Sempre Vou Te Esperar

Capítulo 20 - O Retorno

Narrador ON

Cora ainda estava em seu sono profundo, como se alguém a tivesse colocado em uma maldição do sono. Regina e Zelena revezavam entre si os dias de visitarem a mãe.

Zelena já estava com três meses de gestação e Regina já havia completado os seus sete meses.

Sim, muito tempo se passou desde que toda aquela bola de neve caiu atropelando tudo a vista. Emma estava acompanhando tudo e tanto ela quanto Robin já não sabiam mais o que fazer para mudar o foco de suas esposas. Henry somente via as mães na parte da noite, e por mais que elas dessem a total atenção a ele durante esse período, ele passava as manhãs e as tardes inteiras com Lena e Kara.

As duas ajudavam o garoto em tudo, principalmente o levando para a quimioterapia e lembrando do horário dos remédios. Henry sentia falta de ter sua família, principalmente Regina e Emma, mas entendia completamente a magnitude do problema que tinha se formado com todo o lance da profecia. Gold fazia visitas quinzenais ao neto e começou a ensinar a ele os negócios de sua loja e sempre contava histórias do passado para o garoto.

Fazia pouco menos de uma semana que Regina e Emma decidiram retornar para Storybrooke. Elas tinham que descobrir mais sobre a profecia e lidar com alguns problemas que a cidade vinha enfrentando pela ausência da prefeita, e por mais que Regina trabalhasse para manter a cidade em ordem, ela não estava lá para ver e resolver tudo pessoalmente.

Emma: Acha mesmo que devemos voltar? - Era a decime vez que Emma fazia aquela pergunta e Regina que já estava estressada com toda a situação respirou fundo e apenas ignorou. - Regina me ignorar não vai fazer com que a ideia fique melhor.

Regina: Você acha mesmo que quero voltar para Storybrooke? Henry só ficou pior lá, e pra completar temos alguém que quer nos matar a solta! - Emma apenas cerrou o punho e saiu do quarto com a cara fechada. Os passos pesados foram ouvidos por Regina e a morena jogou a blusa que estava em suas mãos na mala com raiva de toda aquela situação.

Henry estava tão bem e agora teria que voltar para a cidade que o deixava mais doente. A profecia foi uma coisa inesperada e estava deixando todos estressados. Regina passou a mão levemente por suas costas sentindo o peso que sua barriga tinha agora. Antes de viajarem ela já tinha feito vários exames e tudo estava bem com o bebê. Lena e Kara iriam junto na viagem, inclusive elas levariam Henry já que Emma e Regina iam na frente para deixar tudo pronto.

Emma entrou no quarto passando rapidamente e indo em direção ao banheiro fechando a porta em seguida. Regina suspirou e voltou a atenção para a mala que estava quase pronta e continuou o que estava fazendo. Alguns minutos depois a loira saiu já vestida e com os cabelos molhados, o relógio marcava sete horas da noite, no dia seguinte bem cedo pegariam a estrada para Storybrooke.

Regina: Vai ficar assim até quando? - Emma não respondeu. - Bela atitude de adulta está tendo.

Emma: Ah, quer dizer que agora eu sou infantil? Engraçado isso vir da pessoa que não aceita a opinião dos outros. 

Regina: Eu não aceito sua opinião? Por causa da porcaria da viagem? Então fica aqui e eu vou com o Henry! - Os ânimos estavam exaltados e ambas sabiam que a briga era por nada.

Emma: Está vendo isso aqui? - Levantando a mão Emma aponta a aliança em seu dedo, uma aliança que elas compraram antes de irem ao cartório, no dia em que se casaram. - Isso aqui foi uma promessa de que eu iria te proteger lembra? Prometi que nunca te abandonaria e muito menos vou abandonar os meus filhos. - Regina se sentiu um pouco mal por aquela discussão estar acontecendo, e Emma estava certa. Em nenhum momento ela quebrou a promessa que fez de nunca abandona-la. - Você pode só ter experimentado isso com Daniel, mas eu Regina, eu te amo. A maior prova disso é essa porcaria de profecia e você não consegue entender que o meu medo não é voltar para Storybrooke... Meu medo é perder você lá. - Os olhos de Emma transbordavam em lágrimas que ela não conseguia segurar e aquele aperto de talvez não estar sendo o suficiente para a morena.