CAPÍTULO 10
Órion pt.1A fumaça do quinto cigarro que eu estava queimando nas últimas horas descia até meus pulmões, deixando a deliciosa ardência ainda pior.
Eu estava dolorido em febre, sem sair do quarto há quase dois dias. Carregando meu corpo doente para comer após passar a segunda noite mal, meus olhos doíam em receber a luminosidade que vinha de fora da janela da sala aberta. Meu corpo pedia ajuda, após vomitar mais de quinze vezes durante as duas noites. Não conseguia comer nada e muito menos beber água.
Ardia.
Na primeira noite, até tentei fazer um lamén antes de começar a passar mal, mas, poucas horas depois eu me encontrava agachado no vaso sanitário colocando o que eu havia comido para fora.
Foi aí que eu percebi que fodeu.
Traguei mais uma vez o cigarro, ajeitei meus óculos escuros que usava pra continuar na janela com o objetivo de fumar sem empestear meu apartamento com a fumaça e disquei o número de Namjoon.
Alguns toques depois a voz grossa me cumprimentou.
- Não veio para o trabalho porque Jeon?
- Estou passando mal Namjoon, pega leve... - minha voz era fraca, quase saindo como um gemido.
- Chama o doutor lá, o que você pega. - Solto uma risada nasal instantânea. - Ele deve ajudar e te medicar...
- Não vou chamar ele, esquece isso.
- Tudo bem, caso chame ele, diga que seu irmão está mandando um beijo. - Nós rimos. - Se medique logo e venha trabalhar! Tchau.
A ligação se encerra com os barulhos típicos, que martelavam em minha cabeça dolorida. Traguei mais uma vez e pensei, quando foi a última vez que eu havia bebido água e comido algo.
Era difícil pensar com a minha barriga ardendo em cólica.
Queria chamar Taehyung, nada disso teria acontecido se eu não tivesse parado de falar com ele algumas semanas atrás e ter ido naquele bar sujo de canto de esquina.
Aquele lugar era simples nojento mas era onde eu vendia mais do produto que me deram no dia. Depois de ter vendido o suficiente para ganhar um bom dinheiro, bebo algumas doses de tequila barata e vou a um motel também nojento com uma mulher qualquer.
Na tentativa, meramente falha de esquecer Taehyung e subir meu pau.
Das poucas memórias que eu tenho, lembro de chegar aos beijos com a mulher provavelmente loira,e encontrar camisinhas usadas no chão e alguns resquícios de goza no edredom preto.
Quando a mulher se ajoelhou para me mamar, seu queixo tinha ido ao chão, de ver que nenhuma provocação, subiu meu pau. Rindo meio sem graça pra ela que se levantou e foi embora, me deixando ali.
Dormindo mais alguns dias ainda passando mal, já não aguentava mais meu corpo. A cada quinze minutos eu ia correndo para o banheiro por vários motivos diferentes. Não tinha nenhum remédio em casa, apenas cigarros que me ajudaram um pouco, mas, não me curava.
Quem teria minha medicação era Taehyung.
Por mais que minha cabeça negava a ligar para ele por mais de horas sentado no meu sofá, me perguntando se o meu orgulho era maior do que me deixar morrer de tanto vomitar. Decidindo o ligar.
Chamava, chamava, chamava e no último barulho que eu estava decidido desligar, ele atende.
- A-alô? - Minha boca se abre em um gesto inútil, meu estômago se revira completamente, dando cambalhotas de felicidade. - Quem é? Tudo bem?
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FLUTUA-ME ˒ kth + jjk
AksiTaehyung é aquele tipo de pessoa que trabalha, estuda, visita a mãe e frequenta um único bar com sua única amiga, vivendo uma vida, quase, parada. O contrário de Jeon Jungkook. Existia um estereótipo em seu local de trabalho a ser seguido fielmente...