10. Sobre os sentimentos do espadachim e da navegadora, parte dois

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Quando anoiteceu, de um por um, os membros dos Chapéus de Palha saíram do navio para aproveitar a festa da cidade

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Quando anoiteceu, de um por um, os membros dos Chapéus de Palha saíram do navio para aproveitar a festa da cidade. Luffy se interessou logo por uma deliciosa mesa de comidas na sua frente e atacou tudo por lá. Usopp e Yamato ficaram com raiva já que não sobraram nenhuma migalha sequer e o grito dos três era constantemente ouvido por todo mundo, mas ninguém ligou.

Chopper estava se deliciando com o querido algodão-doce e Robin e Franky dançavam uma música lenta com os moradores da ilha. Sanji e Brook, bom, foram até as madames charmosas que eles encontraram por aí, jogando cantadas sujas e pedir para ver suas calcinhas. Jinbei estava entretido num jogo de baralho pelos moradores enquanto bebia um copo cheio de cerveja. 

Zoro não quis ficar ali, ainda mais com Sanji junto com o pessoal, pegou apenas o seu precioso saquê e foi andando pelos arredores daquela terra. Quando encontrou um local debaixo de uma árvore na mata escura, ficou apenas sentado com as costas apoiadas no tronco desta; bebia enquanto os pensamentos estavam se manifestando em sua mente. 

A conversa que tive com a Nami horas atrás não era fácil de esquecer. Tinha que esquecer toda aquela insegurança que estava presa dentro do seu peito. 

Ignorar que aquilo era chamado de tabu, pecado e erro. 

Ele era livre para amar quem quiser. Contudo, não era a primeira vez que sentia aquele sentimento. Quando criança, já chegou a admirar a beleza de Kuina e ignorava isso enquanto treinava para ganhá-la num duelo. 

— Por que diabos isso tem que ser tão complicado? — indagou sozinho. — Por que logo ele? 

Bebeu o último resquício de saquê e se levantou para buscar mais. Andou à mesa e pegou no mínimo duas garrafas. Quando se virou, observou Sanji numa competição de culinária? Andou lentamente até a multidão de pessoas e ficou em frente ao palco o observando. 

— Senhoras e senhores, uma salva de palmas para o lendário Sanji, Perna Negra! 

— Oe marimo, veio aqui para me ver? 

— Ué, você ganhou? 

— Ganhei sim! Uns 100 milhões de berries para a Nami-swan e um leve aquecimento quando eu encontrar o All Blue. 

— Qual foi o prato dessa vez? 

— Ahn? Desde quando se interessa por comida? 

— Não, só estou com fome. — respondeu simples. 

Merda, tô dando muita bola para esse infeliz. Tô agindo que nem um adolescente apaixonado. 

— Eu preparo um onigiri para você no navio. Vamos. 

Pareceu uma eternidade quando voltaram ao navio. Era bem esquisito aquele momento de calmaria que nunca teve antes com o cozinheiro. Assim que ligou a luz, o esverdeado se sentou calmamente à mesa, deixando as suas três espadas encostadas na parede e ficou encarando o teto enquanto as mãos de Sanji trabalhavam de um modo delicado e suave no preparo dos onigiris. 

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