Capítulo 11 - Descobertas Surpreendentes

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Regina ON

Eu poderia muito bem estar alucinando.

Cora estava presa em um espelho. Eu mesma a joguei para ter certeza de que nunca mais ela iria atrapalhar ou interferir em minha vida.

Mas quando aquele navio atracou e eu vi aquele rosto que me fez tanto mal, tive a certeza que minha paz até aquele momento havia acabado.

Eu segurava a mão de Emma enquanto ela estava em minha frente como um escudo protegendo um cavaleiro na linha de frente. Cora foi se aproximando aos poucos, e a cada passo, eu sentia meu medo aumentar.

Cora: Ora, ora, ora. Que agradável surpresa me encontrar com a primeira pessoa que eu iria atrás. - Seu tom calmo e frio me arrepiou dos pés a cabeça. Ela olhava para todos que estavam a sua volta, analisando-os, pesquisando saber quem seriam. - Creio que não conheço a maioria de vocês, mas dois rostos a mim são conhecidos, como o de minhas filhas. - O impacto inicial daquela frase foi de completa confusão. Filhas? - Zelena você se tornou uma mulher de beleza estonteante assim como aquela camponesa que se dizia sua mãe espalhava.

Zelena: Não... Você não pode ser ela. - Zelena respondeu com uma voz assustada. Seus olhos verdes se direcionaram diretamente para mim. - Eu fui criada por dois camponeses, eles me encontraram no meio da floresta abandonada em um cesto de palha. Só anos depois eu descobri que eles não eram meus pais de verdade, e quando fui atrás dos meus verdadeiros pais, apenas descobri que quem seria minha mãe era uma duquesa que já havia partido daquela cidade. - Eu sentia as lágrimas em meus olhos e via a sinceridade de Zelena em suas palavras. 

Em minha lembrança uma carta que minha mãe guardava com tanto zelo me veio a memoria. Essa carta que eu pensava ser sobre mim e que usava quando precisava saber que um dia tive o amor e o carinho de Cora. 

Mas aquela carta era sobre Zelena, minha irmã.

Regina: Como conseguiu escapar? E ainda chegar aqui com esse homem? - Desvio meus olhos de Zelena, com ela eu poderia me resolver depois. - Que eu saiba, você estava presa no espelho, eu mesma te empurrei. - Disse entre os dentes e senti a mãos de Emma segurar meus pulsos quando eu tentei avançar para mais perto de Cora.

Emma: Isso não é bom para você e nem para nossa filha. - Emma ainda me segurando falou só para que eu escutasse, mas, aquela altura Cora já tinha visto o que eu queria esconder e acabei mostrando por impulso.

Cora: Pensei que não podia ter filhos. Lembro-me muito bem quando tomou aquela poção somente para me atingir e atrapalhar meus planos. - Ela pareceu surpresa e olhava fixamente para a minha barriga. - Me pergunto quem será o pai, já que pelo que me lembre, Leopold morreu.

Emma: Nenhum pai. - Emma se pronunciou pela primeira vez em voz alta. - Eu e Regina somos as mães, assim como ela é minha esposa. - Cora abriu a boca tentando falar algo. Aparentemente as palavras não conseguiram sair. - Agora quero que diga o que veio fazer em Storybrooke. E quem é esse homem que veio junto.

Henry: Ele é o capitão gancho mãe. - Emma olhou para Henry como se pedisse mais informações. - A mom sempre contava a história do Peter Pan antes de me colocar na cama. Ele está no livro, toda a história, e por causa disso não devemos confiar nele. - Ouvimos Gancho pigarrear em um sorriso.

Gancho: Garoto esperto, gostei de você. Todos me conhecem como Capitão Gancho, mas, meu nome é Hook. - O homem deu alguns passos, parando ao lado de Cora, essa que ainda não tinha se pronunciado sobre as palavras de Emma.

Regina: Henry, filho, venha aqui por favor. - O chamei já que ele estava um pouco a frente de mim e Emma. Ele caminhou em passos apressados até mim. - Leve... Leve sua tia até a mansão e esperem a mim ou a Emma para levar Violet para casa. - Ele acenou positivamente. - Avise ao seu avô que precisamos falar com ele e depois mande chamar o Gold. - Eu olhei para Zelena que estava observando tudo calada. Robin estava ao seu lado com Roland em seus braços e eu dava graças aos céus que ele não estava entendendo nada ali. - Vá com ele Zelena, por favor, conversamos assim que eu chegar na mansão. - A ruiva apenas concorda e segue Hanry quando ele caminha em direção a caminhonete de Robin, e com isso, eu e Emma ficamos sozinhas com aqueles dois.

