Oii gente! Como vcs estão?
Bom, aqui está mais um capítulo quentinho, foi decidido por mim e pela lud (minha amiga que publica as atts para mim) que os capítulos vão ser atualizados toda segunda e sexta-feira.
Espero que gostem do capítulo de hoje!
Link da playlist da fic na bioBoa leitura <3
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Regra de programação da JIA III: ser sincero dói, mas não mataÉ bem comum aquele ditado "a verdade dói, mas não mata" e ele é completamente verdadeiro, mentiras nos adoecem e acabam conosco de dentro para fora, as vezes, o melhor a se fazer é ser sincero, cortar esse mal pela raiz. Eu disse que é o melhor, não que é indolor, sim, a verdade as vezes dói como mil facadas, você pode machucar alguém, pode se machucar e isso é tudo consequência do fatídico dia que contou uma "mentirinha branca". Apesar disso, a verdade ainda é o caminho mais certo, é um mal necessário, vai doer, mas quem mata mesmo, é a mentira.
Soobin pensava que não podia confiar completamente em yeonjun, sentiu isso quando o mais velho aceitou participar daquela empreitada consigo, ele soou muito suspeito e isso deixou-o em alerta. Aquela coisa toda não era nada com que se brincar, não era como se fosse um trabalho para a feira de ciências da escola, algo ao qual esperar pelo primeiro lugar e ganhar uma fita azul, aquele era o trabalho da vida de soobin e ele não podia estragar tudo por culpa de um guitarrista metido à besta.
Tendo tudo isso em mente, ele preferiu deixar boa parte de suas pesquisas e principalmente suas intenções em sigilo, contaria meias verdades para yeonjun e isso bastaria para ter o que almejava. Bom, era o esperado.
Havia combinado de se encontrar com o garoto quando anoitecesse, no campus mesmo, não queria ir a algum lugar com muitas pessoas e não pretendia leva-lo para sua casa, beomgyu já enchia seu saco o suficiente quando não tinha motivos, se tivesse seria muito pior.
Avistou o avermelhado se aproximar, sua imagem dificultava sua relação com soobin, já devo ter comentado antes, mas se não o fiz, lá vai: soobin odiava toda e qualquer modinha do século XXI e desprezava os jovens atuais, não lhe apetecia a ideia de entrar em um padrão de vestuário para se etiquetar. Não fazia sentido. Pessoas não faziam sentido.
Yeonjun se aproximou sorrindo relaxado, como sempre, portava a capa de sua guitarra nas costas e um jeito despojado como quem não quer nada.
- eai, cara – acenou – vamos para o que interessa, vai me falar o que está acontecendo?
- mas eu já disse, preciso de ajuda com sentimentos – respondeu simplista
- ah, claro, me fala, qual o nome da garota que quer impressionar?
- do que tá falando? Acha que eu quero impressionar uma garota?
- então é um garoto? Bem que eu senti que tu era do vale
- o quê? – franziu as sobrancelhas confuso – não, você entendeu tudo errado, eu não quero um garoto ou garota, eu só preciso de você
- ih, foi mal, cara, mas eu sou meio anti-romantico então não rola – gesticulou com um sorriso quadrado
- é por isso que eu odeio pessoas, elas entendem tudo pelas metades – sussurrou para si – choi yeonjun, eu NÃO estou interessado em ninguém, eu preciso que você me ajude com um sistema, um projeto
- tenho cara de rato de laboratório ou de aspirante a gênio?
- não, por isso eu preciso de você
- não vou fazer nada até me explicar essa droga direito – cruzou os braços
- ai como você é chato – rolou os olhos – eu estou trabalhando em algo, eu quero fazer isso dar certo, mas pra isso eu preciso que me ajude a explicar pra um robô o que são sentimentos
- o quê?!
- sem tempo para o seu raciocínio altamente lento – deu as costas
- vai à onde?
- eu tô indo pra minha casa, se me seguir vai entender o que eu tô falando
Fingiu não se importar, mas no fundo desejava que yeonjun o seguisse, queria evitar sua casa, mas faria de tudo para conseguir o que queria, talvez mostrar para ele chamaria sua atenção, desejava que fosse o bastante.
- quem garante que você não é um sociopata e que vai me dar uma martelada quando eu chegar lá? – perguntou desconfiado, soobin olhou-o por cima do ombro
- a garantia é simples: eu nunca te mataria na minha casa, você tem cara de quem é escandaloso, eu teria de ser rápido e isso não seria proveitoso, não valeria a pena, agora se você puder parar de imaginar coisas ridículas e me seguir...
Yeonjun queria continuar ali e se fazer de difícil, mas a curiosidade o consumia e esse papo de "precisar de ajuda com sentimentos" estava o tirando do sério, por isso, não pode impedir, senão ceder. Moveu a cabeça para os lados inconformado.
- merda... – sussurrou para si seguindo soobin
O garoto à sua frente não parecia realmente se importar se ele estava o seguindo ou não, seguia com as mãos nos bolsos a passos calmos, como se estivesse em um passeio.
Ele entrou em um ônibus esticando um tipo de cartão de universitário para ônibus.
- tô pagando pra mim e pra princesa ali atras – indicou o choi mais novo com a cabeça
- princesa é o teu-
- podem entrar – o motorista desdenhou
Assim como todo o trajeto até ali, soobin ficou em silencio, hora ou outra lançava seu olhar para yeonjun, sem se importar com o fato de o avermelhado estar o encarando como se fosse comer ele vivo.
- vem cá, você é assim com todo mundo ou só me odeia?
- ambos – soobin se levantou sinalizando para que o motorista parasse naquele ponto
Sinceramente o jeito soobin dava nos nervos de yeonjun, como alguém poderia ser assim? Sério, que cara mais chato.
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Technical Feelings
General FictionChoi Soobin era um jovem ambicioso que almejava criar o primeiro androide de inteligência artificial capaz de desenvolver sentimentos e identificar emoções. Para isso, ele precisava da ajuda de Choi Yeonjun, o guitarrista e compositor de uma banda a...