13. Sobre o ciúmes do capitão

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Luffy estava zangado com a navegadora e não sabia porque. Yamato até tentou puxar assunto para saber qual foi o motivo, mas não deu certo. Usopp fez uma tentativa também quando estavam pescando e outra vez não deu certo. Zoro ficou com a sobrancelha arqueada e não deu bola para tal assunto voltando a dormir. Quando atracaram numa ilha para comprar mantimentos, Luffy ficou encarado totalmente irritado quando a observou tendo uma conversa animada com um homem na vitrine da loja de roupas.

Yamato bufou sem paciência e o puxou para longe dali antes que o seu capitão pudesse fazer uma burrada.

— Oe Yamato! Eu ia dar uma lição naquele cara!

— Controle esse seu ciúme, seu idiota! Não quero nenhum confronto com a Marinha hoje!

Enquanto Nami estava ocupada com algo, a ruiva sempre pedia para Yamato vigiar o capitão de fazer burrices. A maioria das situações sempre terminava em pé de guerra ao ponto de Sanji e Zoro separarem os dois e os quatro recebendo um belo soco da navegadora. Quando estavam longe o suficiente, especificamente na praia daquela ilha, Yamato se sentou no chão, bufando. Queria tanto comer em um restaurante, mas tinha que vigiar o seu capitão.

— Yamato, o que é ciúmes.

Tudo o que conseguiu de resposta foi uma gargalhada.

— Cara, você namora e não sabe o que é isso?

— Você não respondeu, Yamato. — resmungou.

— Ciúmes é... bom... É algo que você tem muito receio que a Nami possa ter outro interesse em alguém que não é você. Um exemplo: você vê Zoro mais zangado do que nunca quando Sanji começa a dar em cima das mulheres?

— É por isso que escuto alguns barulhos estranhos durante a noite?

A face de Yamato se avermelhou.

— Isso fica para uma outra hora. — coçou a nuca nervosamente.

Tomara que a Nami explique a ele o que é sexo ou eu vou acabar pirando.

— Mas enfim, ciúmes é uma coisa que você tem muito receio de que Nami tenha se apaixonado por outra pessoa. Ela só tá conversando sobre roupas, não tem motivo pra ficar agindo que nem criança. — riu ao escutar um resmungo baixo de Luffy. — Vocês dois são apaixonados um pelo outro desde quando? Desde que vocês se conheceram, se não me engano. — disse sorrindo.

Admitia que era fã do casal.

— Ela nunca ia partir seu coração, seu idiota. Mas isso que você sente é super normal. É bem melhor compartilhar isso pra alguém do que guardar isso para você.

...

No meio-dia, respectivamente na hora do almoço, Luffy estava pescando sozinho sem a presença de Usopp e Chopper e Yamato decidiu tirar um cochilo no seu quarto. Sentiu o característico cheiro cítrico de laranjas pairando no ar. Era Nami voltando com as compras e usando seu Haki de Observação, ela arrumou todas as roupas para dentro do guarda-roupa e guardou as sacolas num compartimento que tinha no navio. Afinal, quando alguém no navio não aguentava mais comer alguma coisa no almoço, lanche e jantar, Sanji guardava o que sobrava dentro da geladeira dentro da sacola com o nome da pessoa para não confundir ninguém. Assim que terminou de fazer a tal tarefa, ela entrou no banheiro e fechou a porta. Essa foi sua deixa de deixar de usar a habilidade para não violar a privacidade da namorada.

Assim que fisgou alguns peixes e os deixou no aquário. Foi aí que Nami entrou no deque, se espreguiçando vestida apenas um vestido branco até a metade de seus joelhos e com o cabelo molhado. Sentia até o cheiro de shampoo. Voltou a se sentar no seu típico lugar onde costumava pescar e escondeu a face com a aba do chapéu. Bocejou.

Nami estranhou o comportamento de Luffy, mas apenas suspirou e se sentou numa das espreguiçadeiras para ler um livro. À medida que ia lendo os parágrafos de cada página, seu sono ia aparecendo aos poucos. Com um suspiro cansado, apenas buscou o marcador de páginas e deixou na mesinha ao lado e fechou seus olhos.

Já Luffy, cansado de pescar, deixou a vara em um cantinho e observou Nami dormindo na espreguiçadeira. A ruiva, ouvindo o movimento, deu outro suspiro.

— Está inquieto.

O moreno estagnou no lugar.

— É porque eu fiquei com ciúmes de você conversando com aquele homem.

Nami riu fraco e o chamou apenas levantando a mão. Luffy se deitou calmamente no colo da navegadora como um cão abandonado.

— Você se preocupa demais. Aposto que Yamato te acalmou.

— Fiquei preocupado se você me deixasse.

— Nunca vou te deixar, seu idiota. — beijou a ponta de seu nariz. 

SOBRE PIRATAS, TESOUROS E LARANJAS ➜ lunamiOnde histórias criam vida. Descubra agora