oii gente! Eu tenho estado meio off, por isso os recadinhos estão repetitivos :/ MASSSS não esqueçam de que podem sempre me chamar no Twitter pela @ddunoocheeks e na @JWOOVOIR
Aproveitem o capítulo <3Regra de programação da JIA XI: uma história sempre tem mais de um lado
Estamos tão acostumados a entender o mundo do nosso jeito, na nossa visão, que esquecemos que nem todo mundo o vê da mesma forma, uma mesma cena pode parecer diferente em diferentes perspectivas. É bem clichê na verdade, as vezes a nossa forma de pensar nos limita a conhecer todos os lados de uma mesma historia, entender diferentes perspectivas, averiguar antes de tomar decisões, é aí que erramos, a verdade nem sempre vai estar na ponta do nosso nariz, talvez só precisemos olhar para frente e ver que há mais a nossa volta, afinal, uma história sempre tem mais de um lado.
Era fato que yeonjun já havia jogado sua vida para o alto na esperança do destino pegar e o acaso dar um jeito, fugiu de tudo o que conhecia sem olhar para trás ou dar satisfação a quem amava, apenas kai tinha consciência de seu plano, mas não diria uma palavra sequer para seus amigos, havia prometido para o mais velho.
Eram apenas seis da manhã quando alguém começou a bater na porta e tocar a campainha de maneira apressada e insistente, beomgyu acordou driblando papéis no chão, bot estava em um canto da sala, desligado, isso lhe doeu o peito, soobin dormia com o rosto em um de seus cadernos na mesa da cozinha, os óculos amassados ainda no rosto. Tudo isso trazia dejavus para o mais novo, que sentiu uma vontade imensa de chorar, mas não podia.
Abriu a porta ainda sonolento, encarando a face de um garoto baixo de cabelos negros meio longos, não o conhecia, sabia que era um amigo de yeonjun, mas não fazia nem ideia de seu nome, kai já havia falado dele uma vez, namorava choi san da turma de engenharia civil. Geralmente ele seria amigável e o chamaria para entrar, mas o garoto não parecia estar para papo.
- cadê o yeonjun? – abriu a porta entrando, o mais novo nem teve como impedir
- se soubéssemos pelo menos...
- como assim? – virou-se para si indignado
- a gente também não faz ideia
- que barulheira é essa? – soobin coçou os olhos despertando
- você! Eu vou te matar! –praticamente voou na direção de soobin, mas foi impedido por beomgyu – me solta! Eu vou fazer purê com esse desgraçado e... ele vai pagar por tudo e... meujunie vai voltar, então... vai voltar e vai compor pra BE FREE, também... vai ajudar o kaitambém porque... –foi caindo dos braços de beomgyu aos poucos, lagrimas manchavam seu rosto aborrecido – porque a gente sente tanta falta dele, ele estava tão mal e agora eu não sei como ajudar porque ele foi embora e eu não sei nem se está vivo
- do que você está falando? – o mais novo assustou-se
- o quê? Ele não contou nada à você? Talvez kai seja realmente um bom amigo... – suspirou derrotado – já faziam meses que o jun não estava comendo direito, também fumando e se afastando da gente, suas músicas eram tristes e tudo só ficou mais assustador quando ele trouxe o garoto para a banda, ele é legal e faz bem pra banda, mas o fato de yeonjun ter se substituído e se afastado era preocupante, ele sempre foi assim, pronto para fugir caso algo desse errado, mas quando digo fugir, com certeza não me refiro a ir para outro lugar na terra...
- está dizendo que ele pode...
- pode sim, eu vim aqui para saber o que aconteceu, porque eu tenho certeza que isso tudo é culpa sua – apontou o dedo na cara de soobin
- ah então você quer saber o que aconteceu?
- o kai já me contou, mas eu não sou babaca, não poderia te julgar sem entender seu ponto
- por quê?
- porque uma historia sempre tem dois lados, eu quero conhecer o seu – exclamou sério – então se a gente puder sentar e conversar como adultos, eu agradeceria
- quer saber meu ponto de vista? – tirou os óculos os pondo sobre a mesa, wooyoung sentou a sua frente – bom...
Soobin’s P.O.V
Desde o primeiro momento que tive coragem de subir os olhos para choi yeonjun eu senti algo diferente em mim, sinto que ele plantou sentimentos bons e fez brotar mesmo em solo de pedregoso. A primeira ação de coragem que eu fiz na minha vida foi naquele show, minha adrenalina havia subido como um avião em decolagem, meu coração batia rápido e forte em meu peito, eu não sei nem explicar de onde me veio forças, mas eu corri até lá e selei meus lábios aos dele na esperança de ter meu destino selado também.
