6. Sobre os pesadelos que lhe trazem agonia, parte dois

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O plano de Chopper, Zoro e Usopp era simples: deixar Nami vigiar o capitão

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O plano de Chopper, Zoro e Usopp era simples: deixar Nami vigiar o capitão. A ruiva sabia que não era fácil, mas era uma tarefa bem certa do que ameaçar o pobre coitado com o estilo Santoryuu. Assim que terminou de regar suas queridas laranjas, se assustou com a figura do próprio Luffy atrás dela com um sorriso rasgando o rosto.

— Só uma laranja, por favor! - logo em seguida fez um bico. A ruiva demorou a responder e mordeu o lábio inferior, totalmente preocupada. — E depois eu deixo suas preciosas laranjas em paz!

Ele não tinha olheiras e seu estado de espírito não estava abatido. Engoliu seco. Como se nada tivesse acontecido! 

— Nami?

A sua voz de repente séria pareceu lhe despertar do transe.

— Ah sim... Desculpe. - deu um falso sorriso e lhe entregou a laranja na palma da mão dele mas o moreno não soltou seu pulso. — Luffy, já te entreguei. Quer soltar?

Um suspiro triste escapou dos lábios dele.

— Você ainda não vai parar, né?

— Idiota, eu preciso saber! - ralhou em um sussurro para que ninguém escutasse. — Você sabe muito bem que eu não vou parar até você me contar, ouviu bem? Mesmo que eu tenha que ir contra suas malditas ordens. - diz com uma postura ameaçadora e o tom de voz sério.

Luffy arregalou o olhar e engoliu seco.

— E... Eu não consigo... Ainda dói. — seus lábios tremeram.

O garoto respirou fundo e a encarou de um modo sério. Aqui não é lugar de surtar.

— Nós conversamos à noite, tá bom? — e saiu de sua vista usando seus poderes de borracha, deixando-a surpresa e ao mesmo tempo muito preocupada.

Suspirou cansada e pediu ao Sanji um suco de laranja.

...

Era o pôr-do-sol quando chegaram numa ilha e estava ocorrendo um festival super bacana e todos os Chapéus de Palha queriam ir. Nami apenas vestiu uma blusa roxa de mangas longas, uma calça jeans de tecido e suas típicas sandálias salto alto. Quando saiu do navio, não viu nenhum de seus companheiros, na certa queriam aproveitar a grande festa daquela cidade separadamente. Deu de ombros e passou a andar nas ruas festivas, entrou em algumas vitrines de roupas mas nenhum lhe chamou atenção.

Quando chegou ao centro de tudo, encontrou Chopper com uma montanha de algodão-doce e não mediu esforços para se agachar atrás dele e tocar em seu pequeno ombro.

— Nami! - a voz fina de Chopper indicou felicidade. — Pensei que não viesse!

A ruiva apenas sorriu.

— Chopper, o plano ainda tá de pé. - por cima do ombro da rena fofa, Luffy estava com uma montanha de carne ao seu redor. — Podia pedir para o pessoal que eu e o Luffy vamos ficar no Sunny, vocês podem se hospedar em um hotel, se quiserem.

— Vai ameaçá-lo?

— Ameaçar vai ser a última coisa que eu farei, Chopper. Pode fazer esse favor? - pediu com um sorriso gentil.

— Faço sim!

E logo o médico saiu de sua vista. Nami poupou seu tempo bebericando um champanhe em um bar perto do porto onde o navio estava atracado. A música calma era abafada pelas vozes do recinto. Entediada, começou a conversar com um grupo de pessoas que conheciam bem a região. O nome daquela cidade era Nigel Flower, uma cidade portuária, eles sobreviviam da pesca de peixes, produção de vinhos e aquele bar famoso do Novo Mundo. Esplêndida de hotéis super bacanas e simples, as pessoas eram gentis e carismáticas.

Com certeza, ia colocar aquela pequena ilha no mapa quando seu sonho se tornar realidade. Assim que terminou de beber a primeira taça de champanhe, se levantou da mesa para buscar mais da bebida alcóolica, mas uma mão quente e firme segurou seu pulso. Ia rebater mas a voz rouca de seu capitão lhe fez mudar de ideia.

— Vamos conversar.

Mas o olhar era pidão, que nem cachorro abandonado. Deu um sorrisinho de canto, achando a cena do que aconteceu, fofa. O casal caminhou em silêncio até o Sunny Go, a brisa refrescante da noite balançava os fios negros do moreno e sentia arrepios na pele quando o vento entrava em contato com sua pele. Nami puxou delicadamente o capitão até o quarto deles e o viu se sentando na cama, visivelmente nervoso.

Cruzou os braços.

— Nós temos muito tempo de sobra. O navio é nosso enquanto o pessoal está hospedado em algum hotel da cidade. — falou seriamente. — Quando começou?

Luffy não gostava de ser interrogado mas suspirou, sem reclamar.

— Eu pensei que os pesadelos tivessem parado de acontecer. Mas toda vez que eu durmo, é como se eu não tivesse mudado absolutamente nada. Como se eu continuasse fraco e não teria protegido nenhum de vocês...

— Quando?

— Antes da gente se reencontrar em Sabaody, uma semana antes. Fiquei ansioso e o que Rayleigh me explicou é que eu tive um ataque de pânico.

— Quando ia me contar? Ou planejou desde o reencontro não contar pra mim?

O silêncio foi a prova da afirmação do garoto. Nami suspirou e se agachou na sua frente, pegando na sua mão. Não queria pegar pesado com Luffy depois de tudo o que ele passou. A saudade ainda lhe consumia. Se amaldiçoava por não ter lhe ajudado na hora que mais precisava.

— Desculpe por te chatear.

— Eu devia ter ficado ao seu lado — falou com uma pequena lágrima escorrendo por sua bochecha e Luffy não tardou de secar — Devia ter ficado ao seu lado quando você mais precisava. Você sempre esteve lá em todos os momentos e quando chegou a nossa vez, nós não estávamos lá. Eu sinto muito pelo Ace, de verdade. Se eu pudesse fazer alguma coisa, eu...

Luffy, com toda a certeza, não queria que ela falasse mais nada. Ela estava lá e era tudo o que importava. Por isso, puxou seu rosto delicadamente ao encontro de seus lábios. Uma de suas mãos pegou firmemente sua cintura, trazendo a ruiva para seu colo e a mantendo confinada lá, arrancando com sucesso um suspiro da mesma. Só estava seguindo seus instintos mas no fundo, queria realmente fazer aquilo.

Depois de muito tempo a beijando, ambos pararam por falta de ar, encostando suas testas uma na outra.

— Luffy...

Ela é real. Ela está em seus braços, protegida de qualquer perigo. Repetiu seu lema mental.

— Luffy, o que você... - o chamou mas se calou rapidamente quando sentiu a mão dele explorando suas costas nuas e a outra apertando fortemente sua cintura.

— Você disse que o navio era só nosso. — sussurrou em seu ouvido, com a voz rouca.

— Por... Por enquanto — ofegou quando sentiu os lábios do moreno dando selinhos em seu pescoço e automaticamente abraçou o pescoço deste.

— Então devíamos aproveitar shishishishi

SOBRE PIRATAS, TESOUROS E LARANJAS ➜ lunamiOnde histórias criam vida. Descubra agora