Technical Feelings

Capítulo 7

Oii pessoal!
Como vcs estão? Vem aí mais um cap, espero que gostem bastante!
Link da playlist da fic na bio
Boa leitura <3
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Regra de programação da JIA VII: esconder é errado, mentir é pecado, e se convencer é tolice

Dentro de cada um de nós há uma vozinha irritante que vive dando opinião não solicitada, que se mete na nossa vida e muitas vezes diz a única coisa que não queríamos ouvir, tudo aquilo que sabemos, mas não queremos aceitar, que não queremos verbalizar, toda a verdade dolorosa. O nome dessa voz é intuição.
A intuição muitas vezes nos dita coisas que não queremos saber, quando alguém está falando a verdade ou não, se estamos fazendo a coisa certa ou não, se estamos bem como pensamos... ou não. Essa voz pode ser irritante, mas às vezes devemos segui-la, ela parece saber muito mais que nós mesmos.
Há algumas vezes onde a nossa intuição grita algo tão inegável e doloroso que tentamos a todos os custos tapar os ouvidos e ignorar, mas a verdade é que esconder é errado, mentir é pecado, e se convencer é tolice.
Deitado de barriga para cima em sua cama, ao lado de yeonjun, soobin pensava sobre tudo o que sua intuição havia dito desde o primeiro dia, yeonjun era diferente... se tivesse ouvido da primeira vez, não teria demorado tanto a descobrir como era bom sentir isso.
Em sua mente, vários flashes da última hora, já fazia duas semanas que ele e yeonjun haviam se beijado em meio aquela multidão de pessoas que pareciam os apoiar como se fossem amigos próximos. É claro que não foi fácil para as pessoas a sua volta entenderem o que havia acontecido, ainda se lembrava de quando chegou em casa naquela noite.
Como esquecer de como o gosto do avermelhado ainda agraciava seus lábios, como se sua essência estivesse presa em si com o intuito de causar saudade. Sorria para as paredes, parando para suspirar como um adolescente apaixonado em cada uma delas.
Assim que abriu a porta, seus amigos o esperavam no sofá, beomgyu de braços cruzados batendo o pé como uma mãe irritada.
- choi soobin, seu desgraçado, tem como me explicar por que raios minha dm tá cheia com cerca de 30 mensagens que dizem "não sabia que seu irmão era gay"? porque sinceramente nem eu sabia – exclamou inconformado
- o quê? – não havia entendido a situação ainda
- sempre senti essa energia do vale nele, amor – taehyun gesticulou
- gente, olha isso aqui, é tipo, hilário – kai mostrou um post do instagram da faculdade dos mais velhos, na tela, uma foto de yeonjun e soobin se beijando no palco da pub – o melhor é a legenda, escutem: "no caption needed" carinha de surpresa e o emoji de bandeira LGBT, eu amo esse site
- meu deus, a mão na cintura, beomgyu eu pensei que seu irmão fosse BV – o kang estava boquiaberto
- MAS ELE ERA — beomgyu estava histérico
- eles crescem tão rápido – kai fingiu limpar lagrimas de emoção
- ah, fica quieto, você é o mais novo — soobin bufou
- kai, por que você segue o insta da faculdade? Você ainda tá na escola – questionou taehyun
- porque eu sempre imaginei que alguma coisa dessas iria acontecer, mas eu pensei que fosse ser contigo e o beom hyung – deu de ombros
- dane-se tudo isso, soobin, não tem nada pra me contar? – o choi mais novo seguia soobin que estava fugindo para o quarto
- não – fechou a porta na cara do outro

Naquele momento, ali deitado com yeonjun ao seu lado, depois de ter passado aquelas duas ultimas semanas sem falarem sobre isso, ele sentia que estava com algo na garganta.
É claro que a saudade do que não passou os atingiu nesse tempo, trocavam beijos inocentes entre uma aula e outra, exibiam sorrisos bobos sempre que podiam, os dedos se tocavam de forma quase magnética, sempre se encostando, causando aquela maldita onda de energia, assim eles se entrelaçavam, as mãos se juntavam em um toque singelo, a cada minuto chegando mais perto, quando menos percebiam estavam abraçados enquanto testavam as novas habilidades de ji-ah.
Era inegável o que sentiam e quanto mais soobin ignorava, mais sua intuição tentava lhe mostrar o caminho certo, se convencia de que era tudo coisa da sua cabeça, mas naquele exato minuto ele percebeu que não era.
   Deixou de encarar o teto e passou a observar o rosto de yeonjun, que olhava para cima, perdido em pensamentos. Ele era bonito, muito bonito, tudo nele era perfeito e parecia ter sido esculpido pelos deuses, cada pequeno detalhe lhe causava um friozinho gostoso em sua barriga, aqueles sentimentos eram todos misturados causando um tipo de anestesia em soobin, onde ele se esquecia de que o mundo caia aos pedaços lá fora. Sem dúvida, se convencer era tolice.
- yeonjun – o avermelhado lhe encarou sorrindo pequeno – namora comigo?
Yeonjun arregalou os olhos se apoiando em um de seus cotovelos. As últimas semanas com soobin haviam sido simplesmente perfeitas, tudo o que ele sentia era tão gostoso, ele não queria abandonar aquele sentimento jamais. Sabia que havia dado um passo a frente com o garoto, levando em consideração a loucura que fizeram na última hora.
Agora, deitados naquela cama de solteiro, onde antes proclamavam seu amor com muito mais do que palavras, tendo cada um em sua mais pura forma, eles sentiam o que o amor pode fazer, era como uma febre incurável, não passava, era um calor constante que queimava a flor da pele.
Amor é uma palavra tão forte, mas parecia ser a única capaz de descrever o que yeonjun sentia por soobin.
- você tá brincando? – se aproximou do garoto
- claro que não
- meu deus, soobin.
- muito cedo? A gente deveria esperar mais? Tudo bem se não quiser, eu só pensei que... – não houve chance de terminar sua fala, yeonjun avançou em si lhe dando um selar afoito
- é claro que eu quero, seu idiota – exclamou ainda por cima de si
Soobin não pode deixar de sorrir como um idiota, colou seus lábios aos do mais velho como se aquele fosse ser o último beijo de sua vida. A chama que queimava dentro do peito de cada um poderia incendiar até mesmo o mar, não havia força no universo que fosse páreo ao que sentiam, cada dia que passavam juntos só deixava tudo mais intenso.