Nunca fui de acreditar em romances e contos, mas acho que eles nunca estiveram tão certos. As semanas seguintes foram confusas, eu queria estar perto dele, muito perto, mas meu corpo me dizia que era perto demais. Eu não sabia como lidar com aquilo, era sempre daquela maneira, eu olhava em seus olhos de imensidão e seu sorriso me chamava para mais perto, quando eu menos percebia estávamos nos beijando contra alguma parede daquele terraço que nunca pareceratão pequeno. Só foram necessárias duas semanas pra eu perceber que era amor e que eu não tinha como lutar contra isso. Yeonjun me deu tantas primeiras vezes que foi inevitável que ele fosse meu primeiro namorado.
A partir do momento que eu o chamei de meu, minha vida deu uma volta drástica, o céu era sempre mais azul e o sol sorria pra mim,eu nunca havia me sentido tão feliz e eu queria o fazer feliz também, queria demonstrar como o amava, lhe daria todas as flores do mundo e estrelas do céu para lhe mostrar o quanto eu ainda amo.
As coisas ficaram complicadas quando eu e heejin começamos a trabalhar juntos, sinceramente pensei que ele fosse ficar feliz por eu ter conseguido fazer uma amiga, mas não foi bem assim. Ainda saiamos juntos e tínhamos nossos planos, mas ele sempre parecia distante e gradualmente se afastava mais. Nós brigamos varias vezes, mas a gente nunca conversava, nunca pedíamos desculpas, era sempre assim, começávamos uma discussão pelo mais idiotas dos motivos e acabávamos acordando um ao lado do outro na manha seguinte, sem realmente saber como começar uma conversa, então, olhando para o teto, falávamos sobre o clima e as matérias da faculdade, até tomarmos jeito para voltar a rotina sem discutir sobre o aconteceu.
Foi em um dia desses que ele saiu do apartamento e logo depois a heejin entrou, ela sempre estava envolvida, sempre sorrindo pelos cantos como a fada da discórdia.
- o que houve entre vocês? Brigaram de novo?
- nada novo – rolei os olhos tentando organizar minha mente
- se vocês brigam tanto, por que ainda estão juntos?
- porque eu amo ele, muito mais do que eu poderia sequer compreender – sentei-me massageando as têmporas
- mas o que você vê nele, sinceramente?
- a pergunta é: o que eu não vejo? Ele é simplesmente o ser mais perfeito de toda a terra, ele é inteligente, ele é talentoso, é muito bonito, é gentil e sempre se preocupa com as pessoas, até as mais intocáveis que não estão ao seu alcance – eu dizia tendo um sorriso bobo enfeitando meus lábios –também gosta de cuidar dos animais e luta pelos direitos desses seres que não tem voz, na verdade, ele luta por todo mundo, o sonho dele era um mundo onde todo mundo se ama e se respeita, é assim que ele é, ele diz que precisa da música, mas é a musica que precisa choi yeonjun, de sua melodia vinda diretamente dos céus, nos primeiros momentos acreditei que ele fosse um anjo, mas não importava quem ou o que ele era, porque ele é meu, meu namorado, meu bebê, o meu primeiro e único amor, ele é o sol dos meus dias, a minha outra metade, sem ele eu sou incompleto e não há nada nem ninguém no mundo que tome o lugar dele
Pude avistar heejin morder o lábio, não soube se estava nervosa, com vergonha, irritada, eu de verdade não sabia.
- que fofo – ela deu de ombros
As coisas ficaram mais complicadas quando ele começou a fazer estágio, passávamos menos tempo juntos e isso dificultou muito, porque eu passava o dia todo trabalhando na ji-ah, as peças eram muito caras, os pedidos sópodiam ser feitos em larga escala, as medidas não batiam, nenhuma empresa de confiança queria saber do projeto de um adolescente e tudo isso me frustrava. Heejin passava praticamente o dia todo na minha casa, ela sempre foi legal comigo, me falava sobre comics e fazia piadas engraçadas, nunca deixava a gente pular refeições e sempre cuidava de tudo. Porém, aos poucos ela começou a fazer brincadeiras sem graça, tentar ficar perto demais, a ficar grudenta e irritante, ela brigava com o yeonjun com frequência e ele parou de vir aqui em casa quando ela estava aqui, se ele chegava e ela estava aqui, então ele subia e ficava no terraço até ela se ir.
Foram necessários muitos meses roubados para que eu percebesse que o problema não era eu ou ele e sim a terceira roda.
Kai sempre me contava sobre como a BE FREE fazia bem pra ele, como ele podia ser expressar sem medo, como a música era importante na vida dele, até me mostrou uma musica ao qual me lembro muito bem, era sobre a pessoa que ele gostava, nunca soube quem era. A melodia sempre vai ficar na minha cabeça, também a letra marcante.
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Technical Feelings
General FictionChoi Soobin era um jovem ambicioso que almejava criar o primeiro androide de inteligência artificial capaz de desenvolver sentimentos e identificar emoções. Para isso, ele precisava da ajuda de Choi Yeonjun, o guitarrista e compositor de uma banda a...