Narrador ON
Emma caminhava de uma lado para o outro, de maneira que seus pés pisassem forte no carpete do apartamento onde ela e Regina estavam morando. O barulho da madeira já incomodava os ouvidos de Regina que tentava explicar tudo para Emma de maneira que ela pudesse entender.
Emma: Eu e você? Destinadas? Filhos? - Isso era o que a loira repetia a umas duas horas. - Filhos Regina! Meu Deus... Eu tenho dois filhos... Dois filhos biológicos.
Regina: Pelo menos entendeu algum ponto da história. - Regina falou para si mesma, mais recebendo um olhar de Emma que a fez se encolher um pouco.
Emma: Como diabos o Henry é nosso filho BIOLÓGICO, se eu me lembro muito bem que ele tem um pai!?
Regina: Se nós não contestamos às leis da física, também não vamos contestar às da magia, principalmente quando ela vem de uma DEUSA! - Regina estava sentada em uma poltrona cinza e rapidamente se levantou caminhando em direção a cozinha.
Emma suspirou frustrada com toda aquela situação, e principalmente por não ter acreditado em Regina quando a morena dizia que a filha falava com ela através de sonhos. Na verdade ela nunca acreditou muito quando Regina comentava as coisas que conversava com Hope.
Para Emma, Regina apenas sonhava com a filha, e escutava o que queria em seu sonho.
Emma: Tenho que te pedir desculpas. - A loira chega devagar na cozinha, como um animal que precisava tomar cuidado no território que pisa. Passando seus braços pela cintura de Regina, a de olhos azuis apoiou seu rosto no ombro da morena, não sem antes depositar um beijo na curva do pescoço da mesma. Regina se virou entre os braços da esposa e olhou em seus olhos com a sobrancelha erguida em duvida do que Emma estava falando. - Eu não... Não acreditava quando contava que falava com nossa filha. - Regina sentiu a decepção passar por cada milímetro do seu corpo e principalmente a magoa que sentia em seu peito. - Eu só aceitei vir para National City porque não queria mais brigar... E isso é o que mais temos feito ultimamente. - Aquela frase pareceu mais para si mesma do que para Regina. - Eu te amo... Muito mesmo. Não consigo imaginar como seria minha vida sem você depois de tudo isso que aconteceu. Acho que eu ainda estava processando que tudo isso é real, que toda essa história de magia, de contos de fadas em nosso mundo... Eu ainda estava aceitando que tudo isso existe, que não era coisa que a minha cabeça inventava para fugir da minha realidade quando era mais nova. Por muito tempo os contos de fadas foram o meu refugio e agora eu vivo eles.
Regina: Emma... - Regina levou sua mão até o rosto da esposa e acariciou sua bochecha levemente. - Eu realmente me chateio por não ter acreditado em mim, mais isso é irrelevante nesse momento. Nós somos destinadas, tem noção do que é isso? - Emma negou pois realmente não via o quanto aquilo era maior do que tudo o que elas já haviam passado. - Isso quer dizer que não importa em que época, em que circunstancias ou em que momento, nós sempre iriamos nos encontrar. Nosso amor foi selado no nosso primeiro encontro e não importa o quanto tempo passe sempre encontraremos uma a outra. - As lágrimas desciam pelos olhos da rainha e Emma podia finalmente compreender o tamanho da importância que tudo aquilo tinha para Regina.
Aquela Regina, foi criada na base do que Cora queria para sua vida e nunca pôde escolher seu próprio destino. E além de perder todos que ela amava, ela precisou de uma maldição para ser feliz da maneira que ela devia ser, e isso a levou até Emma. E mesmo se nada disso tivesse acontecido, elas se encontrariam e se apaixonariam na floresta encantada, já que Emma nasceria e cresceria lá.
De qualquer forma o destino sempre as juntaria, não importa a circunstancia.
[...]
Gold naquele dia chegou ao apartamento de Regina no horário das seis horas em ponto, nem um segundo a mais ou a menos. Ele esperou os longos vinte andares passarem dentro daquela caixa de metal claustrofóbica. A respiração forte mostrava o quanto ele pensava em tudo que Regina contou sobre a lenda das crianças brancas.
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Sempre Vou Te Esperar
FanfictionRegina sentia sua respiração ir embora a cada choque que lhe era dado. Seus dentes rangiam tentando aguentar aquela dor agonizante, e a partir daquele momento ela só tinha a certeza da morte certa. Mas realmente era assim que deveria acabar? Tanto s...