Capítulo 6 - Ciúmes

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Regina ON

Regina: Tem certeza que não esqueceu nada? - Ele nega. - Qualquer coisa, ligue para sua mãe ou para mim, não quero você passando mal em meio a floresta. - Henry concorda e deposita um beijo em minha bochecha.

Henry: Te amo mom. - Eu sorrio assim que ele bate a porta de casa indo direto para o ônibus.

Um passeio escolar vai tirá-lo de mim por todo um fim de semana. Já havia se passado um mês, e Henry estava tendo uma melhora significativa com a quimio. Aos poucos percebemos uma queda de cabelo que o deixou arrasado, assim como Emma e a mim. Sei que Emma se fazia de forte, mas só eu ouço seu choro sofrido na madrugada quando a mesma se tranca no banheiro.

E eu?

Bom, sigo em frente, pois sei que Henry está fazendo isso. Apesar da chateação de perder alguns fios a mais, o médico explicou que meu menino era um caso raro, pois em seis meses de quimio seu cabelo começou a cair somente neste período da doença.

Em nenhum momento ele se deixou abater. E eu me convenço um pouco de que toda essa persistência foi mérito meu ensinar.

Emma: Regina! - Ouço a voz de Emma do quarto. - Você viu minha jaqueta! - Ah, outro assunto que descobri estando "casada" com a digníssima miss Swan, é que ela consegue ser o caos por onde passa.

Regina: Está na máquina Emma! Aquilo estava mais encardido que o casaco do Zangado! - Consigo ouvir os passos pesados pelo segundo andar até chegarem ao início da escada, onde eu a desafio com o olhar a me contestar.

Emma: Quero o divórcio! - Eu ri.

Regina: Só essa semana pediu o divórcio umas quatro vezes Emma. - Digo virando meus calcanhares e caminhando em direção a cozinha. - Porque não se arruma logo e vai para a delegacia ocupar seu posto?

Emma: Porque eu quero a minha jaqueta! - Ai! Birra de criança mimada, nem Henry agia assim quando mais novo. - Regina, por favor, a jaqueta.

Regina: O que diabos que tem de tão importante naquela jaqueta?! - Pego uma frigideira do armário e vou em direção a geladeira. - Alguém morreu e você prometeu nunca mais tirá-la? - Sorrio em brincadeira, me arrependendo assim que olho para Emma com os olhos cheios de lágrimas, mas podia-se ver a raiva em seus olhos. - Está no cesto. - Digo simplesmente apontando para o local.

Ela saiu em direção a lavanderia a passos firmes.

Qual era a história por trás daquela jaqueta?

Emma: Estou indo, qualquer coisa me liga. - Seu tom de voz era de mágoa e até mesmo um pouco de raiva.

Mas o que eu podia fazer? Eu não sei o porquê dela ser tão apegada a porcaria da jaqueta.
Suspiro profundamente e faço meu café da manhã antes de ir a prefeitura. Agora, além de ser prefeita, tenho David me ajudando em algumas questões. Eu achei estranho no início, mas Emma me convenceu que era bom ter alguém me ajudando. No começo eu achava estranho ter ele em meu gabinete, mas os poucos, conforme o mês foi passando me acostumei.

[...]

Regina: David, bom dia! - Coloco minha bolsa na mesa e o mesmo devolve o cumprimento de aperto de mãos que lhe ofereço.

David: Como você está? E meus netos? - Era engraçado o quanto nesse um mês eu me acostumei a jogar conversa fora com David. No fundo eu tinha que admitir que quando ele não estava naquele papo de amor verdadeiro, até que era um homem legal.

Sempre Vou Te EsperarOnde histórias criam vida. Descubra agora