Sempre Vou Te Esperar

Capítulo 21 - As Vezes Não É O Que Parece

Narrador ON

Quando a Mercedes preta estacionou em frente a grande mansão branca, já eram por volta das dez da manhã. Regina estava dormindo no banco do carona e Emma estava preocupada pois a partir de certo ponto ela reclamou que Hope estava muito agitada. Quando a loira desligou o carro, olhou em volta sentindo novamente aquele ar úmido de Storybrooke, assim como sentiu os olhares de quem passava pela rua. Alguns arregalavam os olhos em espanto por verem Emma novamente e outros fechavam os punhos como se quisessem ataca-las.

Emma teve medo.

Medo de algo acontecesse com Regina enquanto estavam ali. A angustia de saber que aquela cidade fazia mau a ela e a sua família.

E tudo isso de alguma forma tinha haver com a profecia.

Aquela profecia já estava virando suas vidas de cabeça para baixo e isso em seu ver não era nada bom para Regina e para Henry.

Emma: Gina. - Se virou para chamar a morena que estava com a cabeça encostada no vidro. - Amor... Chegamos. - Regina se mexeu e abriu os olhos aos poucos sentindo a claridade em seu rosto. Semi cerrou os olhos quando olhou para frente e viu sua casa... Bom, o que um dia já foi sua casa. - Está se sentindo melhor?

Regina: Ela ainda está um pouco agitada, mas bem melhor do que antes. - Sua mão acaricia levemente a barriga que já estava enorme no auge de seus sete meses. - Lena mandou alguma mensagem?

Emma: Apenas que chegariam por volta das duas da tarde. Lena tem que resolver algumas coisas para conseguir ficar aqui e Kara vai deixar tudo em ordem para quando chegar deixar Henry aqui. - Regina assentiu e olhou novamente para a construção em sua frente.

Regina: Como pode um lugar com tantas lembranças felizes se tornar praticamente uma prisão? - Regina lembrava dos primeiros passos de Henry, da primeira vez que ele pronunciou um "mom" e continuava lhe chamando assim até os dias de hoje. Foi perto da árvore que ficava logo na entrada que ele teve sua primeira queda do balanço de pneu que ela mandou colocar, um presente de aniversario que ele pedia a tempos.

Mas isso tudo, todas essas lembranças boas não conseguiam ofuscar o mau que Regina sofreu naquela cidade com o ódio das pessoas, com a agressividade que era tratada e principalmente a forma como a olhavam, como se ela não fosse digna de ser um deles, mas em si a coisa mais abominável que já enfrentaram.

Emma: Ei, eu estou aqui com você. Não vou deixar que nada aconteça. - Como um gesto de conforto, Emma segurou a mão de Regina e deixou um beijo suave para lhe passar segurança. - Vamos entrar, vou arrumar as coisas e você vai descansar. - Regina apenas confirmou calada.

Emma ajudou a morena a sair do carro e a levou até a porta. Quando entraram e subiram os primeiros degraus, olhando tudo a sua volta, perceberam que tudo estava limpo e bem arrumado. Zelena tinha ficado lá por um tempo e tinha deixado a casa impecável do jeito que Regina deixou. Além disso Ruby ficou cuidando da casa enquanto elas estiveram fora da cidade.
Caminhando alguns passos Regina chegou a cozinha e verificou os armários, que estavam cheios, pois Emma havia pedido a David que fizesse umas compras para a semana.

Regina: Seu pai ainda está morando na pensão da vovó? - A morena fala com o tom um pouco mais alto para que Emma pudesse escutar da sala.

Emma: Parece que ele está tentando se resolver com Snow. Fico triste que meu pai esteja sofrendo por causa dos preconceitos dela. - Emma estava encostada no grande balcão de mármore que ficava no centro da cozinha. Regina caminhou até ela, ficando em sua frente e entrelaçando sua mão direita na da loira. - Ele disse que talvez ela queira conversar com a gente.