oii pessoal!
Essa não é minha primeira fanfic postada, mas eu ainda sim me sinto bem insegure em relação a ela, por favor tenham paciência comigo e desculpa por qualquer erro.
Caso haja alguma informação errada, podem me procurar que irei imediatamente corrigir. Essa estória não tem a intenção de ofender ninguém, muito menos os idols nela citados, é apenas uma fanfic, nada aqui é real.
Obrigade pela atenção, boa leitura <3
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.Regra de programação da JIA I: conheça seus sentimentos
Algo interessante a se pôr em pauta são os nossos sentimentos, vejo todos os dias pessoas os tratando como se fossem substituíveis e descartáveis, mas como é formado o caráter e o psicológico de quem nunca sofreu algum tipo de perda ou que nunca sentiu uma pontinha sequer de alegria? A resposta é: não existe. Não podemos materializar nossos sentimentos, não existe pílula para corações partidos ou receita médica para a felicidade, não existe indicação literária para o medo, não há preço a se pagar pela paixão.
Gosto de pensar que podemos colocar sentimentos em coisas e que essas coisas podem transmitir energias, como poemas, pinturas, músicas, fotografias e muito mais, podemos mostrar o que estamos sentindo e influenciar as emoções de outras pessoas. Isso é o que chamamos de arte, é uma representação de sentimentos, de vida.
Porém, o ser humano vive em guerra consigo mesmo, procurando formas de vender os sentimentos alheios, de tirar proveito disso. O capitalismo vem da ambição, uma pessoa ambiciosa pode ter o mundo em mãos ou tê-lo em mente, faz parte de vida equilibrar seus sentimentos e fazer escolhas, o tempo está passando, me diga, você quer salvar o mundo ou tê-lo para si?
Choi soobin tinha um sonho, uma ambição maluca que o deixava louco, mas parecia muito bom para deixar de lado, ele queria o que muitos outros já ousaram sonhar, mas falharam, ele queria fazer a diferença com aquilo. Soobin queria criar uma inteligência artificial capaz de ter sentimentos, de se importar com seu dono, de cuidar dele, de ser uma amiga e companheira, de poder ser a companhia de alguém que não tem ninguém. Imagine que mundo maravilhoso, pessoas que se tornaram viúvas teriam um companheiro para não se sentirem sozinhos, idosos que não tem famílias para cuidarem de si, crianças que não tem amigos, e muito mais situações poderiam se realizar com uma inteligência como aquela.
Sinceramente essa não foi sua primeira intenção, ele queria mesmo era não depender de ninguém, viver apenas ele e suas criações, seres humanos eram muito complicados e o problema não estava nos sentimentos deles. Ou será que estava? Houve em sua vida alguém o fizesse mudar de ideia em relação a isso.
Durante sesse tempo, soobin tentou diversas vezes criar algo daquela maneira e desde muito novo ele estava determinado a conseguir, fez diversos protótipos e pequenos modelos, muitos falharam e lhe causaram anos de dor de cabeça. Porém, depois de entender onde ele havia errado, choi soobin conseguiu concretizar seus sonhos.
A partir do minuto que ele percebeu que realmente havia conseguido, sua vida foi repleta de inúmeros sucessos e ele nem sabia descrever qual era sensação. Pessoas do mundo todo se interessaram pela novidade, até mesmo pessoas muito importantes na área.
Não foram necessários muitos anos para que soobin se tornasse uma daquelas pessoas importantes, seu nome e sua marca tinham influência e não pararam por ali, o acesso a esse mundo lhe deu novas oportunidade e ele pode crescer de todas as formas possíveis e aumentar seu patamar, criar projetos que ajudavam pessoas todos os dias.
Com apenas 28 anos choi soobin era um jovem prodígio que havia transformado uma parte do mundo em um lugar melhor e podia melhorar mais a cada dia, seu sonho havia se realizado e ele não podia estar mais feliz. Ou melhor, ele podia, mas fingia que não.
Apesar de tudo o que conquistou, ele sempre sentiu que faltava algo, porque ele sempre deixou faltar. Passou tanto tempo se concentrando no futuro do mundo, que se esqueceu do seu próprio presente e das pessoas a sua volta, ele se fechou em sua bolha de trabalho e agora os únicos que ainda o suportavam eram seus irmãos, choi beomgyu e choi arin, e Ah Ji-ah, sua maior criação.
Mais uma sexta-feira que seria desperdiçada em uma sala cheia de homens velhos que acreditavam que o mundo era melhor no século XV quando a tecnologia era praticamente nula e os homens estavam no topo de tudo, é claro que era a função de soobin mostrar seu ponto de vista e ter que lidar com os típicos comentários "quem esse garoto pensa que é? A juventude está perdida".
Abotoava a camisa, correndo contra o tempo, chegaria atrasado se não apertasse o passo. Tropeçou no par de sapatos que deveriam estar em seus pés, logo praguejando contra a existência do tempo.
