Narrador ON
Obviamente todos nós, sem exceção, vimos Alice no País das Maravilhas.
A menina que caiu em um buraco enquanto perseguia um coelho branco com um relógio de bolso.
Esse seria um belo resumo das coisas caso você fosse indicar a história para alguém.
Mas o foco aqui não é a senhorita Alice, mas sim Cora Mills, também conhecida como a rainha de Copas. E não, ela não cortava a cabeça de ninguém. Ao contrario do que as histórias contavam, Cora nunca fez nenhum mal ao povo do País das Maravilhas, ela só gostava de um pouco de ordem.
Quando Emma, Regina e Gold atravessaram o portal e pisaram no gramado verdinho e molhado, deixando para trás uma Zelena aflita e uma Lena preocupada, foi que eles viram o porque do "Maravilha" estar no nome do local.
A vista era incrível, grandes arvores de vários tons, do verde ao amarelo, juntas se mesclavam ao pôr-do-sol que banhava um grande lago ao horizonte. A grama verde era também caracterizada pela enorme quantidade de flores, dentes de leão, girassóis, tulipas, orquídeas e o que mais a natureza pudesse proporcionar de beleza natural.
Emma prestou atenção e percebeu que as tulipas tinham nariz, olhos e boca e falavam alegremente umas com as outras, ela tinha certeza que tinha ouvido a tulipa azul falar para a roxa que o chá estava pronto.Regina olhou para o céu, a cor meio alaranjada já se desbotando e colocando lugar ao azul arroxeado, isso anunciava que a noite estava por vir.
XXX: Hora, Hora, Hora... Mas o que temos por aqui. A rainha, o senhor das trevas e a salvadora vieram nos divertir. - A voz era aguda, o deboche claramente exposto, mas o rosto de quem falava não apareceu. - Não adianta olhar para os lados, que tal olhar para cima e ver meu sorriso gelado?
Ambos olharam para cima, uma arvore grande que se destacava entre as demais foi a primeira coisa que conseguiram ver. Parecia uma arvore velha, mas robusta e com suas folhas avermelhadas, parecia estar no centro de toda aquela floresta.
Gold: Deixe-me adivinhar, pelo tom de voz talvez não possa reconhece-lo, mas é o gato risonho que sempre tem seu rosto do avesso. - Um sorriso largo apareceu em meio a escuridão da copa da arvore, logo em seguida dois olhos e por ultimo um corpo roxo com listras lilás.
XXX: Que maravilha! Você entende de poesia. - O gato se animou, levantou o corpo gosto do galho em que estava e foi pulando entre o ar até chegar em um galho onde pudesse olhar para Emma, Regina e Gold sem problemas. - Me chamo Cheshire, me conhecem como o gato listrado, gato risonho ou gato que ri. - Ele deu uma leve risadinha e seu corpo se virou, mas o rosto ficou no mesmo lugar. - Mas prefiro meu nome se não se importa.
Regina: Cheshire... Ouvi muito de você nas histórias de Alice. - O gato sorriu e se ajeitou novamente.
Cheshire: Alice! Faz tempo que não há vejo, ela saiu em uma viagem pelo mar das Maravilhas, decidiu ficar de vez. - O semblante do gato se entristeceu um pouco, mas logo voltou ao sorriso grande, os dentes brancos em destaque. - A que devo a honra da visita de pessoas tão importantes?
Gold: Creio que não preciso lhe dizer Cheshire. - O gato olhou de forma curiosa para Gold, era claro que ele sabia do que o senhor das trevas estava falando. - Cora.
Cheshire: Hora, a rainha de copas, ela está um pouco inacessível agora. - Disse, mas sem o tom brincalhão de antes. - Não pudemos fazer nada quando aquela fada malvada a levou para o castelo de copas. Apenas essa parte das Maravilhas permaneceu intacta ao poder maléfico que emana daquela fadinha gorducha. - Emma soltou uma risada da forma como o gato se referiu a fada. - Olhe minha rainha, a única forma de entrar no castelo de copas agora é passar pela barreira que a fada colocou. Algumas pessoas vão lhes ajudar ao longo do caminho, caso sintam fome, a mesa de chá sempre estará cheia. - Assim o gato desapareceu, parte por parte, até ficar somente o sorriso branco e largo, que também sumiu aos poucos. Regina suspirou em frustração.
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Sempre Vou Te Esperar
FanfictionRegina sentia sua respiração ir embora a cada choque que lhe era dado. Seus dentes rangiam tentando aguentar aquela dor agonizante, e a partir daquele momento ela só tinha a certeza da morte certa. Mas realmente era assim que deveria acabar? Tanto s...