03/05 o dia do meu aniversário, papai disse que 18 anos lá fora é maioridade. E eu estava pensando porque uma troca de números iria mudar seu pensamento?
Acho que maioridade não devia ser na idade e sim na mentalidade. Enfim, Hoje vamos na montanha fazer um piquenique.
Noos alimentamos com o que a natureza nos oferece. E quando não conseguimos alguma fruta apenas caçamos em forma de lobo.
E hoje é um dia especial, gosto do meu aniversário por ser o dia que em que eu me transformei, sentir minha loba dentro de mim foi uma das melhores sensações que tive.
Fomos até a montanha e nos sentamos, era época de bastante fruta meu pai pegou alguns peixes e assamos no restante da madrugada.
Fumaça durante o dia pode atrair perigo.
Diego: Filha — Me chamou e logo tirou uma caixinha velha do bolso — Esse é o presente da sua mãe, ela queria que eu te entregasse isso.
Abriu a caixinha e mostrou um colar com uma pedra azul escura em forma de pingo de chuva. Olhei para meu pai e voltei o olhar para o colar.
Diego: Esse colar é uma tradição de família, é passado de mãe para filha no aniversário de 18 anos. É uma marca do seu sobrenome.
Puxei meu cabelo para o lado e ele colocou o colar, senti uma calma dentro de mim e sorri com isso.
1 mês depois…
Ayla: Vamos pai, tenho que treinar pontaria hoje — Disse o puxando pelo braço — Só essa por hoje e não te incomodo por… Sei lá 8 horas.
Diego: Você não sabe negociar — Riu balançando a cabeça em forma de negação — Vamos antes que você me deixe louco.
Ele fez as marcações e tinha minhas adagas em mãos. Lancei a primeira adaga e foi quase no centro, lancei a segunda e acertei o meio, a terceira acertei o meio também. E cada vez as marcações eram mais longe.
Quando estava pegando as adagas resolvi falar com meu pai sem medo, tô brincando tava me borrando de medo.
Ayla: Pai, queria te falar uma coisa — Falei meio desconfortável — Já que eu estou bem melhor em lutas, no treinamento em geral eu queria te falar qual a intenção de treinar tanto assim.
Diego: Ayla eu já tinha notado isso, e tenho quase certeza do que vai falar — Ouvi seu suspiro — Sei que é difícil pra você mas não podemos sair da floresta.
Ayla: Não, você não sabe como é viver sem ter visto nada lá fora. Eu quero sair daqui, esse lugar não é minha casa, não é o meu lar. — Minha voz falhava por estar elevando a voz com meu pai.
Diego: Chega de treinamento, pra cabana agora — Colocou suas mãos sobre a minha, mas quando foi me tocar eu me afastei. — Ayla não complica as coisas, vamos logo.
Ayla: Não pai, chega de regras, chega da cabana, chega de se esconder, eu não quero me esconder pro resto da vida. — Quando abri a boca para continuar ouvimos um barulho de passos nas folhas secas.
Meu pai me puxou para trás de uma árvore fechada e pediu silêncio. Logo ouvimos um rosnado, um lobo.
"Chega de se esconder" minhas palavras vieram a tona. Me concentrei na audição e nos passos do lobo ou loba, quando percebi que estavam perto o suficiente saí de trás das folhas e só ouvi meu pai me repreendendo.
Vi um homem de costas e me preparei para o derrubar, pulei em suas costas o derrubando, que lobo fraquinho.
Rolamos nas folhas e rosnamos um para o outro, senti garras perfurando minha coxa esquerda. Rosnei mais alto e o arranhei no pescoço, com a sua distração peguei uma das adagas e coloquei em seu pescoço e sentei em sua barriga o deixando imobilizado.
Ayla: Quem é você? O que está fazendo nesse território? — O homem me olhava com a boca aberta e uma cara de bocó. — Vamos! Responde.
Diego: Se você tirasse a adaga de sua garganta ele responderia — Disse com uma voz firme, tirei lentamente a adaga de seu pescoço mas não saí de cima dele, vai que ele fugisse.
O rapaz olhou para meu pai e seus olhos eram de espanto.
— Impossível — Sussurrou, essa voz? — Diego? É você?
Diego: De onde me conhece garoto? — Sentia que meu pai estava surpreso mas não demonstrou nenhuma emoção.
— Sou o Isaac, filho do alfa Miguel, você era o beta dele.
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A última híbrida
WerewolfEnquanto o mundo se tornava uma espécie de prisão, havia uma família bem longe daquele caos. Uma garota, que faria de tudo pra se sentir livre e um pai, preparado para enfrentar o que fosse para ver a liberdade de sua filha.