Cora: Uma mulher Regina? - Ouço a voz de Cora e me viro olhando-as nos olhos. - Eu lhe criei para ser uma rainha, uma mulher com princípios! - Ela sorri sarcasticamente. - O que eu deveria esperar não é mesmo. Primeiro um cocheiro e agora uma mulher que nem mesmo sei quem é.

Emma: Me chamo Emma Swan Mills, sou filha do príncipe Charming e Snow White, e pelo que lembro isso me faz uma princesa e herdeira do trono dos meus pais, mas, isso apenas na floresta encantada. Aqui, no mundo real, eu sou apenas a esposa da sua filha e mãe do filho que ela espera, isso é tudo que precisa saber, não estamos pedindo a sua opinião sobre o nosso relacionamento. - Hook soltou uma risada e eu simplesmente olhei orgulhosa para a mulher que se pós a minha frente para me defender, e aquilo claramente deixou Cora desconfortável. E não era para menos, nunca, nem mesmo eu havia a enfrentado daquela maneira. - Agora será que podem responder a minha pergunta e me dizer o que veio fazer nessa cidade?

Cora: Não preciso de motivos. Pelo que eu saiba, minha filha criou esse reino... 

Regina: Criei esse reino, tudo isso, toda essa maldição foi por pura vingança... Uma vingança que você colocou no meu coração no dia em que fez casar com uma pessoa que eu não amava e ainda matou uma das pessoas que eu mais tinha apreço na vida. - Digo sentindo as lágrimas se acumularem entre os meus olhos. - Tudo isso; - Faço um gesto com as mãos como se mostrasse tudo a volta. - Tudo isso foi resultado do ódio que você me ensinou a ter de uma pessoa que não teve culpa da sua manipulação. Você matou a mãe da Snow simplesmente para que eu ficasse em um trono que eu não desejava. Agora eu pergunto. - Me aproximo um pouco mais de Cora que até aquele momento estava calada e olhando fixamente para todos os meus movimentos. - Valeu a pena tudo o que você me fez passar? Valeu a pena se tornar uma assassina por um trono que nem mesmo seria seu? Qual o objetivo agora? Acabar com o restante de felicidade que me restou? Porque é só isso que você sabe fazer Cora, nasceu com o coração negro, só o que sabe é machucar e magoar as pessoas ao redor para que sua vontade seja feita a hora que deseja.

Emma: Regina... - Ouço a voz de Emma me chamar e sinto sua mão sobre a minha e a outra sobre minha barriga fazendo uma leve caricia. - Não pode se estressar lembra? - Eu respiro fundo segurando toda aquela raiva guardada. Eu tinha que falar aquilo, na verdade tinha mais coisa para falar, mas Emma estava certa, toda essa raiva e ódio não valiam a pena, principalmente para o bebê. 

Regina: Não vou impedir que fiquem na cidade, afinal a maioria de todos os personagens estão aqui e vocês fazem parte desses contos mesmo que de uma forma ruim. - Caminho um pouco mais até chegar a uns cinco passos de Cora. - Mas a partir desse momento para você eu sou apenas a prefeita da cidade, a que manda em cada tijolo que tem nessas construções, e se eu souber que você aprontado algo não tenha duvidas que vou intervir e te enviar de volta para o país das maravilhas que era o lugar de onde você nunca deveria ter saído para começo de conversa. - Me viro e puxo a mão de Emma ignorando os olhares de Cora que não soltou uma só palavra. 

Emma: Calma... Agora tudo está bem. - Emma tenta me acalmar novamente. Eu tinha uma grande admiração pela paciência que ela tinha comigo nesses momentos, e a cada dia eu me apaixonava mais pela sua personalidade. - Vamos para casa, você tem assuntos pendentes com a sua... Irmã.

Suspiro pesadamente.

Agora era a parte que eu não podia ignorar.

Uma conversa com a minha recém descoberta irmã.

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Eita, alguém chama a ambulância que essa morena roubou meu coração. Que isso Regina, botou pra quebrar e foi bonito.

Parece que alguém ama a Emma não é meismo? E parece que alguém ama a Regina.

Beijos, e até o próximo cap.

Sempre Vou Te EsperarOnde histórias criam vida. Descubra agora