CAPÍTULO 7
ExpressõesUma coisa minha avó tinha razão, água era a cura para tudo. Desde água impura até água que nos fazia perder a consciência e acordar com ressaca.
Mas a simples água que caía dos chuveiros quando ligado, era pura e cheia de vida. Fazendo a mesma coisa que prometi que fizesse toda vez que pensasse em alguém que me fizera sofrer. O que eu fazia todos os dias me castigando a ficar 5 minutos sendo regado pela água fria fosse do chuveiro ou de uma pia qualquer do hospital.
Fazia exatamente trinta e quatro dias que saímos e que aquela aquela safadeza rolou no carro, saindo de sua casa pela manhã o deixando descansar, batendo em minha testa pela burrice que havia cometido dentro do automóvel.
Eu era fácil demais, me entregando a ele que mandava e eu fazia.
Estúpido demais pra ao menos pedir para que fôssemos a sua casa para fazer isso.
Bebendo a porra dele como se fosse namorado fiel a anos, sem ao menos pedir uma camisinha para fazer com segurança.
Me furando dias e dias pra saber se eu tinha pego alguma doença sexualmente transmitida com a ajuda de Mina que me ajudava a tirar meu sangue e forjar meu nome para que ninguém ficasse sabendo da minha situação.
Havia me aproximado de Park, que acidentalmente entrou no quarto quando eu estava tirando sangue, perguntando o porquê de eu estar fazendo isso.
Ele era um cara legal, o suficiente pra que eu gostasse dele e confiasse em contar sobre o que tinha acontecido em uma noite em meu apartamento, avoados pelo vinho.
Acordando nus na cama com as roupas jogadas pelo quarto e comprovando a nossa teoria, uma camisinha usada esporreada. Já sabia quem havia sido o passivo, me levantando e cuidando da dor na lombar que Jimin estava. O que definitivamente não abalou nossa amizade, só fortaleceu.
Vendo Park entrar e sair de um armário com diversos membros do hospital enquanto eu vigiava secretamente o corredor para que ninguém entrasse lá.
Tinha sexo para qualquer lugar naquele hospital.
No mesmo dia, uma mulher chamada Kim Jiyoon chega pela emergência do hospital, se tremendo e revirando os olhos de prazer, conferindo se estava tudo bem, descobrimos que estava com um vibrador - ligado - rosa neon em seu canal vaginal.
Se tinha uma coisa que eu odiava era quando chegava alguma pessoa na emergência com alguma urgência sexual. Era o terror. Filme de horror classificado para maiores de 18 anos ou mais. Era fofoca e sussurros pelo corredor inteiro e pessoas rindo da pessoa que tinha vindo.
Era completamente ridículo, todos ali que estudaram a anatomia humana rindo de uma mulher, com apenas um vibrador preso em si.
- Alguém aqui é administrador do quebrando tabu? Então voltem a trabalhar! - falo alto pra todos rindo da mulher ao ver ela sair da emergência. - Imbecís!
A falta de maturidade não me chocava, homens que trabalhavam no hospital já foram repreendidos por Seokjin por rirem ou negarem participar de uma cirurgia de fimose, mal sabendo que o hospital inteiro tinha foto da rola deles murcha.
Engraçado não é?
Tirando o vibrador da intimidade da menina, com a ajuda do ginecologista do hospital, Kihyun - que também era gay - com a maior delicadeza em me ajudar, tocando em minhas mãos e subindo pelo meu braço, deixando em meus ombros uma massagem breve.
Entramos no hospital na mesma época e posso dizer que já fomos muito mais que simples colegas de trabalho, dentro de um carro estacionado no subsolo. Estávamos ignorando esse fato, se cumprimentando no corredor e até resolvendo casos juntos, sem nenhuma complicação. Posso falar mil vezes que odeio todas as pessoas desse hospital, mas também não sou bom santo para ignorar a beleza de algumas...
Quase metade dos homens daqui gostavam da mesma fruta que tinham e com as mulheres não era diferente, muito menos com Mina.
Eu podia jurar que eu já vi ela com mais de quinze pessoas da comissão, sendo homens ou mulheres. Até com Park ela já tentou algo...
Mina era uma pessoa muito fácil de agradar a qualquer um, ela mostrava sua doçura e seus dotes com a mente humana, gesticulando seus dedos longos e mantendo os olhos da pessoa focados em sua boca que não falava, deslizava as palavras para fora.
Ela entendia tudo, desde fisiognomia até linguagem corporal. Era incrível, às vezes até eu ficava encantado com sua habilidade. Já me peguei preso com os lumes em sua boca diversas vezes e quase gritei quando percebi que ela fazia de propósito.
Algumas aulas rolavam, me explicando mais de como usar isso ao meu favor. Mas teve uma coisa que eu aprovo e faço. Olhar primeiro para o olho direto da pessoa, depois para o esquerdo e descer para boca. Era de imediato, parecia que a pessoa se encantava e eu conseguia prender sua atenção em meus lábios.
Era mágica.
Não gostava de muitas pessoas apenas pela sua cara, expressões que faziam e falas que eu conseguia escutar já determinavam se eu gostava dela ou não, mas com Jeon... Eu olho em seus olhos e não conseguia identificar nada, apenas a necessidade de me aproximar dele.
Eu havia pensado em Jeon mais uma vez, largando os legumes que cortava em minha cozinha, parto pra meu banho tirando apenas a bermuda que usava.
Jogando a bermuda com o pé pra algum lugar do banheiro, me coloco debaixo do chuveiro e o ligo, deixando meu cabelo encaracolado se murchar pela água gelada que caia arrepiando meu corpo inteiro.
A água descia pelo meu rosto enquanto eu respirava pelo nariz quando não puxava água para dentro da minha boca, a cuspindo e abrindo-a para puxar ar. Meus olhos estavam fechados e a mente vazia, gostava de quando isso acontecia.
Suas palavras me martelavam, me torturavam porque eu não as entendia, mas eu queria, queria entender Jeon Jungkook por inteiro.
Mas com toda certeza, se eu pudesse escolher uma pessoa para me tocar e beijar nesse momento, era Jeon.
Queria entender o que se passava dentro de sua cabecinha, beijar cada pedacinho de seu corpo, enrolar seus cabelos amarronzados e lisos.
Eu o queria por inteiro.
Queria me entregar a ele por inteiro.
Saindo do meu banho me sentindo fracassado por não conseguir tirar o homem de minha cabeça, me seco e coloco a mesma roupa que estava, indo pra sala com a toalha nas mãos pronto para continuar ouvindo minhas músicas favoritas do Frank Sinatra e cortar os legumes para fazer meu lamén.
Quase cortando meu indicador fora enquanto segurava a cebolinha perfeitamente verde quando a campainha toca.
Secando minha mão com o pano de prato e andando até a maçaneta velha.
- Mãe?
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FLUTUA-ME ˒ kth + jjk
AçãoTaehyung é aquele tipo de pessoa que trabalha, estuda, visita a mãe e frequenta um único bar com sua única amiga, vivendo uma vida, quase, parada. O contrário de Jeon Jungkook. Existia um estereótipo em seu local de trabalho a ser seguido fielmente...