- bom dia, choi soobin, nesta manhã de sexta-feira, dia 29 de maio de 2028, o clima está úmido e o céu está nublado, são exatamente 10 horas e 32 minutos, você tem uma reunião marcada para as 11 horas, o transito está 17,5% mais movimentado que o comum, na atual conjuntura chegará ao seu destino as 11 horas e 23 minutos, você está 23 minutos atrasado – a voz robótica ditou
- realmente não preciso que me lembre que estou atrasado – tentava insistentemente colocar um dos sapatos
- eu sou programada para isso, troque a programação e seu problema estará resolvido
- meu problema?
- claro, é problema seu, meu que não é
- grossa – bufou
- disponha – a voz tinha um tom de deboche surpreendente, isso graças ao choi, que agora se culpava por ter criado algo assim
Sem tempo para tomar café, decidiu também que arrumaria a gravata e o cabelo no carro.
- Ji-ah, recalcular o tempo de atraso considerando as novas variáveis – ditou a passos apertados
- você chegará ao seu destino 23 minutos atrasado
- como?Eu estou economizando no mínimo dez minutos ao pular o café e me arrumar no carro
- já contava com essa possibilidade
- eu de verdade te odeio – revirou os olhos saindo de casa, colocou os fones para que pudesse continuar ouvindo Ji-ah
- o sentimento é mutuo – era como se fosse possível vê-la sorrindo
Sem paciência para contradizê-la, soobin correu para pegar o carro onde sua irmã já o esperava. Choi arin havia acompanhado todo o processo de ascensão de soobin de longe, ela morava na Austrália na época e havia voltado para a coreia faziam apenas alguns anos, formada em relações comerciais e vendas, ela cuidava de todo o marketing da empresa, também acompanhava soobin em reuniões e conferências importantes, podemos dizer que era ela quem impedia que ele surtasse. Ela viu o irmão de cara fechada e completamente bagunçado entrar no veículo.
- deixa eu adivinhar, virou a noite trabalhando, acordou atrasado e acabou brigando com a ji-ah– exclamou se aproximando para arrumar a gravata do mais velho
- ela é insuportável, arin – reclamou
- soobin, foi você quem criou ela – desdenhou
- ela tem vida própria e aparentemente me odeia
- talvez se você passasse mais tempo com pessoas de verdade e desse um descanso pra ela...
- já conversamos sobre isso
- exato, nós já falamos disso, soobin você não pode se isolar do mundo e se prender aos seus robôs e hologramas
- são bem mais que isso, e eu nem gosto de pessoas, tipo, elas são chatas, não preciso delas – arin, que arrumava as madeixas de cabelo bagunçadas de soobin, arregalou os olhos, desferindo um tapa em sua testa
- nunca mais diga isso! – advertiu – você está perdendo tempo se acha que vai achar conforto e calor humano na sua conexão wi-fi, você precisa sim de pessoas soobin, me admira você não saber disso, afinal, foi você mesmo quem criou uma inteligência artificial porque pessoas precisam de outras, seus robôs não substituem pessoas, eles são apenas um suporte ao qual você pode recorrer quando precisar, isso não anula o que se tem com humanos
- mas...
- não tem "mas", soobin, todos os dias você ouve gente dizendo que você está destruindo as relações humanas e isso tá começando a ser verdade, pessoas precisam de pessoas, a tela fria de um aparelho tecnológico nunca vai substituir um abraço de quem se importa contigo, não se esqueça que nunca teria chego aqui sem seus amigos e família, não seja hipócrita ao ponto de fingir que fez tudo sozinho, talvez o dia que você ficar realmente sozinho vai entender o quão importante as pessoas são na sua vida.
Terminou a fala se recostando sobre o banco de braços cruzados, não queria ouvir uma palavra sequer de soobin.
O homem estava arrasado, tudo o que arin havia dito havia o atingido de forma avassaladora, ele nunca havia ouvido tantas verdades de uma vez só.
Eram exatamente 11h e 23min, estavam de frente para o grande prédio que seria o destino final de soobin, este desceu do carro olhando para trás uma última vez.
- escuta, eu vou ficar aqui até tarde, sem dúvida, mas quando eu sair, a gente podia fazer uma noite de jogos como nos velhos tempos, o que acha? – sorriu pequeno
- eu ia mesmo passar o dia na sua casa – deu de ombros
Assim, o carro partiu de volta para a casa do choi, arin não iria naquela reunião com ele, não naquele dia, ele precisava perceber o tanto que ela importava, ela sabia o próprio valor, já soobin...
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Technical Feelings
General FictionChoi Soobin era um jovem ambicioso que almejava criar o primeiro androide de inteligência artificial capaz de desenvolver sentimentos e identificar emoções. Para isso, ele precisava da ajuda de Choi Yeonjun, o guitarrista e compositor de uma banda a...