Capítulo 3

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Estou em nessa reunião a pouco mais de meia hora, minha cabeça dói e tenho vontade de gritar e correr feito uma louca. Não consigo prestar atenção em uma palavra do que eles dizem

– O que você acha senhorita Walker?

Uma das vozes me desperta do meu devaneio. Me contenho a não revirar os olhos.

Senhorita Walker o caralho!

Quando foi que tomei raiva do meu próprio nome?

– Ah sim, claro – Digo forçando um sorriso na direção deles.

– Excelente vou mandar que os documentos sejam preparados agora mesmo.

Espera o que? Que documentos?
Não tenho tempo de perguntar, porque em poucos segundos eles já não estão na sala.

Seja o que for, não deve ser nada de importante.

Olho as horas e percebo que vou me atrasar. Solto um choramingo e penso se não seria melhor inventar uma desculpa para não ir.

Saio do edifício e destravo o carro dirigindo de volta até o hotel.

– Jossye, se livra desse carro, leva pra você, quebra, faça o que quiser – Mando quando estaciono. – Só não quero ter que vê-lo novamente. E deixe o meu carro preparado, saio em vinte minutos.

– Sim, é claro.

Entro no elevador e aperto o botão do meu andar.

– Gostou do presente, amor? – Ouço uma voz rouca sussurrar em meu ouvido. Meu corpo congela e fico tensa. Não tinha visto ele aqui. Samuel passa os dedos frios e ásperos em meu pescoço afastando meus cabelos e suspirando em minha pele.

– Fique longe de mim – Aviso me afastando de seu toque. – Nos divertimos, foi bom e acabou. Vê se me deixa em paz. Não preciso que me dê presentes, se eu quiser um carro eu mesma posso compra-lo.

– Não tenho dúvidas disso, amor – Ele diz, sinto que ele sorri enquanto desliza a mão pelos fios do meu cabelos e aperta com leveza a parte de trás do meu pescoço. Arfo e fecho os olhos me repreendendo por ser tão vulnerável ao seu toque. – Você gosta, hum? De ser forte e confiante. De ser poderosa, mandar nas pessoas e ver a devoção delas por você – Ele aperta meus seios e me contorço pressionando minhas pernas uma na outra.

– Samuel, pare com isso já! – Ordeno, mas minha voz sai falha. – Tenho um compromisso, estou atrasada.

– Oh sim, é claro. Não quero atrapalhar, amor – Ele diz, a voz tão falsa quanto minha raiva por ele. Ele me vira prensando minhas costas no metal gelado do elevador. – Parece tensa querida, deixe-me resolver isso para você.

Franzo as sobrancelhas e tenho um sobressalto quando ele se ajoelha a minha frente e levantar meu vestido abaixando minha calcinha com cuidado.

Samuel beija a parte de dentro das minhas coxas sorrindo contra minha pele. Fico estática alguns segundos, ele vai fazer isso aqui, no elevador?

Oh porra!

E se alguém entrar... Balanço a cabeça e puxo seus cabelos sem piedade tentando faze-lo se levantar.

– Para com isso – Sussurro baixo – Eu já disse, Sam, não quero nada com você e estou atrasada.

Ele sobe os beijos para minha vagina e eu gemo baixo pela aspereza de sua língua em meu ponto sensível.

– Não é isso que sua bocetinha diz, amor – Sussurra, o calor de sua voz me fazendo estremecer. – Está tão molhada que eu poderia entrar em você com tanta facilidade.

Eu quero isso.

Faça.

É o que eu o quero dizer, quero gritar.

Me chupa com essa boca gostosa, me possua até eu não conseguir mais separar onde eu termino e você começa, me fode com força

Por favor, faça o que quiser comigo, baby

No entanto meu orgulho é grande o suficiente para segurar essas palavras em minha boca, admitir isso seria deixa-lo ganhar.

Solto um grito e suspiro, ele põe minhas pernas em seus ombros e fico apoiada contra a parede metálica. Ssua língua quente me preenche enquanto seu polegar brinca com meu clitóris sensível e inchado.

Se afaste.
Fique longe dele.
Não é seguro.
Há algo de errado com ele.

É o que diz uma parte do meu subconsciente.

Uma parte mínima e sem importância.

E então eu não dou confiança a meu próprio eu.

Não deve ser nada.

– Oh amor, estou completamente viciado em seu sabor, seu cheiro – Ele sussurra inspirando contra meu clitóris inchado. – Seu corpo é uma maldita tentação.

– Lamento – Digo com a voz afetada. – Se viciar em mim te trará problemas.

– Acredite, eu sei, amor

◕◕◕

Ajeito meu vestido e olho em volta não achando minha calcinha.

– Procurando isso, amor? – Balança a peça minúscula e fina entre os dedos.

– Me devolve – Ordeno tentando pegar.

– Não, acho que não – Diz a cheirando antes de guardar no bolso.

– Ótimo, guarde de recordação. Porque vai ser a única coisa que terá de mim – Resmungo apertando os botões do elevador e o fazendo voltar a subir. Samuel tinha o travado para fazer suas...maluquices comigo.

Ele se aproxima de mim e toca meu rosto com carinho, seus olhos descem para meus lábios e ele me beija. Sua boca tinha um sabor diferente das outras vezes, o meu gosto.

Sam puxa minha cintura colando nossos corpos e apalpa minha bunda. Entrelaço meus braços em seu pescoço e puxo os fios de cabelo de sua nuca.

Me separo dele me encostando do outro lado da caixa de metal, o mais longe que o elevador permite, inspiro e suspiro recuperando o fôlego, desvio meu olhar do chão e o encaro. Seu rosto tinha uma expressão divertida e ele sorria para mim com escárnio.

– Isso – Aponto para nós. – Não vai se repetir, nunca mais.

– Jura? – Pergunta com as sobrancelhas arqueadas e deboche. Tanto deboche, quero quebrar seu lindo rosto metido.

– Posso ter quebrado minha promessa anterior, mas agora é verdade! – Afirmo com veemência. – Não vai acontecer mais nada entre nós. Nada. – Sibilo me afastando no mesmo momento em que o elevador se abre.

Ele agarra meu braço e me prensa na parede fria e metálica antes de sussurrar no meu ouvido, com raiva e possessividade. De uma forma que eu nunca o ouvir falar.

– Ouça Hel, você é minha – Rosna colando seu corpo ao meu. – Seu corpo é meu, e eu vou chupá-la e beijá-la quantas vezes eu quiser e onde eu quiser. Você me pertence, amor. – Seu pênis rígido prensado em minha bunda me deixando excitada me obrigou a rebolar contra seu corpo. Ele só pode ser louco.

– Não sou um maldito objeto e não sou a porra de uma prostituta! – Ralho extremamente irritada. – Não pode agir como se fosse meu dono porque você não é. Vá se ferrar, seu maldito cretino maluco do caralho!

Me desvencilho dele com brutalidade e dando um tapa estalado em seu rosto. Marcho irritada até meu quarto abrindo e fechando a porta em um estrondo.

Só mais 2 dias. Sussurro para mim mesma.

Não vejo a hora de voltar para Londres.

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La Mia Dea HelenaOnde histórias criam vida. Descubra agora