em casa, aliás onde eu estava? Não me lembro de nada que aconteceu.

- Bianca? Você tá acordada? - Ouvi alguém falar comigo, mas não reconheci quem falou.

- Onde eu tô? - Perguntei olhando pra cima.

- No hospital - Olhei pra o lado e vi que Rafaella estava lá - Você teve uma convulsão, os médicos disseram que você quase teve uma overdose.

- Overdose? - Tentei me sentar na cama e logo vi um médico entrando.

- Senhorita Bianca Andrade? - o médico disse.

- Sou eu - Respondi.

- Pelo que vi no seu prontuário, você andou tomando doses muito fortes de antidepressivos e quase teve uma overdose, teve algum motivo?

- Talvez - Abaixei a cabeça e olhei de canto para Rafaella.

- Vou te encaminhar para um psicólogo, Senhorita Andrade, vamos cuidar de você - O médico bateu no ombro da Rafaella e saiu do quarto.

Rafaella me olhou e eu olhei pra ela, estávamos nos olhando igual duas bobas, até ela quebrar o silêncio.

- Eu terminei com a Iris - A loira falou me olhando.

- E daí? - Cruzei os braços e desviei o olhar - Aliás porque justo você tá aqui comigo?

- Eu quero consertar as coisas com você Bianca - ela disse - Eu disse que ficaria aqui com você até você acordar.

- Então já pode ir embora - Respondi.

- Eu gosto de você Bianca - Ela se aproximou e ficou com o rosto perto do meu - Me dá uma chance que eu prometo fazer tudo certo dessa vez.

E se ela estivesse sendo sincera? Eu ainda estava com raiva, mas creio que todos merecem uma segunda chance, então por que não dar essa oportunidade a ela?

Eu não disse sim ou não, apenas assenti com a cabeça, eu sentia falta da Rafaella e de estar com ela.

Os médicos me deram alta e Rafaella me acompanhou até meu apartamento, durante o caminho notei algumas manchas roxas no braço, de certo de quando eu tive a convulsão.

Chegamos ao meu apartamento, eu abri a porta e entrei, logo Rafaella entrou atrás de mim.

- Rafaella eu não preciso de babá, pode ir embora! - Falei e fechei a porta.

- Eu não sou sua babá, vim cuidar de você - Ela disse indo até a minha geladeira e abrindo a mesma - Quanto tempo faz que essas coisas estão aqui?

- Você sempre chega abrindo a geladeira dos outros? - Perguntei indo atrás dela.

- O que é isso? - Ela disse me mostrando um prato de comida.

- Comida coreana!

- E quanto tempo faz que isso tá aqui? - Ela disse fazendo uma cara de nojo - Ok eu vou comprar comida de verdade pra você.

- Isso é comida de verdade! - Falei deixando o prato na pia.

- Não coma nada até eu chegar - ela disse e saiu do meu apartamento.

Rafaella

Saí daquele prédio de gente rica ainda me perguntando como Bianca foi morar lá, e fui até um mercado mais próximo.

Eu já tinha vacilado com ela uma vez, e estava disposta a concertar tudo. Entrei no mercado e comecei a passar pelas prateleiras pegando algumas coisas variadas.

Bianca gostava de comida coreana, então depois do mercado passei em um restaurante que vendia esses tipos de comidas mais chiques.

Entrei no local e vi Rodolffo pagando um prato pra viagem.

- Rafaella, Rafaella, o que ela faz por aqui? - Ele perguntou assim que me aproximei.

- Comprando comida não é meio óbvio?

- Sua convivência com a Bianca está dando resultados - Ele riu - Veio comprar comida pra ela?

- O que? Claro que não! - Respondi.

- Olhe pra mim e veja se eu nasci ontem! - Ele levantou uma sombrancelha.

- Tchau Rodolffo - Falei pegando meu pedido e saindo do local.

O bairro que ficava o prédio da Bianca, era um dos bairros mais luxuosos da cidade e agora me pergunto se ela é rica e se fingia de pobre ou se ela assaltou um banco antes de se mudar.

Cheguei no apartamento e logo entrei, sinceramente ela deveria aprender a trancar a porta.

- Bianca? - Chamei assim que entrei dando de cara com ela só de toalha transitando pela cozinha.

- Caralho Rafaella, você não sabe bater? - ela disse segurando a toalha.

- Você que não sabe trancar a porta - Olhei para ela de cima a baixo, analisando cada detalhe do corpo dela.

- Trouxe comida? - Ela perguntou.

- Trouxe - Levantei a sacola mesmo querendo que a comida fosse ela.

Guardei as coisas na geladeira enquanto ainda olhava para a Bianca só de toalha.

- Para de me olhar assim, parece que quer me devorar! - Ela disse franzindo a testa.

- Pra ser sincera - Me aproximei dela - Eu quero.

- Quer o que? - Você não é tão lerda assim Bianca. 

Empurrei ela contra a parede e iniciei um beijo, para minha surpresa ela não hesitou, apenas retribuiu.

Bianca trocou as posições me fazendo ficar colada na parede e começou a beijar meu pescoço e deslizar as mãos em minha cintura.

- Bianca...

- Cala boca!

Ela desceu a calça jeans e minha calcinha que eu usava em questão de segundos, e apoiou minha perna em um dos ombros dela.

Soltei um gemido baixo ao sentir a boca dela em minha intimidade, ela trabalhava com a língua em minha entrada e meu clitóris causando uma certa pressão.

Agarrei os cabelos dela e gemendo cada vez mais alto enquanto ela me castigava com a língua.

- Bianca? - Alguém chamou alto o suficiente para percebemos que tinha alguém dentro do apartamento.

Fudeu.

🧜🏼‍♀️

MERMAIDOnde histórias criam vida. Descubra agora